Valor Econômico/ag.
As principais bolsas internacionais tiveram um dia antagônico ontem. Na Europa, a queda do preço do petróleo puxou para baixo as ações de petrolíferas e manteve os pregões no campo negativo, enquanto nos Estados Unidos o mesmo fator teve efeito contrário, pois reduziu preocupações com os custos de energia e empurrou os indicadores acionários para cima. Em Nova York, a alta também foi motivada por uma forte demanda por títulos do Tesouro americano - o que indicou aumento da confiança global na economia.
O índice Dow Jones subiu 0,89%, para 10.640 pontos. O S&P 500 avançou 0,84%, para 1.230 pontos. O Nasdaq Composto, principal indicador do setor de tecnologia, ganhou 0,96%, a 2.196 pontos.
As ações se recuperaram das perdas registradas no início do dia, depois que o preço do título de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos subiu, levando o rendimento para 4,58%, em relação aos 4,65% de quarta-feira. A notícia impulsionou papéis do setor financeiro, como Citigroup e Bank of America, que avançaram 1,94% e 1,71%, respectivamente.
Também ficaram entre as maiores altas do Dow Jones os papéis de indústrias e varejistas, setores vulneráveis aos custos de energia, depois que o petróleo recuou para US$ 57,80 por barril. As ações da Boeing, por exemplo, ganharam 2,15%. Já os papéis da Home Depot, maior rede de produtos para reformas de casas, exibiram valorização de 2,28%.
Na Europa, as principais bolsas foram afetadas negativamente pela queda do preço do petróleo e o conseqüente recuo das ações de empresas do setor. "A combinação de uma série de coisas está derrubando o mercado. O Banco da Inglaterra manteve o juro... e o preço do petróleo está em baixa", resumiu Daniel Birch, estrategista da corretora Execution.
A cotação do barril de petróleo caía mais de US$ 1 durante os pregões europeus. Com isso, os papéis da BP exibiram baixa de 2,07%, os da Total caíram 2,90% e os da Shell registraram queda de 1,65%.
No sentido oposto, o bom desempenho do setor financeiro, impulsionado por resultados acima do esperado de instituições como a seguradora ING e o grupo HVB, ajudou a conter as perdas. Esses papéis avançaram 3,3% e 4,1%, respectivamente.
Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 recuou 0,30%, para 5.423 pontos. Em Frankfurt, o DAX exibiu leve oscilação positiva de 0,08%, a 5.015 pontos. Em Paris, o CAC-40 teve irrisória baixa de 0,02%, a 4.479 pontos.
Fale Conosco
21