Previsão

BNEF divulga estimativas para setor de energia em 2013

Entre elas para gás de xisto, eólica e solar.

Redação / Agência
04/02/2013 17:15
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A Bloomberg New Energy Finance (BNEF) apresentou nesta segunda-feira (4) dez estimativas para o setor energético mundial em 2013 formuladas pelo seu editor chefe, Angus McCrone, e por 80 especialistas.
As previsões cobrem investimentos em energia limpa; gás de xisto; inovações financeiras; políticas energéticas; energia solar, eólica e bioenergia; veículos elétricos; e células a combustível. São elas:
1. Recuperação dos investimentos em energia limpa
De acordo com as estimativas, apesar de os investimentos em energia limpa terem caído 11% em 2012 para US$ 268,7 bilhões, as influências que levaram a essa queda devem se reverter no próximo ano. A Alemanha, por exemplo, está resolvendo seus problemas de conexão de rede, enquanto a China continua a investir em projetos eólicos. A previsão é de que os investimentos voltem a atingir os níveis de 2011, chegando a cerca de US$ 302,3 bilhões.
2. Expansão do gás de xisto
Os analistas preveem que tanto os preços quanto a produção do gás de xisto aumentarão, podendo os primeiros chegar entre US$ 7 a US$14 MMBtu no Reino Unido e entre US$ 4 a US$ 6 MMBtu nos EUA. Na Ásia, o mercado do gás de xisto deve permanecer concorrido, e mais dados ambientais sobre o impacto do frackling devem influenciar no custo da produção do gás.
3. Inovação financeira cresce
Segundo as previsões, apesar de os investimentos em energia limpa no setor financeiro terem sido tumultuados e incertos nos últimos anos, uma esperança de solução é que as autoridades repensem suas estruturas regulatórias. Ainda assim, o último ano viu diversas abordagens para a inovação financeira, e 2013 deve seguir essa tendência. Os fundos de pensão devem ser os grandes atores dessa inovação, investindo em infraestrutura verde através de empréstimos obrigacionistas.
4. Europa se foca em reformas no mercado de energia
O relatório aponta que a maior preocupação da Europa será estabilizar a situação financeira do setor de serviços públicos, e países como a Alemanha devem investir em discussões sobre uma transição energética. O gás natural deve ser um investimento comum entre defensores das energias fósseis e renováveis para controlar a volatilidade dos preços da eletricidade.
5. Tecnologia, meio ambiente e desenvolvimento lideram
As estimativas indicam que os desenvolvimentos mais dinâmicos em energia limpa continuarão a ocorrer fora da Europa, impulsionados pela tecnologia e por preocupações ambientais, e não apenas por questões estritamente climáticas. Os EUA, por exemplo, prometem continuar avançando em seus cortes de emissões, no mercado de carbono da Califórnia e na legislação climática. Já na Ásia, o Japão deve tentar suprir suas necessidades energéticas sem recorrer à energia nuclear, enquanto a China precisa continuar lidando com seus problemas de poluição. Os países emergentes prometem ser os principais atores no desenvolvimento das energias limpas. 2013 será o ano que eles começarão a investir em energia limpa em larga escala.
6. China, África e América Latina devem estimular crescimento solar
Apesar de as previsões sugerirem que os investimentos em energia solar em 2013 não vão ultrapassar em muito os do ano passado, deve haver uma grande mudança geográfica nos investimentos. A dependência do mercado europeu deve diminuir ainda mais em 2013. A China, por exemplo, deve ser uma grande investidora, acrescentando 8 GW de capacidade neste ano. Na África, 1 GW em novos projetos solares devem ser desenvolvidos até o final do ano, e na América Latina os países cujos mecanismos políticos forem favoráveis devem aumentar sua capacidade solar. Ainda assim, a redução no preço dos módulos solares deve levar a ainda mais falências de fabricantes solares.
7. Instalações diminuem, mas financiamento melhora para eólica
O segundo semestre de 2012 foi desanimador para a indústria eólica, com a diminuição de projetos nos EUA e a crise financeira na Europa, e o mercado deve levar algum tempo para se recuperar em 2013. As instalações devem diminuir 10% em relação a 2012 para 40GW, mas a atividade financeira deve aumentar, e os ativos financeiros eólicos devem passar dos US$ 76 bilhões de 2012. Isso deve estimular as instalações para além de 2014.
8. Bioenergias ganham dinheiro
2013 verá o acréscimo de 2GW na capacidade de biomassa na União Europeia, que produzirá eletricidade a preços competitivos, e as importações de biomassa devem dobrar, vindas dos EUA, Rússia e Brasil. O mercado europeu deve chegar a 300 milhões de euros. No Brasil, o mercado de etanol também deve crescer em 2013 devido ao baixo preço da matéria-prima. Nos EUA, pelo contrário, as colheitas fracas devem manter os preços do álcool em alta, o que deve beneficiar as importações vindas do Brasil.
9. Vendas de veículos elétricos crescerão
As vendas de veículos elétricos dobraram em 2012, e o mesmo deve acontecer neste ano. Ainda assim os carros híbridos devem continuar sendo mais populares do que os elétricos, em uma divisão de 60-40%. Novos modelos devem ser lançados em 2013, como o Honda Accord Plug-in, o Cadillac ELR e os BMW i3 e i8.
10. Células a combustível
As estimativas da BNEF indicam que as células a combustível devem voltar a se desenvolver em 2013. Nos EUA, pelos menos 50 MW em novos projetos de células a combustível estacionárias devem ser autorizados. Para se ter uma ideia, a capacidade cumulativa no país chegou a 100 MW no final de 2012. Já a Coreia do Sul dobrará sua capacidade de células a combustível para atingir 100 MW. Montadoras como a Toyota e a Honda devem lançar protótipos de veículos com células a combustível, que talvez sejam comercializados já em 2015.

