Redação / Assessoria
Com o objetivo de minimizar os impactos decorrentes de acidentes envolvendo vazamentos de petróleo, como o que aconteceu no Golfo do México em 2010, a Imagem acaba de lançar um portal de Gestão da Resposta ao Incidente no setor petroquímico: O Portal de Gestão de Emergência (PGE).
Por meio dele, é possível suportar o processo de resposta a emergências de vazamento e subsidiar ações para conter acidentes de forma mais rápida e eficaz, tendo como uma das referências o Plano Nacional de Contingência (PNC), do governo federal. O portal funciona como um centro de operações capaz de conectar as equipes de campo com os tomadores de decisão e acelerando as ações de resposta.
O gerente de óleo e gás da Imagem, Alessandro Diniz, concedeu uma entrevista para a TN Petróleo para falar sobre o PGE:
TN - Como funciona o Portal de Gestão de Emergência (PGE) no âmbito da solução para a Gestão da Resposta ao Incidente no setor petroquímico?
Alessandro Diniz - O Portal de Gestão de Emergência é um sistema desenvolvido sob a plataforma ArcGIS da Esri, líder em Sistemas de Informação Geográfica, cujo distribuidor oficial no Brasil é a Imagem, para auxiliar a gestão do incidente e dar agilidade e assertividade nas tomadas de decisões.
O Portal funciona como um COP – Cenário Comum de Operações, concentrando diversos dados e informações relevantes sobre o incidente, desde dados da localização dos ativos da companhia, como também a localização dos recursos naturais e socioeconômicos da área afetada, entre outros. Dessa forma, a partir das informações do local é possível gerar análises espaciais que dão respostas precisas para a tomada da ação necessária para a contingência do óleo.
Outro recurso do PGE é a integração com diferentes sistemas corporativos já existentes nas empresas, como o ICS (Incident Command System), CRM e outros sistemas administrativos e de finanças, permitindo a integração de dados corporativos para análises espaciais envolvendo recursos materiais, humanos e os ativos da companhia. O PGE propõe que a resposta seja trabalhar a partir de acessos personalizados direcionando os usuários para as análises de Operações, Logística, Financeiro e Comunicação de acordo com a atuação do usuário na resposta à emergência.
Além disso, como parte do COP, o Portal também permite a conexão das equipes de campo com a sala de contingência e a diretoria do incidente através de aplicações de mapas para coletas de dados no local do vazamento em tempo real. Gerando rapidamente informações mais precisas e realistas, criando a visão situacional do incidente e suportando de forma mais efetiva a sua gestão.
De que forma o PGE poderá mitigar os impactos decorrentes de vazamentos e aumentar o controle em situações de emergência?
O PGE contribui na organização e estruturação dos diversos dados envolvidos em um cenário de derramamento de óleo, facilitando a visualização espacial das informações, dos fenômenos e a busca por atributos específicos.
Através dessas simples buscas e de outras análises como a modelagem da dispersão da mancha de óleo no mar, é possível calcular onde ocorrerá o provável toque de óleo na costa litorânea. A partir disso, pode-se identificar as áreas e os recursos naturais de maior susceptibilidade de serem atingido, assim deve-se estabelecer os locais de prioridade, mitigando a contaminação de óleo em espécies e ecossistemas mais sensíveis e menos resilientes.
A acurácia das análises de inteligência geográfica somada da rápida disseminação de conteúdo acelera a tomada de decisão, tornando os fluxos e processos de resposta mais ágil, evitando a maior dissipação do óleo/gás.
Tomando como exemplo a explosão da plataforma Deepwater Horizon em 2010, no Golfo do México, como o sistema responderia nessa situação emergencial?
No derramamento de óleo no Golfo do México, a Esri respondeu pela primeira vez a um incidente de grandes proporções utilizando Plataforma ArcGIS através de dispositivos móveis que conectavam a informação de campo com os tomadores de decisões, mantendo as agências ambientais, as equipes de contingência da empresa responsável pelo vazamento e outros órgãos atualizados com dados e informações em tempo quase real.
Essa visão situacional do acidente auxiliou muito na disseminação da informação, ajudando a comunicação das equipes ao longo da extensa área atingida pelo óleo.
Desde então, a Esri evolui a solução de comunicação de campo e desenvolveu outras interfaces para auxiliar a resposta à emergência preenchendo algumas lacunas encontradas em 2010.
Tendo esse caso como referência, a Imagem, representante oficial da Esri no Brasil, desenvolveu o Portal de Gestão de Emergência para vazamentos de óleo e gás em áreas onshore e offshore pensando nas características do território brasileiro.
Hoje em dia, além do benefício da conexão com o campo presentes no PGE, já utilizados pela Esri no Golfo do México, a solução beneficiaria a equipe de contingência com os componentes essenciais para a resposta ao incidente.
Através de Dados específicos que dão total profundidade da problemática, do Portal integrado aos diferentes sistemas da empresa, que auxiliam na rápida resposta e na assertividade das ações, e das aplicações focadas na gestão da emergência que facilitam as tomadas de decisão, direcionando os esforços para a contenção do óleo e ao socorro das vítimas envolvidas, diminuindo o tempo de resposta do vazamento.
Alguma empresa do setor de óleo e gás já utiliza o PGE?
Grande parte das empresas do setor de óleo e gás operando no Brasil utilizam a plataforma ArcGIS da Esri para diferentes aplicações de inteligência geográfica. Atualmente, a Imagem tem implantado nessas companhias, nas áreas de meio ambiente, SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança) e contingência, partes da solução do Portal de Gestão de Emergência que tendem a evoluir para a versão mais completa.
Além disso, a Esri tem como clientes outras empresas de referência no mercado mundial de óleo e gás que já utilizam e aprovam a eficiência da solução.
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