<P>O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia a possibilidade de passar a financiar o afretamento de plataformas de petróleo. Os empréstimos poderiam ser feitos tanto pelas empresas que realizam o aluguel quanto pelos próprios construtores (os chamados epcistas). A pro...
Jornal do Commercio/RJO Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia a possibilidade de passar a financiar o afretamento de plataformas de petróleo. Os empréstimos poderiam ser feitos tanto pelas empresas que realizam o aluguel quanto pelos próprios construtores (os chamados epcistas). A proposta foi levada ao banco pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), e segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, será analisada com profundidade.
É necessária uma estruturação financeira para que se possa operacionalizar o leasing dessas plataformas depois em condições equilibradas. Há necessidade ainda que exista um setor empresarial capacitado e disposto a empreender neste segmento. É uma sugestão válida que precisamos analisar se gerará interesse empresarial. Se gerar, é perfeitamente viável, declarou ele, após participar do evento Café da Manhã com Energia, promovido pela Onip.
Coutinho destacou que, diante do ciclo de investimentos do setor, que acarretou demanda por equipamentos mais elevada, o nível de arrendamento subiu, tornando viável o apoio do banco a este tipo de operação. De acordo o presidente da Onip, Elói Fernández y Fernández, nos últimos cinco anos, foram encomendadas 30 plataformas, das quais 20 afretadas.
Coutinho ressaltou que o setor de petróleo e gás responde por cerca de 37% dos investimentos no País, mapeados pelo BNDES entre 2007 e 2010. A Petrobras, grande fomentadora desse processo, não tem, atualmente, nenhum tipo de restrição financeira, lembrou o executivo. Na visão de Coutinho, a única restrição enfrentada pela indústria petrolífera é de ordem técnica e de engenharia, pela magnitude e complexidade de alguns projetos, que precisam ser superados. São incertezas técnicas, naturais para o setor. Somente isso vai condicionar o desempenho das empresas daqui para frente, observou.
PETRÓLEO E GÁS. O presidente do BNDES disse ainda que o banco vem buscando facilitar as condições de financiamento para os projetos da cadeia de petróleo e gás natural, principalmente os listados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao todo, os empreendimentos incluídos no PAC somam investimentos de R$ 179 bilhões, dos quais R$ 93,4 bilhões na cadeia de Exploração e Produção (E&P), R$ 42,5 bilhões em refino e derivados, R$ 40 bilhões em gás natural e R$ 17 bilhões em biocombustíveis.
O BNDES tem procurado agir no limite de sua capacidade financeira. Temos reduzidos os spreads e aumentado os prazos para o setor de energia, em geral, afirmou, exaltando a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), de 6,5% para 6,25% ao ano, anunciada na terça-feira.
Fonte: Jornal do Commercio/RJ
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