<P>Os auditores fiscais que atuam no Porto de Santos suspenderam a operação-padrão e voltaram ontem (1) ao trabalho em condições normais, depois de 45 dias de greve em âmbito nacional. A decisão foi tomada na assembléia realizada na segunda-feira, em Santos, pelo Sindicato Nacional dos Audit...
A TribunaOs auditores fiscais que atuam no Porto de Santos suspenderam a operação-padrão e voltaram ontem (1) ao trabalho em condições normais, depois de 45 dias de greve em âmbito nacional. A decisão foi tomada na assembléia realizada na segunda-feira, em Santos, pelo Sindicato Nacional dos Auditores-fiscais da Receita Federal (Unafisco).
A suspensão do movimento valerá por 21 dias, mas a expectativa da categoria é de que o Planalto acene com outra proposta até lá.
De acordo com o presidente da entidade, Wellington Clemente Feijó, a medida contou com o apoio de 90% dos servidores. Vinte e um dias é um prazo razoável para que o Governo avance nos pontos, afirmou Feijó. Os servidores pedem equiparação salarial com os salários das demais carreiras essenciais ao Estado, como as de delegado.
Nós queremos mostrar para a opinião pública que não estamos sendo radicais nem intransigentes, pois o Governo prometeu que ia avançar em alguns pontos que estão pendentes se voltássemos ao trabalho, afirmou Feijó.
O Planalto concorda em equiparar o salário dos fiscais com o de outras carreiras típicas de Estado, mas somente a partir de julho de 2010. Os servidores querem adiantar em um ano a entrada em vigor do compromisso.
Outra reivindicação é o fim do chamado fosso salarial, de forma que haja promoção dos servidores que ganham o piso para faixas intermediárias. Há buracos no meio da carreira, afirmou Feijó.
Até o fechamento desta edição, o resultado parcial das assembléias em outros estados apontava a manutenção da paralisação dos servidores, conforme informou o diretor de Relações Internacionais do Unafisco, Robson Canha.
NÚMEROS
Conforme Wellington Feijó, até sexta-feira da próxima semana a situação no Porto de Santos deverá estar normalizada, com o despacho das cargas ocorrendo no fluxo normal.
Mas para o diretor-executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), José dos Santos Martins, devem ser necessários pelo menos 15 dias para a situação começar a se normalizar.
O Sopesp aguarda com muita expectativa o término da greve para que os terminais possam regularizar o fluxo de expedição e recebimento de contêineres, disse o executivo, sem detalhar números de quantos cofres estariam retidos no porto por conta do protesto dos auditores-fiscais. É um número bastante elevado para a capacidade de estocagem.
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