Exploração e Produção

ANP: Petrobras deve apresentar plano para Bacia de Campos até dia 30

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pediu para a Petrobras uma renovação nos planos de desenvolvimento da produção apresentados na década passada para dez dos maiores campos de petróleo da Bacia de C

Valor Online
14/09/2012 15:53
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A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pediu para a Petrobras uma renovação nos planos de desenvolvimento da produção apresentados na década passada para dez dos maiores campos de petróleo da Bacia de Campos, que estão apresentando acentuada queda na produção. Entre eles estão incluídos os gigantes Marlim, Marlim Sul, Albacora, Roncador, Albacora Leste, Jubarte e Barracuda-Caratinga.

A agência está preocupada com a queda da produção de petróleo do país, que em 2011 atingiu uma média de 2,2 milhões de barris de petróleo por dia e que, em julho, caiu para 2,1 milhões de barris de óleo por dia.

Segundo a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, a produção de campos gigantes como Marlim, Roncador e Albacora Leste, por exemplo, está “aquém do razoável” e, por isso, o órgão regulador entende que os planos de desenvolvimento antigos precisam ser revistos.

“Essa queda de produção ninguém deseja. E ela [a Petrobras], junto com as análises dos campos que já vínhamos fazendo, também acha que era necessário um esforço adicional [de investimentos] nos grandes campos do país”, disse Magda.

A diretora ressaltou que a Petrobras é uma empresa ativa e já lançou um plano para enfrentar essa queda de produção. Segundo ela, o diretor de exploração e produção, José Formigli, já começou o trabalho de “workover” em Marlim. Essa atividade de “workover” envolve a reentrada em poços já perfurados para limpeza de equipamentos que podem sofrer corrosão e obstrução devido ao tempo de uso, mas a agência acha que ainda pode ser necessária a perfuração de mais poços para elevar a produção nesses campos.

Magda citou como exemplo um campo na Noruega, país que visitou recentemente, chamado Ekofisk, que está em operação desde 1971. Esse campo já foi explotado duas vezes e, neste momento, está em fase de reexplotação, com entrada em produção de novas áreas e abandono de algumas plataformas.

“São 42 anos, enquanto em Marlim, em dez anos, a produção caiu de 600 mil para 200 mil barris de óleo por dia. E vendo Ekofisk, fico triste. Talvez não seja possível retomar só com ‘workover’, mas também com novos poços, e é preciso ter sondas para isso”, frisou Magda, reforçando a preocupação com a decisão da Justiça de proibir a Transocean de operar no Brasil.
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