Estudos geológicos devem ser concluídos em 2015.
Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria
A perspectiva de se encontrar petróleo na bacia Pernambuco-Paraíba foi o grande destaque do primeiro dia do Pernambuco Petroleum Business, que teve início na quarta-feira (23), no Centro de Convenções, em Olinda, e segue até hoje (25). A questão foi levantada pela Petra Energia e injetou otimismo entre os empresários e técnicos presentes no encontro.
“Se a Petrobras antecipar o cronograma para hoje, começamos a perfurar amanhã”, disse o diretor-técnico da Petra Energia, Lino Texeira.
A afirmação do executivo foi baseada em informações recentes sobre a área. “Em 1982, a Petrobras, com dados da época, admitiu a existência de uma bacia estreita na região de Pernambuco, pouco profunda e sem a existência de petróleo. Por volta de 1997, novos estudos indicavam uma profundidade maior, mas sem conclusões sobre a presença de sal. Isso só aconteceu este ano com blocos de sal já identificados”, detalhou o executivo.
Otimismo à parte, o cronograma da Petra está lastreado em novos estudos técnicos e muita coleta e análise de dados, que será uma constante ao longo do contrato. Só essa fase deve consumir até quatro anos de trabalho. A previsão é que até 2015 a Petra conclua os estudos geológicos da área. As análises das informações coletadas serão processadas até 2017. A perfuração propriamente dita só deverá acontecer em 2019.
A empresa tem um contrato assinado com a Petrobras, firmado em agosto, para explorar a bacia. Na 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petra arrematou quatro blocos de petróleo na Bacia Pernambuco-Paraíba, juntamente com a Niko Resources e a Queiroz Galvão.
Além das novas perspectivas para exploração de petróleo em Pernambuco, o painel também abordou outros temas como a formação e qualificação do mercado local. Marcelo Amaral, diretor da Schlumberger, ressaltou que a companhia vai dar prioridade aos fornecedores locais. Temos um catálogo interno e priorizamos aquelas empresas no raio de atuação da nossa operação”, ressaltou. “Montamos nossas estruturas em pontos estratégicos para estarmos ao mesmo tempo próximos dos operadores e dos fornecedores”.
Já Paulo Buarque, superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), destacou o papel da instituição e os projetos que ela elabora, em especial o Programa Plataformas Tecnológicas para a indústria de petróleo e gás (Platec). O programa busca identificar fornecedores nacionais com potencial para a nacionalização de bens e serviços atualmente importados. “Um diferencial importante é que sempre trabalhamos a partir de uma demanda específica”, explicou Paulo. “Assim, as chances de sucesso entre as partes envolvidas são bem maiores”.
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