<P>A Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) abriu Carta-Consulta para apresentação de projetos de promoção comercial, dentro da nova norma que regulamenta a participação das empresas nos projetos de divulgação da entidade. De acordo com o diretor técnico da Ap...
Da RedaçãoA Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) abriu Carta-Consulta para apresentação de projetos de promoção comercial, dentro da nova norma que regulamenta a participação das empresas nos projetos de divulgação da entidade. De acordo com o diretor técnico da Apex-Brasil, Cláudio Borges, a partir de agora o processo de seleção será realizado em duas etapas: a avaliação da Carta-Consulta e a análise do Projeto. A principal mudança é que não havia a exigência da Carta-Consulta antes da apresentação do projeto. Agora a Carta-Consulta será analisada pelos técnicos da Agência e, se aprovada, a entidade submeterá então o projeto final para análise, explicou.
A Apex-Brasil apóia projetos de promoção comercial, apresentados por entidades setoriais, de preferência de âmbito nacional. Os projetos são abertos à participação de qualquer empresa interessada, independente do seu porte ou localização. Não trabalhamos com projetos apresentados diretamente pelas empresas. Trabalhamos nos projetos em parceria com as entidades setoriais. Assim, as empresas interessadas em participar desses projetos devem procurar as entidades de classe em seu estado para verificar se existem projetos em execução ou já encaminhados, destacou o diretor técnico.
Segundo Borges, a partir dos projetos apresentados, a Agência e as entidades discutem metas para o incremento das vendas em outros países. Nós trabalhamos para o aumento no número de empresas exportadoras e produtos comercializados internacionalmente, e desenhamos estratégias adequadas às necessidades de cada setor, levando em conta pesquisas de mercado, disse. Ele acrescentou que o valor investido pela Apex-Brasil nos projetos tem sempre uma contrapartida, do mesmo montante, da entidade.
A nova norma da Apex cria também as condições para monitoramento da execução dos projetos online e em tempo real, no Sistema de Gestão Orientada para Resultados (GEOR). Isso poderá facilitar o acompanhamento das empresas em cada programa. Além disso, o Comitê Gestor do projeto - constituído por representantes da Apex-Brasil, da entidade executora e dos empresários pertencentes - também foi reforçada.
O diretor destacou que as empresas participantes do projeto passam a ter acesso a pesquisas de mercado e a dados estatísticos que lhes permitam traçar a melhor estratégia para a exportação. Além disso, podem participar das principais feiras e eventos internacionais, o que lhes dá oportunidade de conhecer futuros clientes e se informar sobre tendências e sobre os concorrentes. Dentro dos projetos, apoiamos a participação de empresas nacionais em feiras, trazemos importadores e jornalistas ou formadores de opinião ao Brasil, realizamos missões comerciais e rodadas de negócio no exterior. Promovemos temporadas brasileiras em grandes redes varejistas, entre outras atividades de promoção dos produtos e da imagem do Brasil, informou.
O objetivo, segundo ele, é promover as exportações brasileiras e aumentar o número de empresas exportadoras de pequeno e médio portes. Nós precisamos diversificar os mercados, a qualidade e competitividade dos produtos brasileiros, em todo o mundo e implantar a cultura exportadora no Brasil, disse.
Atualmente a Apex-Brasil apóia 62 setores da economia brasileira, por meio de 300 projetos de promoção de exportações. Para Borges a parceria com o setor privado tem proporcionado excelentes resultados em todos os setores apoiados pela Agência. Como os setores apoiados pela Apex representam 68% da pauta de exportação, o fato das exportações terem saído do patamar de US$ 60,3 bilhões em 2002 para US$ 118,3 bilhões em 2005, significa que nosso trabalho tem sido muito bem sucedido, comemora.
Borges disse ainda que todos os projetos estão conseguindo bons resultados no aumento das exportações e do número de empresas exportadoras. Segundo ele, um exemplo, foi o projeto de cafés industrializados que fechou 2005 com uma receita de exportação de US$ 16 milhões. O valor representa um crescimento de 98,91% sobre o resultado de 2004. O diretor também citou outros dois casos de sucesso apoiados pela Agência. As 136 empresas associadas ao Export Plastic, uma parceria entre a Apex- Brasil e o Instituto Nacional do Plástico (INP), tiveram aumento nas vendas externas entre 2003 e 2005 de 74% em valor e 44% em quantidade. Da mesma maneira, as exportações das empresas do Projeto de Orgânicos em 2005 alcançaram US$ 9,3 milhões, representando um incremento de 36,7% em relação a 2004, explicou.
O diretor disse que, desde 2005, a preocupação da Agência também se estendeu ao apoio na questão da logística e distribuição do que é produzido no país. Por isso foram criados Centros de Distribuição, administrados pela Apex em cinco países: Estados Unidos, Portugal, Alemanha, Polônia e Emirados Árabes Unidos. As empresas que integram os Centros passam a ter um local para manter estoque de produtos, escritórios a um custo mais baixo, além de receberem apoio administrativo e jurídico.
Para participar e enviar seu projeto as entidades devem, em primeiro lugar, cadastrar-se no site da Apex (www.apexbrasil.com.br) e, em seguida, preencher a Carta-Consulta que está disponível no site. Nela, devem informar itens como histórico, abrangência e representatividade, além de público alvo, foco estratégico do projeto, resultados previstos e valores de investimento previstos, entre outros.
Cada entidade tem até 15 de janeiro para enviar a Carta-Consulta. Depois de analisadas, as empresas escolhidas têm de 01 a 28 de fevereiro para apresentarem os projetos. No segundo semestre, outra chance para quem quer enviar seu projeto. O prazo é até 18 de julho para a Carta-Consulta e de 01 a 31 de agosto para apresentação do projeto. Depois da apresentação do projeto, em 120 dias, temos uma resposta para a entidade e, celebrado o projeto, ele tem validade de um ano, renovável por mais um ano caso a entidade cumpra com as metas acertadas, reforçou Borges.
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