<P>A armadora Log-In estuda a aquisição de terminais portuários em regiões estratégicas para os seus negócios, entre elas o Porto de Santos. O fator preponderante para a busca de uma nova instalação é que a demanda de contêineres para a navegação de cabotagem continue nos próximos anos....
A TribunaA armadora Log-In estuda a aquisição de terminais portuários em regiões estratégicas para os seus negócios, entre elas o Porto de Santos. O fator preponderante para a busca de uma nova instalação é que a demanda de contêineres para a navegação de cabotagem continue nos próximos anos.
‘‘Com a estrutura logística que a Log-In tem hoje e a continuidade dessa demanda para cabotagem (troca de mercadorias via marítima entre portos de um mesmo país) é natural querer complementar essa estrutura com um terminal portuário nas regiões estratégicas no nosso plano de negócios’’, afirmou o diretor-presidente da armadora, Mauro Dias, durante o lançamento do novo navio Log-In Amazônia, no Rio de Janeiro, na última semana.
A Log-In já administra o Terminal de Vila Velha, no Espírito Santo, concentrado nas operações de contêineres. Há ainda o Terminal Multimodal de Camaçari, na Bahia, e o Porto Seco do Cerrado, em Minas Gerais.
Além dessas unidades, a armadora opera atualmente cinco navios porta-contêineres — com capacidade média de 900 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Outros dois, afretados e construídos na Alemanha, entrarão em operação este ano. O primeiro deles será o Amazonia, que integrará um serviço com escalas semanais em Santos a partir de amanhã. O segundo será o Log-In Pantanal, que começa a navegar em abril.
No final do ano passado, a armadora encomendou cinco novos navios, por isso a possibilidade de afretar dois de bandeira estrangeira. As embarcações serão entregues, sequencialmente, até 2013.
Questionado por A Tribuna sobre planos para adquirir novos terminais, seguindo a tendência das grandes armadoras mundiais, o diretor-presidente respondeu que a administração dessas unidades faz parte do seu plano de expansão. Entretanto, ele disse que a empresa só irá procurar novas instalações se o mercado acenar para a continuidade da movimentação de contêineres por cabotagem. ‘‘Fazer este tipo de investimento está alinhado à nossa estratégia de crescimento’’.
Dias, porém, ressaltou que será levada em conta a capacidade de atendimento nas instalações portuárias existentes. ‘‘Se a Log-In tiver demanda em uma certa região, mas não tiver um terminal para trabalhar, é claro que vamos considerar essa possibilidade’’, destacou.
O executivo explicou que o Porto de Santos, independentemente do interesse por terminais, é estratégico para o grupo. O potencial do complexo se dá pela sua inserção na zona de influência da produção paulista, mercado no qual a empresa tem interesse em expandir seus negócios.
No Porto de Santos, a Log-In utiliza o terminal do Grupo Rodrimar, no Cais do Saboó, na Margem Direita, para atracar seus navios.
Cabotagem
É o transporte marítimo feito entre portos de um mesmo país. No Brasil, a legislação obriga que esse tipo de navegação seja feita apenas em navios de bandeira nacional ou que estejam afretados por empresas estabelecidas no País. Também se chama cabotagem o transporte de mercadorias feito por navios entre os portos brasileiros e os dos países vizinhos do Mercosul, embora não seja em uma só nação.
Fonte:A Tribuna
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