A ampliação do terminal marítimo da Vale no Porto de Santos será tema de audiência pública no próximo dia 15, às 17h, no Campus Dom David Picão da Universidade Católica de Santos. A unidade em debate fica na Área Continental de Santos, ao final do Canal de Piaçaguera, ao lado da instalação portuária da usina de Cubatão da Usiminas.
O processo de licenciamento ambiental da ampliação é avaliado pelo Governo do Estado. Em julho passado, durante apresentação do projeto em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin prometeu que a análise ambiental do empreendimento seria “rápida”. “Nós vamos fazer um grande esforço para agilizar as questões ambientais e tributárias”, disse. No último dia 18, em apresentação do projeto no Paço Municipal de Santos, o prefeito João Paulo Papa também declarou apoio político à iniciativa da Vale.
A maioria das obras de engenharia no Porto de Santos é licenciada pelo Governo Federal porque é construída em terrenos da União. O terminal da Vale, ao contrário, fica em área particular.
Com a ampliação, a instalação que hoje possui 185 mil m2, passará a ter 800 mil m2, possibilitando a movimentação de novos produtos. Além de importar fertilizantes, a Vale exportará açúcar, grãos e etanol. A capacidade de movimentação anual da unidade será de 18 milhões de toneladas, contra 3 milhões atualmente - e que não são utilizadas em sua plenitude. O investimento, somente no terminal, será de R$ 2,1 bilhões. O aporte total da Vale no chamado corredor paulista será de R$ 3,5 bilhões.
Segundo o diretor de Carga Geral da empresa, Marcello Spinelli, a unidade optou operacionalmente em não operar com caminhões. “Iremos descarregar em seis horas, contando o percurso da locomotiva da entrada da cidade até o terminal, a operação e a saída. Hoje, fazemos isso em 48 horas”. Para chegar a este resultado, a Vale construirá 14 quilômetros de linhas ferroviárias. Isto possibilitará à unidade receber em torno de 240 vagões por dia.
Empregos
Pelo menos 550 novos empregos serão criados quando o terminal começar a operar com suas novas áreas, segundo a mineradora. Na fase de obras, serão 2.500.
A empresa informou que começa a preparar sua área de Recursos Humanos para selecionar mão de obra local e, para isso, deve contar com o apoio de órgãos como o Centro de Excelência Portuária (Cenep) e projetos da Prefeitura de Santos.