<P>A Arcelor Brasil pretende ameaçar o “reinado” absoluto do Sistema Usiminas no segmento de vendas chapas grossas de aço para a indústria naval brasileira. Até o final do ano, a empresa espera atingir a marca de 12 mil toneladas de bobinas grossas comercializadas no mercado interno e faz pl...
Glauco FigueiredoA Arcelor Brasil pretende ameaçar o “reinado” absoluto do Sistema Usiminas no segmento de vendas chapas grossas de aço para a indústria naval brasileira. Até o final do ano, a empresa espera atingir a marca de 12 mil toneladas de bobinas grossas comercializadas no mercado interno e faz planos bem agressivos para atender ao aumento da demanda do setor, em 2007. Segundo o diretor comercial da CST-Arcelor Brasil, Benjamin Baptista Filho, as novas encomendas de navios petroleiros da Transpetro aqueceram o setor e a expectativa da empresa é de poder atendê-lo com um produto alternativo.
“O que nós estamos vendo é que existe uma grande perspectiva da indústria naval brasileira em função do direcionamento do governo quanto à construção de navios no Brasil”, disse o executivo. “Vamos colocar uma oferta alternativa em um mercado que hoje é atendido com exclusividade pela Usiminas. Estamos especializando no Centro de Serviços da Belgo-Arcelor, em Volta Redonda, para o fornecimento de bobinas de 19 mm”, informou Baptista, ressaltando que em 2005, o consumo global de aço para uso naval foi da ordem de 7,8 milhões de toneladas. Naquele ano, a sua principal concorrente nacional, a Usiminas, registrou vendas de 59,5 mil toneladas de chapas de aço para o setor naval.
A estratégia de comercialização de chapa grossa da CST-Arcelor para o setor naval está embasada na utilização da estrutura de vendas já conquistada pela Belgo-Arcelor. A empresa, que vende perfis de aço para os estaleiros do Rio de Janeiro deverá ser atuar como um canal comercialização, contando com suporte técnico da CST-Arcelor.
As bobinas da empresa são fabricadas no Laminador de Tiras a Quente (LTQ), em Vitória (ES) e depois enviadas para a Belgo-Arcelor Brasil, onde são as beneficiadas no seu Centro de Serviços localizado em Volta Redonda (RJ). A empresa pretende fornecer ao mercado, a partir de pedidos específicos, bobinas com espessuras de 6,35mm a 16 mm e largura de até 1.880 mm. A expectativa da empresa é de dispor para o mercado em 2007, as bobinas de 19 mm de espessura, que estão passando por teste na siderúrgica.
Mercado mundial e brasileiro
Benjamin Baptista adiantou ainda que a empresa concluiu recentemente a negociação de 480 mil toneladas de aço plano para a empresa sul coreana Dongkukl. Desde 1992, a CST-Arcelor fornece, especialmente ao mercado naval asiático, placas de aços para processamento em chapas grossas e aplicações. A produção da corresponde a 10% da fabricação total do produto na siderúrgica capixaba.
O executivo informou que a empresa aguarda agora definição da estatal venezuelana PDVSA sobre a construção dos seus petroleiros. “Estamos acompanhando o que a PDVSA pretende fazer quanto à construção desses navios. Há um grande interesse da Camargo-Correa em construí-los aqui em Pernambuco e já iniciamos negociações com a construtora para a possível venda deste material”, disse o executivo que esteve recentemente reunido com membros do Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval) para apresentar o portfólio da empresa.
Fale Conosco
22