Agência Brasil/Lusa
A Bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, fechou hoje (26) em queda de mais de 6%, para 2.783,55 pontos, no dia em que o Banco Central chinês injetou 62 bilhões de euros no sistema financeiro.
Desde o início do ano, o Índice Composite de Xangai desvalorizou cerca de 25% e vale hoje quase metade do pico de 5.166,35 pontos atingido no verão passado, após uma valorização de 150% em 12 meses.
Shenzhen, a segunda praça financeira do país, caiu 6,13%, para 1.732,60 pontos.
O ChiNext, o índice chinês dedicado às pequenas e médias empresas locais e inspirado no norte-americano Nasdaq, também fechou em queda acentuada: recuou 7,3%, para 3.007,74 pontos.
Injetação 62 bilhões de euros no sistema financeiro da China para aumentar liquidez
O Banco do Povo da China (PBOC, Banco Central) injetou hoje (26) 440 bilhões de yuan (62 bilhões de euros) no sistema financeiro do país, a maior operação do gênero desde fevereiro de 2013.
É a quarta injeção de liquidez consecutiva desde a semana passada e coincide com a véspera das férias do Ano Novo lunar, período marcado pelo aumento do consumo.
As operações foram feitas por meio de acordos de recompra (repos), mecanismo que pressupõe a recompra dos títulos vendidos dentro de um prazo estabelecido.
Desde que, no dia 19 de janeiro, o Gabinete Nacional de Estatísticas revelou crescimento da economia chinesa de 6,9% em 2015 - o ritmo mais lento dos últimos 25 anos - o PBOC fez quatro injeções de liquidez.
A instituição justifica as operações com a necessidade de garantir liquidez no sistema financeiro durante a principal festa das famílias chinesas, que começa em 8 de fevereiro.
A quantia investida no período supera em muito a do exercício de 2015, que foi de 80 bilhões de yuan.
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