Energia Limpa

Biopalma inaugura primeira planta de produção de óleo de palma no Pará

A Biopalma da Amazônia S.A., empresa da Vale em sociedade com o Grupo MSP, inaugura hoje a sua primeira usina extratora de palma (dendê), localizada no município de Moju, a 150 km de Belém. A usina é a primeira de duas unidades que serão construídas para extrair o óleo do fruto. Além disto

Redação
26/06/2012 14:38
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A Biopalma da Amazônia S.A., empresa da Vale em sociedade com o Grupo MSP, inaugura hoje a sua primeira usina extratora de palma (dendê), localizada no município de  Moju, a 150 km de Belém. A usina é a primeira de duas unidades que serão construídas para extrair o óleo do fruto. Além disto, será construída uma planta industrial para transformar o óleo em biodiesel a partir de 2015. O investimento total é de US$ 500 milhões.
 

O projeto tem como objetivo suprir a demanda de biodiesel para a utilização de B20 (20% de biodiesel e 80% de diesel comum) na frota de locomotivas, máquinas e equipamentos da Vale no Brasil. Hoje, a legislação brasileira estabelece o uso da mistura de, no mínimo, 5% de biodiesel (B5). A estimativa é que a utilização do B20 reduzirá a emissão de gases do efeito estufa da empresa em cerca de 20 milhões de toneladas de CO2 em 25 anos. Adicionalmente, estima-se também que 2 milhões de CO2 poderão ser sequestrados através da plantação da palma.
 

A usina tem capacidade de extração de 120 toneladas/hora de cachos de fruto fresco (CFF), o que representa cerca de 25 toneladas/hora de óleo. A unidade já nasce com dois grandes diferenciais: é a primeira planta de extração de óleo concebida com nível inédito de automação em seus processos  e, também, o  maior complexo de geração de energia limpa já instalado em uma usina deste tipo no Brasil. Além disso, quase todos os resíduos formados ao longo da cadeira produtiva serão reaproveitados pela própria indústria na geração de energia renovável e no processo de adubação do plantio da palma.
 

A capacidade de geração de energia limpa é de 11 MW, dos quais 3,5 MW serão utilizados na usina e o excedente poderá ser disponibilizado à concessionária de energia do Estado. Outro ganho ambiental gerado pela indústria é o reaproveitamento dos cachos vazios e das cinzas da caldeira, que retornarão à área agrícola para serem usados na adubação orgânica.
 

Já o alto nível de automação da usina da Biopalma permitirá um grau elevado de segurança aos profissionais da indústria, além de ganhos com otimização de processos industriais. Um exemplo dessa automação poderá ser visto no processo de esterilização e cozimento dos frutos. Nas usinas convencionais, esta etapa é feita por profissionais que precisam acompanhar todo o andamento do processo, submetidos a ambientes com temperaturas elevadas. Com a automação, os empregados acompanharão o processo a distância, de dentro da sala de controle, medindo a qualidade do produto final.
 

O uso da tecnologia estimulou a formação de profissionais especializados para atuarem nas funções novas. A Biopalma investiu na implantação de um centro de formação profissional em Moju, onde qualificou e treinou seus novos empregados que vão atuar na usina extratora. Os operadores treinados, oriundos da própria região, foram capacitados nos cursos de elétrica e mecânica, focados na manutenção industrial. 
 

Recuperação ambiental
 

A Biopalma já possui cerca de 50 mil hectares plantados com palma. Até 2013, serão 80 mil ha plantados e outros 90 mil ha destinados à reserva legal e à área de preservação permanente. Vale ressaltar que a implantação das áreas de cultivo foram realizadas em locais antes cultivados por pastagem e áreas abandonadas. Portanto, é um projeto com 100% de recuperação de áreas degradadas. 
 

A Biopalma possui cinco polos agrícolas na região do Vale do Acará e Baixo Tocantins, no nordeste do Pará, e será responsável pela produção de 600 mil toneladas de biodiesel em 2019, quando a lavoura atingir sua maturidade. 
 

Desenvolvimento socioeconômico 
 
 
Além do foco na recuperação e preservação ambiental, o projeto do biodiesel irá promover desenvolvimento na região, por meio da geração de emprego e renda. Em fevereiro de 2010, a empresa lançou o Programa de Agricultura Familiar, que tem como meta envolver duas mil famílias com o plantio de dendê até 2013.
 

Atualmente, este programa já beneficia 124 famílias de agricultores e mais 500 estão em fase de cadastramento. Os agricultores são financiados com linhas de crédito do Pronaf-Eco Dendê - um programa do governo federal, por meio do Banco da Amazônia, para a aquisição de mudas, manutenção da plantação e necessidades de subsistência nos três primeiros anos do plantio até o início da colheita.
 

Os agricultores interessados disponibilizam 10 hectares em sua propriedade familiar para o plantio de dendê e recebem da Biopalma assistência técnica gratuita e garantia de compra da matéria-prima durante os próximos 30 anos de produção. Paralelamente, para fortalecer a agricultura familiar junto aos produtores atendidos pelo programa, a Biopalma faz o acompanhamento e fornece o suporte técnico necessário para o desenvolvimento da produção agrícola pelas famílias, uma vez que elas também cultivam outras culturas na mesma propriedade, como frutas, aves etc. 
 

Pará 
 

O Pará é o maior produtor de óleo de palma do Brasil, com atividades que correspondem a 95% da produção nacional. Este óleo pode ser utilizado em diversos setores como cosméticos, produtos farmacêuticos, lubrificantes e alimentos, sendo que, para o uso de biocombustível, está comprovado que a palma possui a melhor produtividade (tonelada por hectare) entre as oleaginosas. A soja, principal matéria-prima do biodiesel brasileiro, possui uma produtividade 10 vezes menor que a palma e é mais intensiva no uso da terra. 


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