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BNDES registra lucro líquido de R$ 9,6 bi no terceiro trimestre e supera R$ 250 bi em leilões

Lucro acumulado de janeiro a setembro é de R$ 34,2 bi, 29,5% maior que o mesmo período do ano passado

Redação TN Petróleo/Assessoria BNDES
11/11/2022 09:42
BNDES registra lucro líquido de R$ 9,6 bi no terceiro trimestre e supera R$ 250 bi em leilões Imagem: Divulgação Visualizações: 653 (0) (0) (0) (0)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 9,6 bilhões no terceiro trimestre de 2022. O desempenho foi influenciado, principalmente, por receita com dividendos/JCP (R$ 7,0 bilhões), destacando Petrobras. O resultado recorrente apresentou aumento de 76% em comparação ao mesmo período de 2021, refletindo também acréscimo no produto de intermediação financeira. Este resultado exclui operações de desinvestimento da carteira de renda variável e provisões para risco de crédito, dentre outros.

O lucro líquido nos nove primeiros meses do ano foi 29,5% acima do volume do mesmo período em 2021, chegando a R$ 34,2 bilhões. Ele foi impulsionado pelo efeito líquido da reclassificação do investimento em JBS (R$ 5,8 bilhões), além de receita com dividendos/JCP de R$ 7,9 bilhões no primeiro semestre (totalizando R$ 14,9 bilhões no período de nove meses), reversão de provisão para risco de crédito pelo recebimento integral do Grupo Oi e alienações de ações, notadamente Eletrobras e JBS.

Os desembolsos no terceiro trimestre de 2022 totalizaram R$ 29,4 bilhões (R$ 62,9 bilhões no acumulado de 9 meses), registrando crescimento de 57,8% frete aos do segundo trimestre do ano e 34,9% aos do mesmo período do ano passado.
Houve despesa com provisão para risco de crédito de R$ 500 milhões no terceiro trimestre de 2022, impactada por atualização do saldo devedor de contratos.

O produto de intermediação financeira atingiu R$ 4,9 bilhões, aumento de 11,8% em comparação ao terceiro trimestre de 2021, acompanhando a elevação na taxa Selic, que remunera as disponibilidades e os títulos públicos.

Inadimplência – A inadimplência (+ 90 dias) se manteve em patamar baixo, caindo de 0,17% em 30 de junho de 2022 para 0,10% em 30 de setembro de 2022, inferior à inadimplência do Sistema Financeiro Nacional (2,85% na mesma data). Este é o menor valor registrado desde o primeiro trimestre de 2021. A boa qualidade da carteira de crédito e repasses foi mantida, com 93,2% das operações classificadas nos mais baixos níveis de risco (entre AA e C) em 30 de setembro de 2022. Esse percentual permanece superior ao registrado pelo Sistema Financeiro Nacional, que foi de 91,4% em 30 de junho de 2022 (última informação disponível).

O índice de renegociação atingiu 10,56% em 30 de setembro de 2022, ainda impactado pelas renegociações no âmbito do produto Standstill COVID-19, que alcançaram 10,03% da carteira bruta.

Ativos – O ativo do Sistema BNDES totalizou R$ 718,9 bilhões em 30 de setembro de 2022, redução de R$ 14,8 bilhões (2%) em relação ao trimestre anterior, impactado pelos pagamentos ao Tesouro Nacional de R$ 12,6 bilhões (liquidações antecipadas de R$ 10 bilhões e pagamentos ordinários de R$ 2,6 bilhões) e pagamento de juros ao FAT de R$ 9,8 bilhões, atenuados pelo recebimento de dividendos/JCP e ingresso de recursos do FAT.

A carteira de crédito e repasses, líquida de provisão, totalizou R$ 454,8 bilhões, representando 63,3% dos ativos totais em 30 de setembro de 2022. O acréscimo de 1,5% em relação a 30 de junho de 2022 foi ocasionado por desembolsos superiores ao retorno das operações, além de apropriação de juros, atualização monetária e variação cambial sobre a carteira em moeda estrangeira. Já a carteira de crédito expandida totalizava R$ 463,2 bilhões em 30 de setembro de 2022, aumento de 2,2% em relação ao fechamento do trimestre anterior.

A carteira de participações societárias totalizou R$ 68,8 bilhões em 30 de setembro de 2022, mantendo-se no mesmo patamar do trimestre anterior.

Fontes de recursos – Em 30 de setembro de 2022, FAT e Tesouro Nacional representavam 55,3% e 14,1%, respectivamente, das fontes de recursos do BNDES.

O valor devido pelo BNDES ao Tesouro Nacional atingiu R$ 93 bilhões em 30 de setembro de 2022, representando uma redução de 10,2% em relação à posição em 30 de junho de 2022, por conta da liquidação antecipada no montante de R$ 10 bilhões e pagamentos ordinários de R$ 2,6 bilhões.

O FAT se manteve como principal credor do BNDES. No terceiro trimestre de 2022, ingressaram R$ 5,5 bilhões de recursos do FAT Constitucional. O volume de recursos do fundo com o Banco totalizou R$ 364,4 bilhões em 30 de setembro de 2022.

O passivo com captações externas totalizou R$ 29 bilhões em 30 de setembro de 2022, uma queda de 3,5% no terceiro trimestre, em função, principalmente, de amortizações de empréstimos.

Patrimônio líquido – O patrimônio líquido atingiu R$ 137 bilhões em 30 de setembro de 2022, acréscimo de 6,0 % em relação ao saldo em 30 de junho de 2022. O lucro do período de R$ 9,6 bilhões foi atenuado por ajuste de avaliação patrimonial negativo de R$ 1,9 bilhão, decorrente principalmente da redução do valor justo da carteira de participações societárias em não coligadas.

Limites prudenciais – Base para o cálculo dos limites prudenciais estabelecidos pelo Banco Central (Bacen), o Patrimônio de Referência totalizou R$ 182,4 bilhões em 30 de setembro de 2022 (ante 174,6 bilhões em 30 de junho de 2022). O acréscimo foi ocasionado, principalmente, pelo lucro do período.

O Índice de Basileia manteve-se em situação confortável, oscilando de 33,4% ao final de junho de 2022 para 36% em setembro de 2022, acima dos 10,5% exigidos pelo Banco Central.

As demonstrações financeiras do BNDES e suas subsidiárias estão disponíveis no Portal de Relações com Investidores do BNDES.

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