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Redação/ Cassiano VianaO Brasil voltou a brilhar na principal “avenida” do Reliant Park, em Houston, Texas (EUA), onde termina hoje (7) o maior evento do setor de petróleo no mundo: a Offshore Technology Conference (OTC). O Pavilhão Brasil, coordenado pelo nono ano consecutivo pelas duas principais entidades do setor, o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), ocupou o estande número 4.741, na avenida principal do mega centro de convenções, com 65 mil metros quadrados.
O Pavilhão Brasil, que faz parte do convênio Onip-Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), no projeto Brazilian Supply Oil & Gas, contou com a participação de 35 empresas. Dentre elas, a revista TN Petróleo, Orteng, MCS Engenharia, Nuclep, Subsin, Kromav, Abimaq, Asel-Tech, WBS, Poland, Protubo, Flexomarine, Oceânica, Coester, IVC, Multialloy, Chemtech e Keppel Fels, além da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Petrobras.
Apesar dos impactos da crise financeira, da gripe suína e da ausência da Petrobras Brasil, como disse o presidente americano Barack Obama, o fato mereceu preocupação, mas não alarme.
“A ausência da delegação brasileira da Petrobras fez falta, afinal, é o nosso maior cliente.
No entanto, mesmo levando em consideração a crise financeria e a gripe, a OTC continuou o maior evento do setor”, comentou o diretor técnico da Metroval Controle de Fluidos, Paolo Fiorletta. “Todas as grandes empresas estão aqui. Se houve a saída de empresas, foi de médio e pequeno porte, mas houve a entrada de outras”.
A Metroval acaba de assinar o contrato com a Quip para fornecimento do sistema de medição da P-55. “É um projeto grande, significativo para nós”, comentou. “A empresa investiu muito nesse ano. Vamos inaugurar o nosso laboratório de vazão, que será o maior da América Latina para calibração de instrumentos de vazão com hidrocarbonetos. Inauguramos a caldeiraria para fazer os skids in house. Ou seja, hoje nós somos autônomos para fazer os instrumentos, calibrá-los e fabricar os sistemas de medição e vazão para o setor de óleo e gás”, explicou. “Não mexemos em nada os investimentos que já estavam previstos. Na contramão da crise, estamos sempre investindo e apostando em novos projetos”.
“Foi uma iniciativa acertada. Deveríamos ter vindo antes”, comentou o superintendente de Equipamentos da Usiminas Mecânica, Osmar Martins. A empresa esteve pela primeira vez na OTC. “Estamos desenvolvendo muito nesse mercado, temos parcerias com empresas americanas e há uma tendência nossa de trabalhar mais em projetos mais completos, como módulos offshore, agregando mais valor ao aço e assim fornecer esse tipo de produto para a Petrobras e demais players com projetos no Brasil. Nesse sentido, fizemos excelentes contatos aqui”, comemorou.
“Quando recebemos a notícia de que a Petrobras não viria, foi um balde de água fria, acho que para todos. Mas nas primeiras horas da manhã do primeiro dia de evento, essa impressão mudou. Percebemos que, mesmo a Petrobras sendo nosso principal cliente, já sabemos e temos uma proximidade com os planos da empresa”, avaliou Zenon Meireles, diretor Técnico da Stemac, empresa que tem 65% do market share de energia no Brasil. “Vendemos, semanalmente, nos pregões eletrônicos, pelo menos duas a três grupos geradores para a Petrobras, além de fornecer, em escala, para grandes projetos”, destacou. “Aqui, neste ano, surgiram oportunidades que nós nem imaginávamos estar por aí, inclusive de exportação”.
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