Estratégia de desinvestimentos da companhia amplia competitividade e atuação de outras empresas no país
Redação TN Petróleo, Agência PetrobrasA estratégia de desinvestimentos da Petrobras foi determinante para impulsionar a competitividade e a ampliação da produção de campos maduros no país. Para se ter ideia, o percentual de concessões maduras operadas por outras empresas no Brasil – que não a Petrobras - aumentou de 16% em 2010 para 38%, em 2021. Nesse período, o número de companhias operadoras saltou de 24 para 44. Essas empresas têm dado fôlego à operação dos ativos desinvestidos pela Petrobras, mudando a tendência de declínio da produção desses campos. É o que afirmou, nesta terça-feira (27/9), o gerente executivo de Águas Profundas da companhia, César Cunha (foto), no segundo dia da Rio Oil & Gas, maior evento de energia da América Latina, que acontece no Boulevard Olímpico, zona portuária do Rio de Janeiro.
Os desinvestimentos da Petrobras concentrados em ativos maduros atraem principalmente empresas de menor porte, especializadas em extrair mais valor deste tipo de ativo, a exemplo do que acontece em outras bacias no mundo. A produção diária do Polo Pargo, na Bacia de Campos, por exemplo, aumentou de 2,5 mil barris de óleo equivalente (boe) - seis meses antes da conclusão do desinvestimento - para 5,4 mil boe/dia - após a conclusão da transação.
Revitalização da Bacia de Campos
A gestão de portfólio na Petrobras está baseada na saída de ativos menos aderentes ao seu plano estratégico e realocação de recursos em ativos onde está o foco da companhia, ou seja, ativos em águas profundas e ultraprofundas, com reservas substanciais e alta produtividade. “Um bom exemplo da realocação dos investimentos é o Plano de Revitalização da Bacia de Campos, que recebeu o aporte de US$ 16 bilhões como parte do Plano Estratégico da Petrobras. Nossa previsão é que tenhamos em 2026 uma produção de 900 mil boe/dia, sendo 600 mil boe/dia em novos projetos”, disse o gerente executivo de Águas Profundas da Petrobras.
A revitalização da Bacia de Campos integra o maior programa do gênero para ativos maduros da indústria offshore global. Com isso, a Petrobras espera agregar mais valor aos campos de Marlim e Voador, instalando ali os FPSOs Anita Gabribaldi e Anna Nery com capacidade de produzir, juntos, até 150 mil barris por dia (bpd). O início de operação das duas plataformas está previsto para 2023.
Polo internacional de tecnologia offshore e berço da produção em águas profundas no Brasil, a Bacia de Campos é responsável por quase 75% de todo petróleo já extraído em ambiente offshore no país até hoje. A região foi pioneira em inovação e continuará sendo tanto para os projetos de descomissionamento que estão no radar, quanto para a revitalização de concessões maduras operadas por novas empresas que atuam no setor.
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