A Bloomberg New Energy Finance (BNEF) apresentou nesta segunda-feira (4) dez estimativas para o setor energético mundial em 2013 formuladas pelo seu editor chefe, Angus McCrone, e por 80 especialistas.


As previsões cobrem investimentos em energia limpa; gás de xisto; inovações financeiras; políticas energéticas; energia solar, eólica e bioenergia; veículos elétricos; e células a combustível. São elas:



1. Recuperação dos investimentos em energia limpa


De acordo com as estimativas, apesar de os investimentos em energia limpa terem caído 11% em 2012 para US$ 268,7 bilhões, as influências que levaram a essa queda devem se reverter no próximo ano. A Alemanha, por exemplo, está resolvendo seus problemas de conexão de rede, enquanto a China continua a investir em projetos eólicos. A previsão é de que os investimentos voltem a atingir os níveis de 2011, chegando a cerca de US$ 302,3 bilhões.


2. Expansão do gás de xisto


Os analistas preveem que tanto os preços quanto a produção do gás de xisto aumentarão, podendo os primeiros chegar entre US$ 7 a US$14 MMBtu no Reino Unido e entre US$ 4 a US$ 6 MMBtu nos EUA. Na Ásia, o mercado do gás de xisto deve permanecer concorrido, e mais dados ambientais sobre o impacto do frackling devem influenciar no custo da produção do gás.


3. Inovação financeira cresce


Segundo as previsões, apesar de os investimentos em energia limpa no setor financeiro terem sido tumultuados e incertos nos últimos anos, uma esperança de solução é que as autoridades repensem suas estruturas regulatórias. Ainda assim, o último ano viu diversas abordagens para a inovação financeira, e 2013 deve seguir essa tendência. Os fundos de pensão devem ser os grandes atores dessa inovação, investindo em infraestrutura verde através de empréstimos obrigacionistas.


4. Europa se foca em reformas no mercado de energia


O relatório aponta que a maior preocupação da Europa será estabilizar a situação financeira do setor de serviços públicos, e países como a Alemanha devem investir em discussões sobre uma transição energética. O gás natural deve ser um investimento comum entre defensores das energias fósseis e renováveis para controlar a volatilidade dos preços da eletricidade.


5. Tecnologia, meio ambiente e desenvolvimento lideram


As estimativas indicam que os desenvolvimentos mais dinâmicos em energia limpa continuarão a ocorrer fora da Europa, impulsionados pela tecnologia e por preocupações ambientais, e não apenas por questões estritamente climáticas. Os EUA, por exemplo, prometem continuar avançando em seus cortes de emissões, no mercado de carbono da Califórnia e na legislação climática. Já na Ásia, o Japão deve tentar suprir suas necessidades energéticas sem recorrer à energia nuclear, enquanto a China precisa continuar lidando com seus problemas de poluição. Os países emergentes prometem ser os principais atores no desenvolvimento das energias limpas. 2013 será o ano que eles começarão a investir em energia limpa em larga escala.


6. China, África e América Latina devem estimular crescimento solar


Apesar de as previsões sugerirem que os investimentos em energia solar em 2013 não vão ultrapassar em muito os do ano passado, deve haver uma grande mudança geográfica nos investimentos. A dependência do mercado europeu deve diminuir ainda mais em 2013. A China, por exemplo, deve ser uma grande investidora, acrescentando 8 GW de capacidade neste ano. Na África, 1 GW em novos projetos solares devem ser desenvolvidos até o final do ano, e na América Latina os países cujos mecanismos políticos forem favoráveis devem aumentar sua capacidade solar. Ainda assim, a redução no preço dos módulos solares deve levar a ainda mais falências de fabricantes solares.


7. Instalações diminuem, mas financiamento melhora para eólica


O segundo semestre de 2012 foi desanimador para a indústria eólica, com a diminuição de projetos nos EUA e a crise financeira na Europa, e o mercado deve levar algum tempo para se recuperar em 2013. As instalações devem diminuir 10% em relação a 2012 para 40GW, mas a atividade financeira deve aumentar, e os ativos financeiros eólicos devem passar dos US$ 76 bilhões de 2012. Isso deve estimular as instalações para além de 2014.


8. Bioenergias ganham dinheiro


2013 verá o acréscimo de 2GW na capacidade de biomassa na União Europeia, que produzirá eletricidade a preços competitivos, e as importações de biomassa devem dobrar, vindas dos EUA, Rússia e Brasil. O mercado europeu deve chegar a 300 milhões de euros. No Brasil, o mercado de etanol também deve crescer em 2013 devido ao baixo preço da matéria-prima. Nos EUA, pelo contrário, as colheitas fracas devem manter os preços do álcool em alta, o que deve beneficiar as importações vindas do Brasil.


9. Vendas de veículos elétricos crescerão


As vendas de veículos elétricos dobraram em 2012, e o mesmo deve acontecer neste ano. Ainda assim os carros híbridos devem continuar sendo mais populares do que os elétricos, em uma divisão de 60-40%. Novos modelos devem ser lançados em 2013, como o Honda Accord Plug-in, o Cadillac ELR e os BMW i3 e i8.


10. Células a combustível


As estimativas da BNEF indicam que as células a combustível devem voltar a se desenvolver em 2013. Nos EUA, pelos menos 50 MW em novos projetos de células a combustível estacionárias devem ser autorizados. Para se ter uma ideia, a capacidade cumulativa no país chegou a 100 MW no final de 2012. Já a Coreia do Sul dobrará sua capacidade de células a combustível para atingir 100 MW. Montadoras como a Toyota e a Honda devem lançar protótipos de veículos com células a combustível, que talvez sejam comercializados já em 2015.

 

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