A Bolívia pretende se tornar nos próximos 10 anos um centro de energia elétrica para o Brasil, informou neste domingo (19) o vice-presidente, Alvaro García.
"Queremos ser o centro de gás e de energia elétrica, porque nosso potencial de energia elétrica é gigante", disse García à imprensa local.
Perguntado sobre quais são os prováveis mercados da energia boliviana, García disse: "Os três países que nos cercam, principalmente o Brasil, que anualmente demanda quase 4.000 novos megawatts". Os outros dois destinos para a energia que seria produzida no país seriam Chile e Peru.
O governo boliviano pretende construir seis hidrelétricas para seu mercado interno e para exportação em um custo estimado de 5,7 bilhões de dólares, o que permitiria aos bolivianos pelo menos triplicar sua capacidade instalada, que atualmente é de 3.290 megawatts.
Parte dos recursos será do Estado boliviano, que tentará obter cooperação externa.
Os dois projetos hidrelétricos mais importantes, que estão em fase de estudo, são o de Cachuela Esperanza, localizado entre os departamentos amazônicos de Beni e Pando, e o de El Bala, na região de La Paz.
O primeiro tem um custo estimado de 1,6 bilhão de dólares; e o segundo, de 2,4 bilhões de dólares.