Petroquímica

Basell consolida expansão com a compra da Petroken

BNamericas
31/08/2005 03:00
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A compra feita pelo grupo petroquímico holandês Basell de uma participação de 50% na firma argentina de polipropileno Petroken, que elevou ao 100% sua participação total, consolidará sua estratégia de ecrescimento na América do Sul, disse à imprensa o presidente de operações internacionais da empresa, Ian Dunn.
O acordo de US$ 58 milhões com a petroleira espanhola Repsol YPF seria assinado "nas próximas semanas", assim que as autoridades antimonopólio argentinas dessem a permissão para a venda, o que ocorreu no mês passado, segundo indicou Dunn.
Esta compra constitui o último passo da expansão da Basell no Brasil e na Argentina. "Não deverá haver mais mudandas no Cone Sul, depois disso, a Bassel, agora, estudará oportunidades em outras regiões do mundo", defendeu Dunn.
No Brasil, a empresa acaba de concluir uma troca de ativos de US$ 240 milhões em que vendeu sua participação de 50% no fabricante local de polipropileno Polibrasil ao grupo petroquímico Suzano em troca de aumentar sua propriedade nas operações do composto de polipropileno da Suzano de 50% a 100%.
"Contar com o 100% nos permite aproveitar as oportunidades futuras, o que seria mais complicado se tivéssemos um sócio local", avalia Dunn.
As duas operações dão à Basel um total de 200 mil toneladas ao ano de capacidade para compostos de polipropileno na Argentina e de 63 mil toneladas ao ano no Brasil, uma vez que termine a construção de sua planta de 40 mil toneladas por ano, em São Paulo, em dezembro de 2005, destacou o executivo.
A Basell, controlada pelo grupo de origem norte-americano, mas com sede na Holanda Access Industries, não tem planejado expandir-se a outro países da América do Sul, esclareceu Dunn.
"A Bolívie tem muito gás como matéria-prima, mas a situação política é incerta, e a Venezuela só é importante para abastecer a América do Norte, que recebe um abastecimento satisfatório das operações locais e mexicanas", disse Dunn, descartantod qualquer plano de expandir-se a estes países.

Indústria automotiva - A Basell deixou de produzir outros petroquímicos no Brasil e na Argentina para concentrar-se em compostos de polipropileno de especialidade para a crescente indústria automotiva brasileira. A empresa também quer aproveitar a área de livre comércio do Mercosul.
"Provemos [compostos de polipropileno] a todos os grandes fabricantes de automóveis do Brasil, exceto a  Fiat, que tentamos conquistar", disse o diretor de desenvolvimento e negócios da Basell no Brasil, Ricardo Souza.
A maior parte da produção de polipropileno no Brasil e Argentina se destina à indústria automotiva brasielira, que cresceu 20% em 2004 e que se espera que cresça outros 10% em 2005.
"O crescimento histórico da indústria automotiva no Brasil foi de 5% a 7% ao ano e nós superamos este percentual, o que demontra que ganhamos participação de mercado", disse Dunn. "Ao ter foco em compostos de polipropileno, temos vantagem competitiva".
Os maiores competidores da Basell no Brasil são a norte-americana Dow Chemicals e o grupo petroquímico europeu Borealis.
Aumentar o conteúdo tecnológico e a especialização dos produtos é uma maneira que a Basell encontrou para firmar acordos de fornecimento com fabricantes de automóveis. Um exemplo é o contrato da Basell de prover partes plásticas para o novo modelo Gol da Volkswagen que se começará a produzir em Brasil em 2007.
A Basell também se encontra em conversas para modelos similares com outros fabricantes de automóveis, ao que poderia fornecer até 60 kg por veículo em partes em lugar dos normais 45 kg. "A indústria automotiva quer produtos mais leves e recicláveis", informou Dunn.

Expansão Futura - Para estar mais próximo do centro automotor do Brasil, São Paulo, a partir de 2006, a Basell cessará as operações de 23 mil toneladas por ano que tem na Bahia, reduzindo a prodição a apenas 40 mil toneladas em São Paulo.
No entanto, em 2007 a planta de São Paulo se ampliará a 50 mil toneladas por ano com um programa de investimentos de US$ 20 milhões que começou este ano.
Qualquer expansão futura, entretanto, dependerá das condições do mercado, disse o executivo.
A Basell poderia ampliar a planta de São Paulo a 80 mil toneladas por ano e na argentina, a Petroken poderia chegar a 250 mil ou 300 mil toneladas anuais, mas estas decisões ainda não foram tomadas. 
Em 1 de agosto, a empresa alemã de produtos químicos BASF e a Shell Chemicals completaram a venda de sua empresa de risco compratido em partes iguais Basell - um dos maiores fabricantes do mundo de polipropileno e poliolefinas - a Nell Acquisition, afiliada da novayorquina Access Industries por 4.400 milhões de euros.
Os novos controladores da Basell elaboraram planos de investimento durante os próximos seis meses, acrescentou Dunn.

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