Cotação
Valor Econômico
Os contratos futuros do petróleo nos EUA fecharam acima dos US$ 70 por barril pela primeira vez em sete meses, com o enfraquecimento do dólar frente a outras moedas e o posicionamento de traders na véspera do relatório semanal sobre estoques nos EUA.
Pesquisa Reuters mostrou expectativa de queda de 400 mil barris nos estoques de petróleo dos EUA e alta nos estoques de gasolina e derivados. Os preços também subiram após a Administração de Informação de Energia dos EUA ter divulgado previsão de alta na demanda interna e global de petróleo para este ano.
“Os dados da AIE mostrando que elevou sua previsão de demanda de petróleo no mundo e nos EUA pela primeira vez desde setembro é um sinal de que as coisas estão se estabilizando no lado da demanda”, disse Phil Flynn, analista da Alaron Trading, em Chicago.
Em Nova York, o petróleo para entrega em julho subiu US$ 1,92, ou 2,82%, a US$ 70,01 por barril, o maior valor de fechamento desde 4 de novembro, quando encerrou em US$ 70,53. O contrato foi negociado entre US$ 68,43 e US$ 70,18, abaixo do valor de US$ 70,32 atingido na sexta-feira durante a sessão, o maior valor intradia desde 5 de novembro do ano passado, quando chegou a ser negociado a US$ 70,46 por barril. Em Londres, o petróleo Brent para entrega em julho subiu US$ 1,74, ou 2,56%, cotado a US$ 69,62 por barril.
Os preços do petróleo se recuperaram acentuadamente desde fevereiro, alinhados com os mercados de ações e de crédito, à medida que os investidores começaram a se posicionar para uma recuperação econômica global impulsionada pelo consumo chinês.
As notícias veiculadas ontem sobre alta de 34% nas vendas de veículos na China no mês passado alimentaram os relatos de recuperação, sendo que investidores interpretaram os dados como indício de que a demanda por combustível aumentaria no médio prazo.
“A tendência nos preços é ascendente, na medida em que a melhora na confiança levou o mercado a mudar o seu foco para a credibilidade da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em acatar os cortes de produção contra um pano de fundo de enfraquecimento do fornecimento por parte de países não membros da Opep”, disseram analistas do Barclays Capital, segundo o “Financial Times”.
O vigor recente do dólar, causado em parte por dados melhores do que o esperado sobre o nível de emprego nos EUA na semana passada, amorteceu o poder de atração de commodities denominadas em dólares para investidores que usam outras moedas. Ontem, porém, o dólar americano foi negociado em baixa ante o euro, iene e a libra esterlina.
O alumínio continuou desconcertando os analistas, atingindo sua maior cotação em seis meses apesar de notícias de que as autoridades chinesas teriam elevado as restituições de impostos para exportações do metal - num sinal de que o país desejaria reduzir os estoques de alumínio detidos por negociantes de Xangai.
O metal leve teve alta de 3,8%, para US$ 1,675 a tonelada, enquanto o cobre registrava ganho de 4,3%, para US$ 5,2 mil a tonelada. Zinco, chumbo, níquel e estanho também registraram ganhos.
“A solidez atual nos preços do cobre decorre mais do sentimento positivo no mercado que de qualquer outro tipo de melhora no quadro básico”, disse Robin Bhar, analista sênior de metais no Calyon Crédit Agricole, em Londres.
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