Energia

Blecaute foi problema técnico e conjuntural, diz especialista

Sistema é interligado e tem dimensões continentais.

Agência Brasil
06/02/2014 12:43
Blecaute foi problema técnico e conjuntural, diz especialista Imagem: Deposit Photos Visualizações: 230 (0) (0) (0) (0)

 

Um dia depois do blecaute que afetou consumidores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, especialistas analisam os impactos e as possíveis causas do problema. Na avaliação do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, o episódio foi um problema técnico e conjuntural, que não tem relação direta com a falta de chuvas, com o calor e o aumento da demanda.
Segundo Castro, o Brasil aprendeu muito com o apagão de 2001 e hoje tem um sistema elétrico com planejamento muito criterioso. “Os apagões que estão ocorrendo não estão relacionados com crise do sistema elétrico brasileiro. Não há essa perspectiva de crise. O que acontece é que, dada a característica de o sistema elétrico ser interligado, ter dimensões continentais e transmitir blocos de energia em volumes muito grande constantemente de uma região para a outra, quando acontece algum problema de ordem técnica, você tem um desligamento”, explica o especialista.
Para Castro, se for detectado um erro humano ou falha técnica previsível, o empreendedor proprietário da rede deverá ser multado pesadamente. Segundo ele, blecautes como o de terça-feira não têm como ser evitados, pois são fenômenos aleatórios. A única alternativa seria construir novas linhas de transmissão para serem usadas que ficariam ociosas, a um custo muito alto para a sociedade brasileira.
Para Luiz Pinguelli Rosa, diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), o blecaute de ontem foi um evento grave, embora tenha sido fruto de um acidente de transmissão, que, segundo ele, sempre pode acontecer. “Mas neste momento, com essa situação de altas temperaturas, muita demanda de energia elétrica e pouca chuva, a situação é muito delicada”, avalia.
O especialista explica que o aumento da demanda não foi determinante para a queda de energia ocorrida ontem, mas essa situação faz com que o governo tenha que fazer um “jogo de energia”. “Eles estão colocando mais termelétricas, a água já está abaixo do que se esperava, e eles estão fazendo das tripas coração para usar o sistema da melhor maneira possível. Isso obriga muita transferência de energia e, se cai uma linha, eles não tem alternativa”, diz o diretor da Coppe.
No dia 4, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que a falta de energia que afetou consumidores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste não foi provocada pelo excesso de demanda, apesar de o calor intenso nas últimas semanas. O governo ainda estuda as causas do desligamento, que aconteceu na rede entre Tocantins e Goiás e uma reunião técnica ocorre amanhã, na sede da ONS.

Um dia depois do blecaute que afetou consumidores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, especialistas analisam os impactos e as possíveis causas do problema. Na avaliação do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, o episódio foi um problema técnico e conjuntural, que não tem relação direta com a falta de chuvas, com o calor e o aumento da demanda.

Segundo Castro, o Brasil aprendeu muito com o apagão de 2001 e hoje tem um sistema elétrico com planejamento muito criterioso. “Os apagões que estão ocorrendo não estão relacionados com crise do sistema elétrico brasileiro. Não há essa perspectiva de crise. O que acontece é que, dada a característica de o sistema elétrico ser interligado, ter dimensões continentais e transmitir blocos de energia em volumes muito grande constantemente de uma região para a outra, quando acontece algum problema de ordem técnica, você tem um desligamento”, explica o especialista.

Para Castro, se for detectado um erro humano ou falha técnica previsível, o empreendedor proprietário da rede deverá ser multado pesadamente. Segundo ele, blecautes como o de terça-feira não têm como ser evitados, pois são fenômenos aleatórios. A única alternativa seria construir novas linhas de transmissão para serem usadas que ficariam ociosas, a um custo muito alto para a sociedade brasileira.

Para Luiz Pinguelli Rosa, diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), o blecaute de ontem foi um evento grave, embora tenha sido fruto de um acidente de transmissão, que, segundo ele, sempre pode acontecer. “Mas neste momento, com essa situação de altas temperaturas, muita demanda de energia elétrica e pouca chuva, a situação é muito delicada”, avalia.

O especialista explica que o aumento da demanda não foi determinante para a queda de energia ocorrida ontem, mas essa situação faz com que o governo tenha que fazer um “jogo de energia”. “Eles estão colocando mais termelétricas, a água já está abaixo do que se esperava, e eles estão fazendo das tripas coração para usar o sistema da melhor maneira possível. Isso obriga muita transferência de energia e, se cai uma linha, eles não tem alternativa”, diz o diretor da Coppe.

No dia 4, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que a falta de energia que afetou consumidores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste não foi provocada pelo excesso de demanda, apesar de o calor intenso nas últimas semanas. O governo ainda estuda as causas do desligamento, que aconteceu na rede entre Tocantins e Goiás e uma reunião técnica ocorre amanhã, na sede da ONS.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Mossoró Oil & Gas Expo
Sebrae lança ferramenta que promete ‘match’ entre negóci...
26/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Sistema FIERN participa da Mossoró Oil & Gas com estande...
26/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
BRAVA Energia é destaque nos três dias de programação da...
26/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Workshop da ANP sobre segurança operacional em instalaçõ...
26/11/24
Energia Elétrica
Consumo de energia avança 2,1% em outubro, segundo CCEE
26/11/24
Sustentabilidade
Nova matéria-prima para combustível sustentável de aviaç...
26/11/24
Startups
NAVE ANP recebeu mais de 300 inscrições
26/11/24
Negócio
Enaex Brasil é reconhecida como líder em governança corp...
26/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Mossoró sedia maior evento nacional com foco no setor de...
25/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Mossoró Oil & Gas Energy começa amanhã (26)
25/11/24
Internacional
Na Inglaterra, ORPLANA destaca o futuro da cana-de-açúca...
25/11/24
Firjan
Na Firjan, Petrobras lança planos Estratégico 2050 e de ...
25/11/24
Royalties
Valores referentes à produção de setembro para contratos...
25/11/24
Evento
Subsea Symposium - Nas águas profundas da tecnologia
25/11/24
Termelétrica
Flash Energy fecha contrato de compra de energia do Merc...
25/11/24
Seminário
IBP promove seminário sobre reforma tributária no setor ...
25/11/24
Etanol
Hidratado fecha a semana praticamente estável e anidro v...
25/11/24
PE 2025-2029
Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras é apresentado c...
22/11/24
Bacia de Campos
Porto do Açu recebe P-26 para suporte a Reciclagem Verde
22/11/24
Gasolina
ANP publica painel dinâmico com dados de qualidade da ga...
22/11/24
Apoio
OceanPact apoia Mubadala Brazil SailGP Team, liderado pe...
22/11/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21