Petróleo

Barril tem a maior queda percentual desde 2001

Jornal do Commercio
08/01/2009 02:16
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Os preços dos contratos futuros de petróleo despencaram na New York Mercantile Exchange (Nymex) e na ICE Futures, com o aumento dos estoques comerciais de petróleo e derivados nos EUA trazendo a realidade do declínio econômico para o foco novamente, segundo traders e analistas. Na Nymex, os futuros de petróleo registraram a maior queda percentual desde setembro de 2001, de 12,25%. Na Nymex, os contratos de petróleo para fevereiro caíram US$ 5,95, para fecharem em US$ 42,63 por barril. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 42,45 e a máxima de US$ 49,09.Na ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para fevereiro fecharam a US$ 45,86 por barril, queda de US$ 4,67 (9,24%). A mínima foi de US$ 45,67 e a máxima de US$ 51,40.

 

Depois de começarem o ano com a maior alta desde setembro, os preços do petróleo mudaram definitivamente de rumo nesta quarta-feira. Grande parte dos ganhos da última semana, construída sobre um otimismo cauteloso de que o pior do declínio econômico tinha acabado, rapidamente se evaporou com os primeiros novos sinais de que a recessão nos EUA está se aprofundando.Os alertas de lucro de algumas grandes companhias americanas e uma nova estimativa de aumento no desemprego enviaram os mercados de ações e de commodities para baixo. "As pessoas estavam dizendo que o apetite por risco tinha voltado no novo ano", disse Brad Samples, analista da Summit Energy. "Agora, isso esfriou."

 

O petróleo foi especialmente atingido depois que o Departamento de Energia dos EUA informou que os estoques comerciais de petróleo bruto aumentaram em 6,7 milhões de barris na semana passada, muito acima da expectativa de crescimento de 700 mil barris dos analistas. Os estoques em Cushing (Oklahoma), ponto de entrega dos contratos da Nymex, também cresceram para um volume recorde de 32,2 milhões de barris.

 

Ambos os dados indicam que a demanda permanece fraca e que os cortes na produção feitos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ainda não provocam um aperto na oferta.A situação de estocagem cada vez mais apertada em Cushing também elevou a pressão de baixa nos contratos de petróleo de primeiro mês de vencimento. Os contratos para entrega em fevereiro são negociados com um desconto quase recorde de US$ 4,76 por barril em comparação com os contratos para março, uma diferença conhecida como contango, que reflete os custos envolvidos, incluindo os de armazenamento, financiamento e seguro. Como os estoques podem provavelmente continuarão a crescer, os contratos de primeiro mês de vencimento podem continuar a enfraquecer em relação aos meses subsequentes.

 

"Pode-se apenas esperar que o atual super-contango permaneça fortificado, se não aprofundar um pouco mais", escreveu Harry Tchilinguirian, analista sênior de petróleo no BNP Paribas.Com os estoques cheios, a ameaça à oferta do risco político global diminuiu, incluindo a ofensiva de Israel em Gaza e o corte nas exportações de gás natural da Rússia através da Ucrânia. Esses dois fatores tinham contribuído para a alta dos preços na virada do ano, embora o risco de fato de uma grande interrupção na oferta fosse vista como remota.

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