Agência Estado
O discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Ben Bernanke, ficou no foco dos investidores, ansiosos para ver o que o presidente do Fed comentaria sobre a economia dos EUA, a taxa básica de juro do país, a crise no crédito e sobre o papel desempenhado pelo Fed durante a assistência do banco JPMorgan ao Bear Sterns e sobre a ampliação dos poderes do BC americano no plano do Tesouro de reformulação do sistema de regulamentação do mercado financeiro.
Pela primeira vez desde o início da crise de crédito nos EUA, o presidente do Fed acenou a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, destacando que poderá haver contração da atividade no primeiro semestre deste ano. Mas, uma vez que o mercado já trabalhava com um cenário de eventual retração na maior economia do mundo, a fala de Bernanke não abalou muito a Bolsa paulista.
Entre as ações, os papéis preferenciais (PN) da Petrobras apresentavam alta de 2,96% às 12h04, para R$ 78,00. As ações ordinárias (ON) tinham alta semelhante, de 2,73%, a R$ 93,80. As ações da estatal petrolífera têm sido beneficiadas pela expectativa de novas descobertas de petróleo na costa brasileira.
Além disso, a volta do fluxo de capital externo à Bovespa também ajuda. Os estrangeiros costumam correr, em um primeiro momento, para papéis com mais liquidez. Segundo dados da Bovespa, em 28 de março, a Bolsa paulista registrou entrada de capital externo de R$ 320,862 milhões. O quadro de saída começou a ser revertido em 24 de março, embora no ano o saldo na bolsa ainda seja negativo em R$ 6,361 bilhões.
Já as ações preferenciais classe A (PNA) da Vale, que também são alvo de compra por parte dos estrangeiros, cediam 0,52%, e as ordinárias (ON) recuavam 0,49%.
No setor aéreo, as ações PN da TAM cresciam 4,81% às 12h06 e lideravam as altas no Ibovespa. Também no setor aéreo, as ações PN da Gol subiam menos, +1,67%, no mesmo horário.
Ontem (01/04), o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, disse que a crise no setor já passou e que as companhias aéreas "seguramente" terão mais lucros em 2008. Ele foi questionado sobre o resultado divulgado pela TAM na segunda-feira, que mostrou queda de 78,9% no lucro líquido em 2007 para R$ 128,9 milhões, e a respeito da queda do lucro da Gol, divulgado em fevereiro.
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