Petroquímica

BNDES aprova financiamento de R$ 384,6 milhões para a Braskem

Recursos serão destinados a projetos de expansão da empresa até 2007, orçados em R$ 754,76 milhões.

Redação
14/04/2005 03:00
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A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento para a Braskem de R$ 384,6 milhões, que integrarão o orçamento de investimentos da empresa, de R$ 754,76 milhões entre 2004 e 2007, para projetos de ampliação da produção de insumos petroquímicos. O programa da Braskem, no qual o BNDES participará com 51%, está dividido em três grupos.

O primeiro diz respeito ao aumento de capacidade de produção de eteno de 1.280 mil toneladas/ano para 1.350 mil toneladas/ano, em Camaçari, na Bahia; de polipropileno, de 450 mil t/ano para 550 mil t/ano, em Triunfo (RS), e a aportes em projetos de qualidade e produtividade, meio ambiente, saúde e segurança nas unidades de Camaçari, Triunfo, Marechal Deodoro e Maceió.

O segundo grupo de investimentos é relativo à expansão da capacidade de produção de MVC, de 190 mil toneladas/ano para 240 mil toneladas/ano e ao aumento da capacidade de produção de PVC, de 205 mil t/ano para 255 mil t/ano, em Marechal Deodoro (AL). Além disso, inclui um projeto de utilização de polipropileno no desenvolvimento do mercado de descartáveis, em Criciúma (SC).

O terceiro e último grupo do programa de investimentos da Braskem prevê a construção do novo parque de Tancagem no Porto de Aratu, na Bahia, e perfuração de poços de sal em Maceió, em Alagoas.

A participação do BNDES no projeto de expansão da companhia, controlada pela Odebrecht, ocorre no momento em que o setor petroquímico passa por um ciclo de alta, com expectativas de aumento de preços e de demanda por insumos nos próximos anos. Além disso, os investimentos serão realizados, em grande parte, em regiões prioritárias para o apoio do Banco, como Bahia e Alagoas.

O programa também marca a retomada dos investimentos da Braskem após dois anos focados na redução da dívida e na conclusão das incorporações. Trata-se, portanto, de um projeto fundamental para a manutenção da competitividade industrial da companhia, que, contribuirá, ainda, para a redução das importações de MVC/PVC, a partir do crescimento da produção nacional desses produtos.

PROJETO - O projeto, objeto de apoio do BNDES, é o primeiro passo em direção a alguns desgargalamentos importantes que resultarão em aumento de capacidade instalada, além de modernizações, melhorias da qualidade e da produtividade e investimentos em meio ambiente, saúde e segurança.

Este ano, o Banco já liberou R$ 89,7 milhões para empresas do setor petroquímico. A carteira do BNDES no setor inclui, ainda, financiamento a projetos no valor R$ 468 milhões, em fase de enquadramento, que demandarão investimentos totais de R$ 762 milhões; projetos em análise de R$ 264 milhões, que integrarão investimentos de R$ 524 milhões; e financiamentos aprovados de R$ 437 milhões, equivalentes a R$ 768 milhões de investimento total que serão realizados pelo setor privado.

Empresa - A Braskem, que está entre as três maiores indústrias privadas de capital nacional, tornou-se a maior empresa petroquímica do País e é líder em resinas termoplásticas na América Latina. A companhia exporta para 54 países e tem, nas suas 13 unidades industriais (RS, BA, SP e AL), uma capacidade de produção de 5 milhões de toneladas/ano de produtos químicos e petroquímicos, sendo a única empresa brasileira com unidades de primeira e segunda geração integradas. Sua produção representa cerca de 45% do volume total de petroquímicos básicos e solventes produzidos no País.

A companhia é resultado da integração de seis petroquímicas brasileiras: Copene, OPP Química, Polialden, Trikem, Proppet e Nitrocarbono e o evento chave na sua formação foi a aquisição da Copene, em 2001.Conforme estratégia anunciada no fim do ano passado, a empresa tem planos de se tornar uma petroquímica de classe mundial nas resinas termoplásticas - polietileno, polipropileno e PVC - com um modelo integrado e consolidado. Seu  programa  estratégico prevê a criação de valor que, em última análise, aumentará sua competitividade global.

Com a conclusão do plano estratégico, em 2007, a Braskem quer estar preparada para enfrentar, em condições mais favoráveis, o ciclo previsto de baixa de preços da indústria petroquímica e tentar ampliar sua atuação além das fronteiras brasileiras. Trata-se de uma tentativa de aproximação dos índices de desempenho das companhias internacionais e criação de bases para internacionalização da empresa. A adoção do Programas de Investimentos da Braskem prevê a criação de empregos diretos e indiretos. Atualmente, a empresa emprega 2.896 funcionários.

MERCADO - O mercado petroquímico é cíclico e sensível às alterações de oferta e demanda que, por sua vez, são afetadas pela conjuntura econômica local e mundial. Os preços dos insumos no Brasil seguem a tendência internacional. Atualmente, as projeções são otimistas em relação ao cenário mundial, dado o início de mais um ciclo de alta da indústria petroquímica. O pico de rentabilidade está previsto para o primeiro semestre de 2006.

As perspectivas para 2007 também são positivas, apesar da queda nas taxas de ocupação este ano. O início do ciclo de baixa é esperado para 2008, perdurando até 2010, mas isso dependerá da intensidade dos novos investimentos que serão realizados.

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