Meio Ambiente

Biotecnologia para tratar efluentes deve atingir mais de R$ 73 bilhões em 2030

Tamanho do mercado global desse tipo de tratamento sustentável de águas contaminadas deverá ser ampliado em 50% nesta década. Investimentos comprovam que o peso das adoções de práticas em ESG têm impulsionado indústrias a adotarem a biotecnologia como ferramenta de inovação transformadora

Redação TN Petróleo/Assessoria
08/04/2024 16:34
Biotecnologia para tratar efluentes deve atingir mais de R$ 73 bilhões em 2030 Imagem: Divulgação Visualizações: 1742 (0) (0) (0) (0)

Usar cada vez mais 'bactérias do bem' como aliadas no tratamento de águas contaminadas. É esse o caminho que aponta o Data Bridge Market Research, um dos mais respeitados institutos globais de análises mercadológicas. Segundo o estudo, divulgado recentemente, o setor de tratamento biológico de águas residuais, que foi de cerca de US$ 50 bilhões em 2022, subirá para algo em torno de US$ 73 bilhões até 2030, vivenciando um CAGR de 5,7% durante o período da previsão. 

Segundo o relatório, à medida que se espalha o aumento dos diversos tipos de poluentes presentes nos fluxos de efluentes, aumenta a quantidade que precisa ser tratada de acordo com as legislações ambientais cada vez mais rígidas. Nessa condição, torna-se invariável o desenvolvimento de inovações nos métodos de tratamento e manejo de efluentes para melhorar a eficiência energética geral da empresa, bem como sua economia e saúde financeira. 

De acordo com Monique Zorzim, engenheira ambiental e gerente de novos negócios da Superbac, biotech líder e pioneira em biotecnologia no Brasil, o uso de microrganismo em ETEs é capaz de reduzir, em média, 30% da geração do volume de lodo orgânico produzido, diminuindo ou até abolindo a necessidade de envios para os já sobrecarregados aterros sanitários. 

"Essa pesquisa confirma o que temos enxergado no Brasil, um cenário em que a biotecnologia gera economia significativa ao ser aplicada, com seus microrganismos, nos processos de tratamento de efluentes. "Empresas de setores como têxtil, frigoríficos e laticínios, por exemplo, podem poupar centenas de milhares de reais por ano, além de melhorarem a qualidade e eficiência de seus processos e serem mais valorizados por mostrarem que levam à sério a filosofia ESG, respeitando a legislação ambiental", explica a especialista.     

O estudo também aponta fatores como o aumento da população, escassez de água, o envelhecimento da infraestrutura, à rápida industrialização e às políticas rigorosas relativas ao descarte de águas residuais no meio ambiente, impulsionam o crescimento do mercado de tratamento biológico de forma exponencial, tanto nos modelos anaeróbico como no aeróbico. 

Ainda segundo a pesquisa, o segmento aeróbio deverá responder por uma parcela maior do mercado de tratamento biológico de águas residuais devido à grande eficiência desse modelo, de fácil montagem estrutural e baixo custo de investimento. No entanto, espera-se que o segmento anaeróbio também cresça significativamente, devido ao baixo consumo de energia, baixa produção de lodo e produção de subprodutos, incluindo gás metano, após o processo. A maioria das indústrias utiliza tratamento biológico de águas residuais em seus processos diários.

Para Monique, a adoção da biotecnologia no tratamento de efluentes mostra ser uma tendência cada vez mais ampla, setorialmente falando, e sem regionalismo. "A pesquisa é global e mostra que o mundo segue nessa direção. É como a adoção da energia solar, traz benefícios de sustentabilidade e também econômicos. Quando esses dois fatores se juntam, o crescimento contínuo passa a ser inquestionável", conclui a gestora da Superbac. 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Evento
Evento Drone em Faixas de Dutos tem nova data
06/11/24
Geração
ABGD participa de Conferência Internacional em Foz do Ig...
06/11/24
Certificação
Foresea recebe, pelo quarto ano seguido, certificação de...
06/11/24
Flow Assurance Technology Congress
Da produção offshore à transição energética
06/11/24
E&P
ANP lança segunda fase do GeoMapsANP com novos dados e f...
06/11/24
ACORDO
ABNT adotará normas do American Petroleum Institute em d...
05/11/24
Gás Natural
BRAVA Energia inicia fornecimento de gás para Pernambuco
04/11/24
Evento
Projetos de P&D da Galp são destaque em evento da SPE Br...
04/11/24
Gás Natural
Preço do Gás Natural recua e Gasmig repassa queda ao con...
04/11/24
Investimento
PetroReconcavo anuncia investimento de mais de R$ 340 mi...
04/11/24
Etanol
Anidro e hidratado fecham a semana valorizados
04/11/24
BRANDED CONTENT
Estudo comprova eficiência do corte a plasma na manutenç...
02/11/24
Energia Elétrica
CCEE ajuda a reduzir custos na gestão da oferta e do con...
01/11/24
Energia Solar
Energia Solar Fotovoltaica: SDE discute potencial e prot...
01/11/24
Pré-Sal
FPSO Almirante Tamandaré chega ao Campo de Búzios
01/11/24
Pré-Sal
Com 3,681 de milhões de boe, pré-sal tem recorde de prod...
01/11/24
Evento
Inscreva-se agora: últimas vagas disponíveis para o 7º S...
01/11/24
Pré-Sal
MODEC contribui com quase 40% da produção da Petrobras e...
01/11/24
E&P
Navio-sonda NORBE VIII, da Foresea, deixa Baía de Guanab...
01/11/24
ANP
Oferta Permanente de Concessão (OPC): aprovada a indicaç...
01/11/24
ANP
Qualidade de produtos importados: ANP ajusta regras para...
31/10/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21