Exploração e Produção

Bacia de Campos comemora 35 anos pronta para os desafios

Produção atual supera 1,7 milhão de barris por dia.

Agência Petrobras
15/08/2012 13:28
Bacia de Campos comemora 35 anos pronta para os desafios Imagem: Acervo TN Petróleo Visualizações: 460 (0) (0) (0) (0)

 

Responsável por mais de 80% da produção de petróleo no Brasil, a Bacia de Campos chega aos 35 anos renovada e preparada para ampliar ainda mais sua produção, que hoje já supera 1,7 milhão de barris de óleo e 28,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O potencial dessa província petrolífera e sua importância para a Petrobras e a economia brasileira foram reforçados na terça-feira (14), durante comemoração realizada na base da companhia, em Macaé (RJ).
Durante o evento, os diretores de Exploração e Produção, José Miranda Formigli Filho, e de Engenharia, Tecnologia e Materiais, José Antônio de Figueiredo, destacaram o papel da bacia no desenvolvimento tecnológico e estratégico da estatal, além do potencial de produção dos campos e a infraestrutura já instalada na região, que contribui diretamente para as operações.
“A descoberta de petróleo na Bacia de Campos representou um grande desafio para a Petrobras e o Brasil”, relembrou Formigli ao mencionar que tratava-se de um novo cenário e que requeria recursos tecnológicos que possibilitassem extrair petróleo, na época, a pouco mais de 100 metros de profundidade.
“Com o início da produção em 13 de agosto de 1977, no Campo de Enchova, a Bacia de Campos começou uma história de progresso, tanto econômico quanto de desenvolvimento de tecnologias de suporte às nossas atividades. E as perspectivas para o futuro são ainda mais animadoras. Com o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef), alcançaremos índices operacionais bastante expressivos. Ainda há áreas a serem exploradas, são novas fronteiras que, com conhecimento, tecnologia e o empenho de sempre dos profissionais que trabalham aqui, sem dúvida levarão a Bacia de Campos a continuar sendo um celeiro importantíssimo para a Petrobras e para o Brasil. Como prova de sua juventude, temos uma nova unidade recém chegada à Bacia de Campos, o FPSO Cidade de Anchieta, com capacidade de produzir 100 mil barris por dia, que acrescentará, até o final de agosto, óleo novo à curva de produção da companhia”, acrescentou.
Figueiredo reforçou a importância dos programas e projetos que visam à produtividade da Bacia de Campos. Pontuou ainda a influência da Petrobras nas regiões onde ela atua e as iniciativas apoiadas pela companhia e que não estão diretamente ligadas à sua atividade-fim: “As operações da Petrobras refletem na vida das comunidades do seu entorno, principalmente na economia. Temos um compromisso empresarial de produzir petróleo, mas não nos restringimos a isso. Por meio de nossas ações, contribuímos ainda em projetos sociais, de formação profissional, entre outros”.
Para o gerente geral da UO-BC, Joelson Falcão Mendes, aos 35 anos, a Bacia de Campos se mostra ainda mais desafiadora e promissora. “Somos mundialmente reconhecidos como uma grande província. Temos muitas oportunidades e contamos com nossa expertise para evoluir e construir um futuro de grandes realizações. Ao longo destas três décadas e meia, a região se transformou num celeiro intelectual e tecnológico, onde são aplicados mecanismos e programas que servem de exemplo para as demais unidades da companhia”, afirmou.
Além dos diretores e gerentes gerais, participaram do evento os gerentes executivos Erardo Gomes Barbosa Filho (Sul e Sudeste), Marcos Isaac Assayag (Cenpes), Solange da Silva Guedes (Engenharia de Produção), José Luis Roque (Construção de Poços Marítimos) e Cristina Pinho (Serviços).
Homenagem
Em seu resgate histórico, o diretor Formigli reforçou o empenho dos profissionais que trabalharam na exploração e produção da província no início de sua história e os descreveu como “desbravadores”.
 
