A viabilidade da construção de um terminal marítimo para granéis líquidos na região da Alemoa, no Porto de Santos, será debatida em audiência pública nesta sexta (27), às 18h30, no Campus Carvalho de Mendonça da Universidade Católica de Santos (UniSantos). Com investimentos de aproximadamente R$ 140 milhões, o empreendimento será implantado pela companhia santista Alemoa S.A. Imóveis e Participações.
Segundo o diretor da empresa, João Maria Menano, o estudo e o relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA) foram protocolados junto ao Ibama em novembro do ano passado.
A expectativa é que o resultado da análise do Instituto seja emitido, no máximo, dois meses após a audiência pública.
O projeto - que já foi apresentado à Codesp, a autoridade portuária do complexo santista – ainda será submetido à Secretaria de Portos (SEP) e à Agência Nacional de Transportes Aquaviários(Antaq).“A Codesp está acompanhando a viabilidade ambiental. O projeto deverá atender a legislação que estiver em vigor. Será um terminal particular, com carga própria”, disse Menano. O último item é uma das principais exigências do Decreto 6.620 de outubro de 2008.
De acordo com o executivo, o projeto prevê a construção de três berços de atracação e ainda o aterro de uma área de mangue. Menano destacou que, ao contrário do que havia sido previsto há cerca de cinco anos, quando o projeto foi apresentado pela primeira vez, o terminal vai operar apenas granéis líquidos.
Em 2005, a expectativa era que também houvesse a movimentação de contêineres e granéis sólidos. “Fizemos os estudos e verificamos as cargas que seriam mais viáveis para a operação”, explicou o diretor.
A estimativa da companhia é que sejam movimentados de 2 milhões a 3 milhões de toneladas por ano de granéis líquidos. Além disso, a empresa espera gerar até 250 empregos durante a execução das obras e mais 100, quando o terminal for concluído.
Conforme Menano, o início do serviço, assim como da operação do novo terminal, depende dos prazos de aprovação dos órgãos envolvidos.
Ele adiantou apenas que as obras serão realizadas no período de um ano. Para o empresário, assim que finalizado, o empreendimento será essencial para atender a demanda, já existente, de granéis líquidos no complexo santista. “Segundo dados da Codesp, dos 723 navios operados na Alemoa em 2009, 40% tiveram tempo de espera de mais de 72 horas. Com esse terminal, que vai atender 100% de líquidos, pretendemos reduzir esse tempo”, finalizou.