Estudo

Ásia está perto de sua independência na indústria petroquímica

China e Índia se destacam como grandes potências no setor.

Redação
22/02/2013 11:25
Visualizações: 1089

 

Levantamento recente da Roland Berger, uma das principais empresas de consultoria em gestão empresarial do mundo, indica que, enquanto o mercado petroquímico europeu deve enfrentar tempos difíceis no curto prazo, o asiático caminha a passos largos. O estudo "Mercado petroquímico na Ásia a caminho de sua independência” analisa a situação atual de toda a indústria petroquímica e descreve as perpectivas para o setor e o potencial da Ásia no ramo, além de apresentar quatro fatores importantes: demanda regional, acesso a matérias-primas, apoio do governo e know-how local.
A Ásia possui um cenário bastante diversificado no que diz respeito a produtos petroquímicos. O maior mercado é o da China, que tem como objetivo aumentar sua autossuficiência e utilizar mais de seus próprios recursos naturais. A Índia ainda está na primeira fase de desenvolvimento, mas já desponta em segundo lugar no mercado global de petroquímicos. No Sul da Ásia, no entanto, a situação é contrária. Ainda há a fragmentação e a importação ainda é necessária.
Segundo o estudo, a indústria precisa se preparar para algumas mudanças drásticas de cenário, já que a demanda global por esses produtos deve dobrar ao longo das próximas duas décadas. A Europa e a América do Norte, em conjunto, representam cerca de 40% da demanda, mas esse coeficiente deve cair para pouco mais de 20% até 2030. A Ásia, por sua vez, já detém a maior parte do mercado petroquímico global, com 43%, e há uma previsão de que esse número atinja aproximadamente 55% até 2030. Os dois maiores protagonistas são China e Índia, que esperam um crescimento anual de 6% e 10%, respectivamente.
“Isso se deve, principalmente, ao desenvolvimento econômico positivo e à melhora do padrão de vida no continente. Estima-se que, até 2020, o número de consumidores chineses com renda anual superior a US$ 10 mil vai aumentar em 300 milhões e, em 2025, a classe média da Índia provavelmente contemplará 400 milhões de consumidores”, explica Stephan Keese, sócio da Roland Berger Strategy Consultants.
A disponibilidade de matérias-primas, o acesso à tecnologia e a experiência de gestão serão os desafios estratégicos mais importantes nos próximos anos. Nas últimas décadas, as companhias asiáticas investiram fortemente em tecnologia e ampliaram seu know-how. Em princípio, europeus e americanos exportavam produtos petroquímicos e depois usavam sua experiência para criar sites locais de produção na Ásia. Hoje em dia, a tecnologia e os profissionais já estão sendo desenvolvidos diretamente na região.
Os governos chinês e indiano, em razão desta mudança, estão tomando diversas medidas para diminuir a diferença para o Ocidente. Em Xangai, por exemplo, a Dow Chemicals e a Sabic já abriram grandes centros de inovação e desenvolvimento. A Índia fez algo similar em 2012, com o objetivo de transformar o país em um centro de substâncias químicas inovadoras e produtos petroquímicos.
A independência da Ásia criará um cenário desfavorável às empresas europeias, que correm risco de perder mercados críticos de vendas. Desta forma, elas terão de se adaptar aos modelos de negócios para melhor atender às características dos mercados asiáticos petroquímicos.
“Isto significa que a indústria petroquímica global será cada vez mais regional e as empresas ocidentais, em particular, terão que se reajustar para não perder em vendas”, conclui o executivo.

Levantamento recente da Roland Berger, uma das principais empresas de consultoria em gestão empresarial do mundo, indica que, enquanto o mercado petroquímico europeu deve enfrentar tempos difíceis no curto prazo, o asiático caminha a passos largos. O estudo "Mercado petroquímico na Ásia a caminho de sua independência” analisa a situação atual de toda a indústria petroquímica e descreve as perpectivas para o setor e o potencial da Ásia no ramo, além de apresentar quatro fatores importantes: demanda regional, acesso a matérias-primas, apoio do governo e know-how local.


A Ásia possui um cenário bastante diversificado no que diz respeito a produtos petroquímicos. O maior mercado é o da China, que tem como objetivo aumentar sua autossuficiência e utilizar mais de seus próprios recursos naturais. A Índia ainda está na primeira fase de desenvolvimento, mas já desponta em segundo lugar no mercado global de petroquímicos. No Sul da Ásia, no entanto, a situação é contrária. Ainda há a fragmentação e a importação ainda é necessária.


