Golfo do México

BP afirma ter conseguido interromper vazamento de óleo

O vazamento de óleo do poço danificado no Golfo do México foi interrompido pela primeira vez desde o início do vazamento, segundo a British Petroleum (BP), empresa responsável pelo maior acidente ambiental da história dos EUA. Esse é o maior passo já dado para tentar conter a pior catástrof

Redação/ Agências
16/07/2010 13:00
BP afirma ter conseguido interromper vazamento de óleo Visualizações: 349 (0) (0) (0) (0)
O vazamento de óleo do poço danificado no Golfo do México foi interrompido pela primeira vez desde o início do vazamento, segundo a British Petroleum, empresa responsável pelo maior acidente ambiental da história dos EUA.
 

"Estou muito feliz com o fim do vazamento de petróleo no Golfo, mas nós estamos apenas começando os testes. Não quero criar uma falsa sensação de sucesso neste momento", disse o vice-presidente da petroleira, Kent Wells, na quinta-feira. Segundo ele, a nova tampa não deve ser a solução final para a tragédia. Os testes continuarão a ser feitos e novas estratégias poderão ser adotadas.


Ele afirmou que o fluxo de petróleo foi interrompido quando a última das três válvulas do gigantesco funil foi fechada por volta das 2h25 locais (16h25 de Brasília) desta quinta-feira (15), mas os engenheiros acompanham atentamente a operação para ver se o petróleo começa a vazar novamente.


Esse é o maior passo já dado para tentar conter a pior catástrofe ambiental da história dos Estados Unidos desde que a plataforma da BP naufragou, em 22 de abril, dois dias depois de uma grande explosão na Deepwater Horizon, que matou 11 trabalhadores.


O presidente americano, Barack Obama, saudou o anúncio feito pela BP e classificou a notícia como "um sinal positivo". Contudo, assim como o vice-presidente da petroleira, Obama adotou um tom de cautela e alertou que o procedimento ainda está no começo.


Teste


O crucial "teste de integridade" do poço danificado, iniciado esta quinta-feira, "demorará pelo menos seis horas e poderia durar até 48 horas", anunciou a empresa em um comunicado.


Previsto inicialmente para a terça-feira, o teste foi demorado pelo governo americano, que procurou afastar todos os riscos e deu a autorização para a sua realização, na quarta-feira. Mas um contratempo voltou a atrasá-lo até a quinta-feira, depois que os engenheiros da BP detectaram uma fuga na tubulação durante os preparativos do teste, que foi reparado durante a noite.


O teste de pressão, destinado a avaliar a resistência da boca do poço, que se espalha por 4 km abaixo do leito marinho, a 1.500 metros de profundidade, inclui o fechamento das válvulas do funil de 75 toneladas instalado na segunda-feira sobre o duto danificado, em substituição ao vazamento de um modelo precedente.


Uma leitura de alta pressão permitiria manter fechadas as três válvulas e selar o poço. Uma baixa presão, ao contrário, significaria que há uma perda em uma parte do revestimento do poço petroleiro.


Se o poço não puder ser totalmente selado com o dispositivo, a BP planeja instalar o primeiro de dois poços de emergência para conter definitivamente o vazamento.


"Seria uma ótima notícia se pudéssemos fechar o poço", disse, cauteloso, o almirante Thad Allen, supervisor do governo americano para os trabalhos de contenção do vazamento, ao anunciar na quarta-feira a autorização para os testes.


"Não quero alimentar esperanças de que poderemos fechar o poço até que tenhamos os dados empíricos que precisamos", acrescentou.
 
 
O governo americano avalia que o vazamento diário é de 35.000 a 60.000 barris de petróleo, desde que a plataforma Deepwater Horizon da BP explodiu no Golfo do México. No total, a Agência Internacional de Energia (AIE) estima que foram derramados de 2,3 milhões a 4,5 milhões de barris de petróleo na região.

 
Já se sabe que a solução definitiva para conter o vazamento é a injeção de cimento e barro pesado em um poço alternativo escavado pela empresa. Até lá, se os testes de pressão forem favoráveis, o vazamento será interrompido pela nova tampa.

 
A petroleira informa que já gastou 3,5 bilhões de dólares nas operações em resposta ao vazamento, desde a explosão da Deepwater Horizon.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Petrobras
Relatório de Sustentabilidade mostra investimento de US$...
16/06/25
Resultado
Vendas de etanol totalizam 3 bilhões de litros em maio
16/06/25
Etanol
Anidro registra queda de 1,45% e hidratado recua 0,35%
16/06/25
Eólica Offshore
Primeiro projeto piloto de energia eólica offshore flutu...
16/06/25
Descarbonização
EPE lança análise sobre a Descarbonização do E&P brasile...
13/06/25
Firjan
No lançamento do Anuário do Petróleo no Rio, empresários...
13/06/25
Oferta Permanente
ANP realiza 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão n...
13/06/25
Negócio
ANP fará consulta e audiência públicas sobre atualização...
12/06/25
RenovaBio
ANP aprova nova norma para certificação de biocombustíveis
12/06/25
E&P
ANP aprova resolução com requisitos para cumprimento do ...
12/06/25
Bahiagás
Luiz Gavazza destaca expansão da Bahiagás e protagonismo...
12/06/25
Evento
SP Offshore 2025: segunda edição impulsiona nova fase da...
12/06/25
ANP
PRH-ANP: resultado final da edição 2025 será divulgado e...
12/06/25
Pessoas
Ana Lia Ferrero é a nova CEO da Prime Energy
11/06/25
Energia Eólica
Complexo Eólico Ventos de São Zacarias é inaugurado na d...
11/06/25
Parceria
ORPLANA e IAC firmam parceria para inovação e sustentabi...
11/06/25
Internacional
Brasil recebe o principal evento global de hidrogênio a ...
11/06/25
Pré-Sal
ABB vai fornecer elétrica e automação para próxima geraç...
10/06/25
Fertilizantes
Petrobras produz primeiro lote de ARLA 32 na Ansa, em Ar...
10/06/25
Evento
Fenasucro & Agrocana 2025 reforça compromisso ambiental ...
10/06/25
Internacional
Petrobras apresenta declaração de interesse em blocos ex...
10/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22