Representando todos os desbravadores que fizeram a história da Bacia de Campos, a Petrobras homenageou o engenheiro Zephyrino Lavenère Machado Filho, falecido no último dia 31 de julho, batizando o Porto de Imbetiba, que agora passa a se chamar Porto Engenheiro Zephyrino Lavenère Machado Filho. O engenheiro foi coordenador da equipe que extraiu o primeiro óleo comercial da Bacia de Campos e participou ativamente da evolução e desenvolvimento da engenharia submarina, que viabilizou a produção de petróleo em águas profundas.
Sobre a Bacia de Campos
A Bacia de Campos é uma bacia sedimentar com cerca de 100 mil km², do Espírito Santo (próximo à cidade de Vitória) até Arraial do Cabo (RJ), abrangendo 13 municípios do litoral fluminense. Formada há 100 milhões de anos, a partir do processo de separação dos continentes sul-americano e africano, esta região acabou se tornando um “aterro natural” formado por sedimentos despejados no Oceano Atlântico ao longo do tempo que, sob variados níveis de pressão e temperatura, entrariam em processo de decomposição, originando as reservas de petróleo e gás natural, dentro de rochas porosas no subsolo marinho.
Em 1974, a Petrobras encontrou acúmulo de óleo num reservatório marinho que nomeou de Campo de Garoupa. Três anos depois, no dia 13 de agosto de 1977, a 124 metros de lâmina d’água, era iniciada a produção de petróleo na Bacia de Campos. O poço escolhido foi o 3-EN-1-RJS, no Campo de Enchova (terceiro campo descoberto, depois de Garoupa e Namorado), com vazão superior a 10 mil barris diários de óleo, através do Sistema de Produção Antecipada instalado na plataforma Sedco 135-D.
O Sistema de Produção Antecipada de Enchova (SPA) representou para a Petrobras o primeiro marco tecnológico da produção de petróleo em mar, num trabalho em direção a águas cada vez mais profundas. Ao tornar possível o início da produção de óleo enquanto eram construídas as plataformas fixas, que depois seriam instaladas constituindo os sistemas definitivos, o SPA representou grande agilidade, flexibilidade operacional e economia para as operações no mar, já que reduziu o tempo gasto entre a descoberta de petróleo e o início da produção comercial.
Sobre o Proef
O Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef) viabilizará ações específicas para cada sistema de produção da Bacia de Campos. Estas ações terão como resultado o retorno da eficiência operacional da UO-BC a patamares que a tornarão perfeitamente alinhada às demais Unidades Operacionais de Exploração e Produção.
No curto prazo, o Programa tem como foco o aumento de eficiência por meio de ações específicas e de suporte, como campanha intensiva de recuperação em poços e de aumento de disponibilidade de equipamentos críticos. Em longo prazo, a partir de 2013, buscará a manutenção do desempenho via ações estruturantes, como simplificação e padronização de equipamentos, substituição de sistemas de produção e projetos de revitalização.
Com a aplicação das ações de curto, médio e longo prazos, com intervenções em poços, sistemas submarinos e plataformas, a partir deste ano espera-se iniciar a retomada da eficiência operacional dos atuais 71% (fechamento do ano de 2011), crescendo gradativamente até 90% em 2016. Estão previstos dispêndios de US$ 5,6 bilhões no Programa até 2016, com estimativa de retornos de US$ 1,6 bilhão a US$ 3,3 bilhões (cálculo por VPL - valor presente líquido).

Responsável por mais de 80% da produção de petróleo no Brasil, a Bacia de Campos chega aos 35 anos renovada e preparada para ampliar ainda mais sua produção, que hoje já supera 1,7 milhão de barris de óleo e 28,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O potencial dessa província petrolífera e sua importância para a Petrobras e a economia brasileira foram reforçados na terça-feira (14), durante comemoração realizada na base da companhia, em Macaé (RJ).


Durante o evento, os diretores de Exploração e Produção, José Miranda Formigli Filho, e de Engenharia, Tecnologia e Materiais, José Antônio de Figueiredo, destacaram o papel da bacia no desenvolvimento tecnológico e estratégico da estatal, além do potencial de produção dos campos e a infraestrutura já instalada na região, que contribui diretamente para as operações.


“A descoberta de petróleo na Bacia de Campos representou um grande desafio para a Petrobras e o Brasil”, relembrou Formigli ao mencionar que tratava-se de um novo cenário e que requeria recursos tecnológicos que possibilitassem extrair petróleo, na época, a pouco mais de 100 metros de profundidade.


“Com o início da produção em 13 de agosto de 1977, no Campo de Enchova, a Bacia de Campos começou uma história de progresso, tanto econômico quanto de desenvolvimento de tecnologias de suporte às nossas atividades. E as perspectivas para o futuro são ainda mais animadoras. Com o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef), alcançaremos índices operacionais bastante expressivos. Ainda há áreas a serem exploradas, são novas fronteiras que, com conhecimento, tecnologia e o empenho de sempre dos profissionais que trabalham aqui, sem dúvida levarão a Bacia de Campos a continuar sendo um celeiro importantíssimo para a Petrobras e para o Brasil. Como prova de sua juventude, temos uma nova unidade recém chegada à Bacia de Campos, o FPSO Cidade de Anchieta, com capacidade de produzir 100 mil barris por dia, que acrescentará, até o final de agosto, óleo novo à curva de produção da companhia”, acrescentou.


