Indústria Naval

Brasfels fecha dois novos contratos

O Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, assina nos próximos dias dois contratos para obras de integração dos FPSOs Cidade de São Paulo e Paraty. Os contratos, do tipo turn key, serão assinados com os consórcios Schahin/Modec e SBM/Queiroz Galvão. Os cascos de ambas as plataformas devem chega

Redação/ Agências
12/11/2010 13:40
Brasfels fecha dois novos contratos Visualizações: 1076
O Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, assina nos próximos dias dois contratos para obras de integração dos FPSOs Cidade de São Paulo e Paraty. Os contratos, do tipo turn key, serão assinados com os consórcios Schahin/Modec e SBM/Queiroz Galvão. Os cascos de ambas as plataformas devem chegar ao país entre janeiro e fevereiro.
 
 
A possibilidade de o estaleiro passar por um período com poucas encomendas foi motivo de preocupação para o Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis, que levou o assunto ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT) durante o lançamento da P-57, no dia 7 de outubro.
 
 
Lula contou que foi a partir de uma visita à cidade que ele percebeu a necessidade de recuperar a indústria naval brasileira, lembrou que a Petrobrás irá investir R$ 224 bilhões até 2014 e disse para o povo de Angra não ter medo.
 
 
"Vocês aqui, de Angra, não tenham medo, não. Ai dos companheiros da Petrobras se não trouxerem plataformas para cá, se não trouxerem sondas para cá, porque aqui foi o começo de tudo. Foi daqui que nós tiramos a primeira semente de que nós iríamos recuperar a indústria naval brasileira", afirmou o presidente.
 
 
Nessa semana, executivos das empresas responsáveis pelos contratos chegaram ao Brasil no intuito de negociar os detalhes finais dos acordos. Com as obras, o Brasfels ficará com sua carreira lotada pelos próximos meses. O estaleiro trabalha hoje na construção das plataformas P-56 e P-61, que serão instaladas nos campos de Marlim Sul e Papa Terra, na Bacia de Campos.
 
 
O acordo com os consórcios deve ser fechado no mesmo molde do contrato para a integração da plataforma P-57, que deixou recentemente o estaleiro e deve iniciar ainda em novembro operação no campo de Jubarte, também na Bacia de Campos. Mesmo tendo enfrentado uma greve de quase 30 dias, a unidade foi entregue com cerca de dois meses de antecedência, o que rendeu um bônus extra ao estaleiro.
 
 
O FPSO Cidade de São Paulo, contratado com o consórcio Schahin/Modec, será destinado ao projeto piloto do prospecto de Guará, no BM-S-9, na Bacia de Santos. A taxa diária de afretamento é de US$ 675 mil.
 
 
 
O contrato prevê que a unidade seja entregue no último trimestre de 2012. O E&P da Petrobras trabalha com a entrada em operação do projeto em 2013. O FPSO terá capacidade para produzir 120 mil barris/dia e o casco da unidade está sendo convertido na China, no Estaleiro Cosco.
 
 
O consórcio SBM/Queiroz Galvão é responsável pelas obras do FPSO Cidade de Paraty, que será instalado no projeto piloto do prospecto de Tupi Nordeste, no BM-S-11, na Bacia de Santos. A obra de conversão do casco será feita no Keppel Fels, em Cingapura, e a embarcação deve ser entregue em 34 meses.
 
 
 
O FPSO terá capacidade de 120 mil bpd de óleo leve e 5 milhões de m³/dia de gás. A unidade fica afretada por 20 anos.
 
 
 
Brasília-Angra dos Reis
 
 
O deputado federal Luiz Sérgio (PT) esteve reunido com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Mônica Vieira Teixeira, e representantes do estaleiro Brasfels. O objetivo era buscar uma solução para o impasse criado a partir da exigência, contida nos novos editais de licitação da Petrobras, de apresentação, por parte dos estaleiros interessados em disputar as obras, de uma licença de operação emitida pelo Ibama.
 
 
"O problema é que os estaleiros não têm como obter esse documento uma vez que todo o licenciamento é feito pelos órgãos estaduais de controle e não pelo Ibama. Marquei a reunião com a ministra para tentar esclarecer essa questão e acredito que tivemos êxito", disse o deputado Luiz Sérgio.
 
 
De acordo com o deputado, a ministra Izabella Teixeira informou que fará uma reunião com a direção do Ibama e pedirá que seja elaborado um comunicado oficial à Petrobras informando sobre a impossibilidade de o Ibama fornecer a licença exigida.
 
 
"O mais importante disso tudo é que, uma vez esclarecida essa questão, os estaleiros poderão participar das licitações e disputar as obras que são fundamentais para a manutenção dos empregos no setor naval. A reunião foi boa para o Brasfels, mas terá efeito também para todos os demais estaleiros do Rio que vinham sofrendo com o mesmo problema", disse Luiz Sérgio.
 
 
Na reunião, os representantes da Brasfels entregaram à ministra cópia de todo o processo de licenciamento ambiental do estaleiro, provando que a empresa está em dia com a documentação exigida pelos órgãos ambientais.
 
 
A Petrobras pretende construir nos próximos anos 28 sondas para exploração do petróleo na camada do Pré-Sal. A previsão é de que sejam investidos cerca de 30 milhões de dólares nas obras.
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