Hidrelétrica

Bertin deixa sociedade de Belo Monte depois de veto do BNDES

Valor Econômico
17/02/2011 12:18
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O grupo Bertin decidiu que a Gaia Energia vai sair da sociedade Norte Energia, dona da concessão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Ele detinha 9% como sócio autoprodutor. A construtora do grupo, a Contern vai manter os 1,25% que detém na usina. A decisão foi tomada depois que o BNDES informou aos outros sócios do empreendimento que não teria como aprovar garantias do Bertin para o financiamento de longo prazo da usina, como informou o Valor na edição do dia 4 de fevereiro.
 

Na mesma edição, foi informado que a Vale poderia ser a sucessora da Gaia em Belo Monte. As negociações nesse sentido estão sendo travadas com alguns acionistas da companhia, segundo pessoas a par do assunto. Mas fontes próximas à mineradora dizem que o tema não foi apreciado pela diretoria executiva da empresa e lembra que a entrada em um empreendimento como esse precisa ser aprovado pelo conselho de administração.
 

A saída da Gaia já estava prevista no acordo de acionistas do Norte Energia. A empresa tinha a opção de reduzir sua participação de 9% para 2% e o acordo previa que caberia à Eletrobras buscar um novo sócio autoprodutor para o empreendimento caso a Bertin saísse.
 

Ter a Vale como a sócia autoprodutora é vista como a saída mais fácil, já que a empresa tem a Previ como seu principal acionista. A mesma Previ já tem indiretamente 10% do Norte Energia, com a participação da Neoenergia - que entrou no pós-leilão na sociedade. A mineradora tem interesse em negócios de energia e também em Belo Monte, tanto que participou de um dos consórcios na disputa pela hidrelétrica justamente em consórcio com a Neoenergia. Mas perdeu. Mesmo que entre agora em Belo Monte, a empresa não precisa de toda a energia que caberá ao sócio autoprodutor. No ano passado, a Votorantim também fazia parte do consórcio da Vale e também como autoprodutora.
 

Outros poucos autoprodutores estão recebendo alguns recados da Eletrobras, mas não têm sido muito receptivos. Todos eles, inclusive a Vale, só entrariam em uma negociação dessa sob determinadas condições de custo e retorno. No ano passado, todos os grandes autoprodutores foram chamados a negociar e naquela época não se conseguiu chegar a um acordo. A obra agora está cada vez fica mais cara e os cronogramas cada vez mais apertados.
 

Apesar de estar previsto em acordo de acionistas que a Gaia poderia manter 2% como autoprodutora, o grupo Bertin decidiu sair integralmente e se dedicar exclusivamente a resolver os problemas das usinas termelétricas do grupo. Sete usinas deveriam ter entrado em operação em janeiro, mas estão com as obras atrasadas e outras duas já prontas estão em dívida com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e portanto sob risco de perda de concessão.
 

Essas térmicas estão sangrando o caixa da Bertin. As garantias que precisam ser depositadas na CCEE já somam R$ 405 milhões e a empresa já gastou outras centenas de milhões de reais com a compra de equipamentos e início das obras civis das usinas. Ao todo, o grupo terá de investir cerca de R$ 7,5 bilhões em cerca de duas dezenas de usinas, que juntas tornarão o grupo o segundo maior gerador privado do país. Além disso, no início do março a empresa precisa ainda resolver seu problema com o trecho sul leste do Rodoanel, onde terá que aportar garantais de R$ 304 milhões.
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