Figueiredo reforçou a importância dos programas e projetos que visam à produtividade da Bacia de Campos. Pontuou ainda a influência da Petrobras nas regiões onde ela atua e as iniciativas apoiadas pela companhia e que não estão diretamente ligadas à sua atividade-fim: “As operações da Petrobras refletem na vida das comunidades do seu entorno, principalmente na economia. Temos um compromisso empresarial de produzir petróleo, mas não nos restringimos a isso. Por meio de nossas ações, contribuímos ainda em projetos sociais, de formação profissional, entre outros”.


Para o gerente geral da UO-BC, Joelson Falcão Mendes, aos 35 anos, a Bacia de Campos se mostra ainda mais desafiadora e promissora. “Somos mundialmente reconhecidos como uma grande província. Temos muitas oportunidades e contamos com nossa expertise para evoluir e construir um futuro de grandes realizações. Ao longo destas três décadas e meia, a região se transformou num celeiro intelectual e tecnológico, onde são aplicados mecanismos e programas que servem de exemplo para as demais unidades da companhia”, afirmou.


Além dos diretores e gerentes gerais, participaram do evento os gerentes executivos Erardo Gomes Barbosa Filho (Sul e Sudeste), Marcos Isaac Assayag (Cenpes), Solange da Silva Guedes (Engenharia de Produção), José Luis Roque (Construção de Poços Marítimos) e Cristina Pinho (Serviços).



Homenagem


Em seu resgate histórico, o diretor Formigli reforçou o empenho dos profissionais que trabalharam na exploração e produção da província no início de sua história e os descreveu como “desbravadores”.

 

Representando todos os desbravadores que fizeram a história da Bacia de Campos, a Petrobras homenageou o engenheiro Zephyrino Lavenère Machado Filho, falecido no último dia 31 de julho, batizando o Porto de Imbetiba, que agora passa a se chamar Porto Engenheiro Zephyrino Lavenère Machado Filho. O engenheiro foi coordenador da equipe que extraiu o primeiro óleo comercial da Bacia de Campos e participou ativamente da evolução e desenvolvimento da engenharia submarina, que viabilizou a produção de petróleo em águas profundas.



Sobre a Bacia de Campos


A Bacia de Campos é uma bacia sedimentar com cerca de 100 mil km², do Espírito Santo (próximo à cidade de Vitória) até Arraial do Cabo (RJ), abrangendo 13 municípios do litoral fluminense. Formada há 100 milhões de anos, a partir do processo de separação dos continentes sul-americano e africano, esta região acabou se tornando um “aterro natural” formado por sedimentos despejados no Oceano Atlântico ao longo do tempo que, sob variados níveis de pressão e temperatura, entrariam em processo de decomposição, originando as reservas de petróleo e gás natural, dentro de rochas porosas no subsolo marinho.


Em 1974, a Petrobras encontrou acúmulo de óleo num reservatório marinho que nomeou de Campo de Garoupa. Três anos depois, no dia 13 de agosto de 1977, a 124 metros de lâmina d’água, era iniciada a produção de petróleo na Bacia de Campos. O poço escolhido foi o 3-EN-1-RJS, no Campo de Enchova (terceiro campo descoberto, depois de Garoupa e Namorado), com vazão superior a 10 mil barris diários de óleo, através do Sistema de Produção Antecipada instalado na plataforma Sedco 135-D.


O Sistema de Produção Antecipada de Enchova (SPA) representou para a Petrobras o primeiro marco tecnológico da produção de petróleo em mar, num trabalho em direção a águas cada vez mais profundas. Ao tornar possível o início da produção de óleo enquanto eram construídas as plataformas fixas, que depois seriam instaladas constituindo os sistemas definitivos, o SPA representou grande agilidade, flexibilidade operacional e economia para as operações no mar, já que reduziu o tempo gasto entre a descoberta de petróleo e o início da produção comercial.



Sobre o Proef


O Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef) viabilizará ações específicas para cada sistema de produção da Bacia de Campos. Estas ações terão como resultado o retorno da eficiência operacional da UO-BC a patamares que a tornarão perfeitamente alinhada às demais Unidades Operacionais de Exploração e Produção.


No curto prazo, o Programa tem como foco o aumento de eficiência por meio de ações específicas e de suporte, como campanha intensiva de recuperação em poços e de aumento de disponibilidade de equipamentos críticos. Em longo prazo, a partir de 2013, buscará a manutenção do desempenho via ações estruturantes, como simplificação e padronização de equipamentos, substituição de sistemas de produção e projetos de revitalização.


Com a aplicação das ações de curto, médio e longo prazos, com intervenções em poços, sistemas submarinos e plataformas, a partir deste ano espera-se iniciar a retomada da eficiência operacional dos atuais 71% (fechamento do ano de 2011), crescendo gradativamente até 90% em 2016. Estão previstos dispêndios de US$ 5,6 bilhões no Programa até 2016, com estimativa de retornos de US$ 1,6 bilhão a US$ 3,3 bilhões (cálculo por VPL - valor presente líquido).

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