Jornal do Commercio
A Anglo American concluiu a compra da totalidade das ações de Eike Batista e acionistas vendedores relacionados ao empresário na Iron X Mineração. O negócio saiu por R$ 5,4 bilhões, total que poderá elevar-se para R$ 8,6 bilhões caso todos os minoritários com teg along exerçam o direito a vender as ações, recebendo o prêmio de controle. Esse desfecho é bem provável, pois a Anglo planeja fechar o capital da nova controlada.
Com o negócio concluído ontem, os projetos Amapá (mina e ferrovia) e Minas-Rio (jazidas, mineroduto e usina de pelotização) tornam-se 100% da Anglo. O projeto Amapá esteve na origem da ação da Polícia Federal contra Eike e seu grupo, acusados de fraude numa licitação para a construção e operação de uma ferrovcia.
A MMX, holding de Eike e seus sócios para a atividade mineral, fica com Corumbá (ferro-gusa e minas, que operam sem esperar a retomada do acordo para o funcionamento da térmica a gás e da aciaria na Bolívia) e o novo projeto em Minas Gerais, na área de Serra Azul. Surgido com as compras das mineradoras independentes Minerminas e AVG, o novo projeto tem logística distinta do comprado pela Anglo, e escoará a produção pelo Porto do Sudeste, a ser construído em Itaguaí, no Sul Fluminente, na Baía de Sepetiba.
A LLX, braço de logística do grupo que opera ferrovias, dutos e portos como o da Barra do Açu, no Norte Fluminense, é uma empresa separada da MMX, listada em Bolsa. A cisão facilitou o acordo com a Anglo, que não se interessava em manter uma estrutura de capital aberto, com os correspondentes custos, em funcionamento no Brasil.
A Anglo American é uma subsidiária integral da Anglo American plc, fazendo parte de um dos maiores grupos de mineração e exploração de recursos naturais do mundo. Por meio de suas subsidiárias, joint ventures e associações, é líder mundial na exploração de platina e diamantes, com participação relevante na exploração de carvão e de metais ferrosos e básicos, bem como no beneficiamento de minerais industriais.
O grupo Anglo American é diversificado geograficamente, com atividades na África, Europa, Américas do Sul e do Norte, Austrália e Ásia.
Como resultado da Aquisição, a Anglo American adquiriu de Eike Batista e de outros acionistas vendedores, mediante pagamento em dinheiro, 193.462.160 ações ordinárias representativas de 63,3% do capital social da IronX, por valor equivalente a cerca de R$ 5,4 bilhões, representando preço por ação da IronX de R$ 28,147.
Uma vez que a aquisição resultou na transferência do controle da IronX, a Anglo American irá realizar oferta pública para a aquisição das ações ordinárias dos acionistas remanescentes da IronX, de acordo com os termos e condições do art. 254-A da Lei das Sociedades por Ações, da Instrução CVM nº 361 e do item 8.1 do Regulamento do Novo Mercado da Bovespa (a "OPA de Alienação de Controle"), pelo mesmo preço por ação pago a Eike Batista e aos demais acionistas vendedores.
O preço total da aquisição de 100% das ações emitidas pela IronX, caso a OPA de Alienação de Controle seja bem sucedida, será equivalente a aproximadamente R$ 8,6 bilhões.
Ademais, de acordo com a comunicação formal arquivada pela Anglo American na sede social da MMX em 31 de março de 2008, a Anglo American pretende implementar, concomitantemente à OPA de Alienação de Controle, oferta pública de fechamento de capital e de saída do segmento do Novo Mercado da Bovespa (a "OPA de Fechamento de Capital").
Se a avaliação econômica realizada de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis à OPA de Fechamento de Capital apurar um valor por ação superior àquele pago ao Sr. Eike Batista e aos demais acionistas vendedores, a Anglo American deverá decidir se irá ou não prosseguir com a OPA de Fechamento de Capital.
Se a Anglo American decidir não prosseguir com a OPA de Fechamento de Capital, ela manterá e dará andamento à OPA de Alienação de Controle.
Os atuais administradores da IronX convocaram uma assembléia geral extraordinária, a ser realizada em 18 de agosto de 2008, na qual será decidido, dentre outras matérias, (i) a saída da IronX do segmento do Novo Mercado, e (ii) a contratação de uma instituição financeira ou empresa especializada responsável pela elaboração do laudo de avaliação do valor de mercado das ações da companhia.
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