Biocombustíveis

Áustria poderá rever uso para garantir segurança alimentar, diz ministro

A preocupação com a segurança alimentar deve levar a Áustria a rever sua posição de adicionar mais biocombustível na gasolina e no diesel em 2012. A informação é do secretário de finanças austríaco Christoph Matznetter , que hoje visitou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Atualmente

Agência Brasil
13/05/2008 17:49
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A preocupação com a segurança alimentar deve levar a Áustria a rever sua posição de adicionar mais biocombustível na  gasolina e no diesel em 2012. A informação é do secretário de finanças austríaco Christoph Matznetter , que hoje visitou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Atualmente, na Áustria o percentual da mistura é de pouco mais a 5% na gasolina comum, mas o país pretendia elevar essa cota para 10%.

 

"Isso é claro. Nós temos que ter certeza [sobre o impacto] da conversão de gêneros alimentícios em combustíveis em virtude da discussão mundial. Isso deve ser visto como um problema porque existe uma discussão ética voltada para a questão da segurança alimentar", disse.

 

Segundo ele, a Áustria tem se preocupado mais com o uso dos biocombustíveis de segunda e terceira gerações, obtidos com a reutilização de óleos comestíveis com o emprego de resíduos de plantas e outros resíduos biológicos (biomassa).

 

Matznetter disse, porém, que espera unir a tecnologia existente no Brasil para a utilização do álcool produzido a partir da cana-de-açúcar com a tecnologia austríaca de produção de biocombustíveis. "Se combinarmos as tecnologias existentes no Brasil e na Áustria poderemos desenvolver soluções que estejam na ponta da tecnologia mundial", disse.

 

Christoph Matznetter admitiu que as opiniões divergem entre os membros da União Européia, que deve adotar uma posição conjunta, quando se trata de biocombustíveis e produção de alimentos. Mas segundo ele, a opinião pública está convencida que a produção direta de combustíveis não pode ser uma solução de longo prazo.

 

"Vamos ser honestos. Nós não sabemos se essa cota de 10% de biocombustível na gasolina e no diessel não deve ser revista.  Talvez a cota tenha que ser baixada", disse.

 

Ele disse ainda que reconhece a posição do Brasil de não produzir combustíveis com prejuízos à produção de alimentos, e  acredita que a cana-de-açúcar pode ser "bem usada" para ser exportada tanto no caso do açúcar e do etanol. "O Brasil apresenta um desenvolvimento extraordinário no tocante ao aproveitamento de energias primárias que podem ser transformadas em bioenergia: o etanol. Aqui, abrem-se perspectivas para negócios novos e promissores".

 

Christoph Matznetter é um dos integrantes da comitiva chefiada pelo chanceler da Áustria, Alfred Gusenbauer, que visita o Brasil. Segundo Matznetter essa é a primeira vez que um chefe de governo austríaco visita o país em 150 anos.

 

"A visita baseia-se numa amizade pessoal com o presidente Lula. Em 1984, houve o primeiro contato, quando Lula ganhou um prêmio de direitos humanos", informou.

 

Além do interesse pelos biocombustíveis, os austríacos tem parcerias no Brasil na área de tecnologia de ponta. Ontem, em São Paulo, foi inaugurada a torre de controle do aeroporto de Congonhas, que foi um projeto em parceria de técnicos da Áustria com engenheiros de software brasileiros. 

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