Santos

Áreas para novos terminais do porto serão liberadas apenas em 2010

<P>A liberação dos terrenos ocupados pelas favelas de Prainha e Conceiçãozinha, em Guarujá, ocorrerá apenas em dois anos, afirmou o prefeito Farid Madi. Somente então, a Codesp poderá iniciar nessas áreas a construção dos dois novos terminais de contêineres do Porto de Santos.</P><P>O us...

A Tribuna - SP
29/08/2008 00:00
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A liberação dos terrenos ocupados pelas favelas de Prainha e Conceiçãozinha, em Guarujá, ocorrerá apenas em dois anos, afirmou o prefeito Farid Madi. Somente então, a Codesp poderá iniciar nessas áreas a construção dos dois novos terminais de contêineres do Porto de Santos.

O uso dos lotes depende da construção de 2.400 moradias, para onde serão levados os moradores dos núcleos residenciais, localizados em área portuária. As obras das novas casas deverão começar até o final do próximo mês, afirmou Farid.

Os planos de ocupação das glebasforam debatidospeloprefeito na tarde deontem, durante a visita do novo presidente da Codesp, José Roberto Serra.

Segundo Farid, as novas casas serão erguidas pela construtora Araguaia, vencedora do processo licitatório aberto pela Prefeitura. Com o término das obras, prevista para daqui a dois anos, todas as famílias serão alocadas e as áreas ficarão novamente à disposição da União.

Mas parte dos terrenos poderá ser entregue em 18 meses, quando forem concluídas as primeiras residências, afirmou o prefeito.

Segundo o presidente da Docas, a primeira proposta é que as áreas sejam utilizadas para operação com contêineres, como previsto no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos. Agora, isso não quer dizer que esses projetos não possam ser reavaliados, ressaltou.

Serra destacou que atualmente o complexo santista possui demanda reprimida no setor conteineiro, o que justificaria a instalação de terminais para essa finalidade. Nós precisamos de oferta de infra-estrutura no porto para atender o mercado. Isso nós vemos nitidamente, disse.

Estudos de viabilidade econômico-financeira para a exploração das duas áreas foram concluídos no ano passado pela Codesp. Eles apontaram que, juntos, os terrenos poderão movimentar até 830 mil contêineres por ano.

O lote de Conceiçãozinha, localizado entre o terminal da Cargill e o da Cutrale, tem 412 mil metros quadrados de retroárea e cais acostável com 560 metros, onde poderão ser instalados dois berços de atracação. Já Prainha, localizada ao lado do Terminal de Exportação de Veículos (TEV), possui retroárea de 200 mil metros quadrados, com 500 metros de cais. Também teria dois berços.

TERMINAL OFFSHORE

Farid disse que a Prefeitura de Guarujá ainda não recebeu a proposta oficial para construção de um terminal offshore ­ conforme A Tribuna apurou, a três quilômetros da costa, próximo à Ilha da Moela. O empreendimento deve ser realizado pela Uniduto Logística ­ empresa recémcriada pelas sucroalcooleiras Cosan, Copersucar e Crystalserv. Contudo, o prefeito deixou claro que a cidade quer o investimento. O empreendimento é muito interessante, afirmou.

Mudança de perfil

O presidente da Codesp, José Roberto Serra, disse durante o encontro de ontem com o prefeito de Guarujá que a conclusão do processo de dragagem de aprofundamento do Canal do Estuário ­ que passará a ter 15 metros de profundidade e 220 metros de largura, segundo o projeto custeado pelo Governo Federal ­ mudará o perfil das embarcações que entram hoje no cais. Segundo ele, o Porto de Santos receberá de imediato navios com mais de 300 metros de comprimento e, por isso, a utilização do cais terá que ser redimensionada. Significa que provavelmente alguns terminais terão que se ajustar para atender à demanda dos navios que vão chegar no curto e no médio prazo, explicou. Serra deu como exemplo o Cais do Saboó, localizado na Margem Direita. É um cais público do qual se utilizam vários operadores. O perfil das embarcações tende a aumentar e, portanto, o equacionamento atual, com várias divisões de área, vai ficar complicado. De acordo com o presidente da Docas, que assumiu o cargo no último dia 12, o próprio Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos está propondo a reavaliação de alguns projetos e este é um assunto que deve ser discutido pelo grupo em breve.

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