Folha de Pernamubuco
O setor de biocombustível receberá, nos próximos cinco anos, um investimento na ordem de US$ 2,8 bilhões, sendo 84% do montante para o segmento de etanol e os outros 16% para biodiesel. O anúncio foi feito ontem pelo gerente executivo de Marketing e Comercial da Petrobras, José Raimundo Brandão, durante a terceira edição do Fórum Nordeste – Desafios e Oportunidades nos Setores de Biocombustíveis e Energia Limpa.
De acordo com Brandão, o montante será aplicado em pesquisas para ajudar a desenvolver o setor, na implantação de usinas de biodiesel, inicialmente em Candeias (Bahia), Quixadá (Ceará) e Montes Claros (Minas Gerais). Cada uma das unidades irá produzir 70 milhões de metros cúbicos por ano de biocombustível.
“No Brasil, a Petrobras não visa atuar no segmento de etanol para disputar com os empresários, pelo contrário, nossa ideia é disponibilizar alternativas de exportar o produto para regularizar o setor com o mercado internacional. Temos como colocar esses produtos para outras regiões do mundo, transformando a produção em dinheiro, para que os empresários do ramo tenham fluxo positivo em seus investimentos”, explicou. Brandão disse, ainda, que para entrar no mercado de etanol a Petrobras ajustou seu estatuto e, com isso, será possível que os empresários sejam participantes minoritários em ações propostas pela estatal. “Dessa maneira, a Petrobras garantirá parte da produção de etanol, além das exportações”, afirmou.
Na ocasião, o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar), Renato Cunha, propôs para Brandão uma parceria entre os produtores de Pernambuco e a Petrobras para atuação na Refinaria Abreu e Lima. “Suape terá um empreendimento que vai produzir muito óleo diesel. Entendemos que o biodiesel é o futuro e Pernambuco, além de outros estados do Nordeste, tem o produto que faz a mistura do combustível limpo com derivados do petróleo”, declarou Cunha.
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