Segundo o estudo, a indústria precisa se preparar para algumas mudanças drásticas de cenário, já que a demanda global por esses produtos deve dobrar ao longo das próximas duas décadas. A Europa e a América do Norte, em conjunto, representam cerca de 40% da demanda, mas esse coeficiente deve cair para pouco mais de 20% até 2030. A Ásia, por sua vez, já detém a maior parte do mercado petroquímico global, com 43%, e há uma previsão de que esse número atinja aproximadamente 55% até 2030. Os dois maiores protagonistas são China e Índia, que esperam um crescimento anual de 6% e 10%, respectivamente.


“Isso se deve, principalmente, ao desenvolvimento econômico positivo e à melhora do padrão de vida no continente. Estima-se que, até 2020, o número de consumidores chineses com renda anual superior a US$ 10 mil vai aumentar em 300 milhões e, em 2025, a classe média da Índia provavelmente contemplará 400 milhões de consumidores”, explica Stephan Keese, sócio da Roland Berger Strategy Consultants.


A disponibilidade de matérias-primas, o acesso à tecnologia e a experiência de gestão serão os desafios estratégicos mais importantes nos próximos anos. Nas últimas décadas, as companhias asiáticas investiram fortemente em tecnologia e ampliaram seu know-how. Em princípio, europeus e americanos exportavam produtos petroquímicos e depois usavam sua experiência para criar sites locais de produção na Ásia. Hoje em dia, a tecnologia e os profissionais já estão sendo desenvolvidos diretamente na região.


Os governos chinês e indiano, em razão desta mudança, estão tomando diversas medidas para diminuir a diferença para o Ocidente. Em Xangai, por exemplo, a Dow Chemicals e a Sabic já abriram grandes centros de inovação e desenvolvimento. A Índia fez algo similar em 2012, com o objetivo de transformar o país em um centro de substâncias químicas inovadoras e produtos petroquímicos.


A independência da Ásia criará um cenário desfavorável às empresas europeias, que correm risco de perder mercados críticos de vendas. Desta forma, elas terão de se adaptar aos modelos de negócios para melhor atender às características dos mercados asiáticos petroquímicos.


“Isto significa que a indústria petroquímica global será cada vez mais regional e as empresas ocidentais, em particular, terão que se reajustar para não perder em vendas”, conclui o executivo.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
COP30
Setor de óleo e gás usa tecnologia para acelerar a desca...
15/11/25
COP30
Encontro promovido pelas distribuidoras de energia elétr...
15/11/25
COP30
Fórum do IBP debate novas tecnologias e desafios na insp...
14/11/25
Apoio Offshore
Svitzer Copacabana chega para fortalecer operações de GN...
14/11/25
BRANDED CONTENT
Merax, 20 anos de confiança em soluções que movem o seto...
14/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy terá debates estratégicos em 10...
14/11/25
COP30
IBP promove painéis sobre descarbonização, metas globais...
14/11/25
Eólica Offshore
Japão e Sindienergia-RS: em visita a Porto Alegre, embai...
14/11/25
Bacia de Campos
Novo prazo de recebimento de propostas para o FPSO do pr...
14/11/25
Royalties
Participação especial: valores referentes à produção do ...
14/11/25
COP30
Indústria brasileira de O&> atinge padrões de excelência...
14/11/25
Pré-Sal
União aumenta sua participação na Jazida Compartilhada d...
14/11/25
COP30
Líderes e negociadores da COP30 receberão cartas de 90 a...
13/11/25
Energia Elétrica
Projeto Meta II: CCEE e PSR apresentam proposta para mod...
13/11/25
COP30
ANP participa do evento e avança em medidas para a trans...
13/11/25
Nova marca
ABPIP moderniza identidade visual e reforça alinhamento ...
13/11/25
Firjan
Enaex 2025 debate reindustrialização, competitividade do...
13/11/25
Entrevista
Rijarda Aristóteles defende protagonismo feminino na era...
13/11/25
COP30
IBP defende setor de O&> como parte da solução para desc...
13/11/25
COP30
Transpetro recebe o Selo Diamante do Ministério de Porto...
13/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
13/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.