Energia Eólica

Alemã Vulcan planeja terceira fábrica em SP

Valor Econômico
31/05/2011 13:42
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O sucesso dos projetos eólicos nos últimos leilões de energia e o potencial anunciado pela Petrobras para o pré-sal levaram o grupo alemão Vulcan a estudar a terceira fábrica no Brasil. Com duas unidades no país, em Itatiba e Barueri, ambas em São Paulo, a companhia está preparada para construir a terceira unidade, também em Itatiba. O terreno já foi comprado e a decisão deve ser tomada até o fim do próximo ano, dependendo do desempenho da economia. O investimento deve chegar a US$ 50 milhões.
 
 
Fabricante de sistemas de acoplamento e transmissão - só não fornece os motores -, o grupo tem três tradicionais divisões no Brasil e trabalha com um média de 80% da capacidade produtiva. O número de itens passa dos três mil, sendo que metade disso é a chamada peça de engenharia, desenvolvida especificamente para um cliente. "Se a Vale precisa de uma peça para o sistema que movimenta uma esteira rolante, aquelas que transportam minério, nós a desenvolvemos dentro das suas necessidades de calor, poeira etc. A peça não entra no nosso catálogo, é exclusiva da Vale e nós a produzimos sempre que o cliente precisar", conta Douglas Buzo, presidente no Brasil.
 

Metade da receita da companhia no país vem das peças de engenharia. Com 260 funcionários, o faturamento no ano passado foi de € 26 milhões e pode chegar a € 30 milhões este ano. Desse total, 60% vem da área industrial, principalmente dos setores de mineração, siderurgia, energia, sucroalcooleiro e óleo e gás. A área de refrigeração representa 30% e já trabalha no limite com três turnos, puxado pelo setor automotivo e construção civil (ambos consumidores de ar condicionado) e linha branca (refrigeradores).
 

O setor naval fica com os 10% restantes, mas apresenta grande potencial de crescimento com a retomada dessa indústria no país, depois das grandes encomendas da Petrobras para atender a exploração no pré-sal. Na avaliação de Buzo, a exigência de conteúdo nacional nas novas embarcações abre espaço para os produtos da Vulcan.
 

Enquanto a nova fábrica não sai do papel, o grupo alugou uma área em Itatiba para transferir algumas linhas de produção e abrir espaço nas suas duas unidades. "Será uma medida paliativa", admite Buzo, que estima investir R$ 10 milhões nas instalações alugadas. O executivo lembra que os alemães são conservadores e vão esperar um pouco mais para ver como caminha a economia brasileira antes de aprovar os aportes. Normalmente, a empresa faz seus investimentos com capital próprio, mas para a nova fábrica poderá buscar recursos no mercado.
 

Na terceira fábrica, por exemplo, serão produzidos, de forma seriada, os equipamentos destinados à geração eólica. Mas a ideia é ser mais do que o fornecedor do sistema que interliga o aerogerador. É fazer todo o monitoramento das torres a longa distância, sem que um técnico tenha de subir para verificar o desgaste das peças ou checar o nível de um óleo lubrificante, por exemplo.
 

Para isso foi criada uma quarta divisão na Vulcan, onde ficarão concentradas as áreas de serviços e montagens, além da área de monitoramento à distância. A empresa vai montar uma rede de servidores interligados a uma central na unidade de Atibaia e ligada também com a matriz na Alemanha. "Quando estiver pronto o sistema, poderemos monitorar de Atibaia o desempenho de uma torre eólica instalada no Nordeste. Isso vai reduzir muito o custo de manutenção", garante Buzo.
 

O cenário de negócios só não é melhor para a companhia porque o mercado de trabalho não consegue acompanhar a expansão econômica. Buzo admite a dificuldade de formar e reter mão de obra e a pressão inflacionária criada por essa rotatividade. "Minha inflação é de mão de obra, muito mais do que de insumos."
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