Interesse

ALE combustiveis e Grupo Zema estudam a possibilidade de abrir capital

Estado de Minas
08/07/2009 08:48
Visualizações: 443 (0) (0) (0) (0)

A volta do interesse de grandes empresas em levantar recursos por meio de ofertas de ações pode ser considerado o divisor de águas do mercado de capitais brasileiro desde o agravamento da crise, em setembro do ano passado. Passada a fase mais brava da turbulência econômica, MRV, Visanet, Gafisa, Hypermarcas, Sadia/Perdigão, Aracruz Celulose e BR Malls recorrem à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e, na esteira, trazem outros projetos. O sucesso das operações instiga o apetite de empresas mineiras em abrir capital. Entre elas estão a Ale Combustíveis, a Codeme, a Direcional, a Rede Martins e os grupos Zema, Curimbaba, Orguel, Vaccinar e Algar, segundo analistas.

 

O Grupo Gestor de Mercado de Capitais de Minas Gerais (GGMC) revelou que a 1ª Missão Empresarial aos Estados Unidos, que ocorreria em outubro do ano passado, foi retomada e será ainda este semestre. “Cerca de 15 empresas vão participar. A retomada decorre da posição positiva que o Brasil assumiu perante outros países e do interesse dos investidores estrangeiros. Além disso, alavancar recursos por meio do mercado de capitais tem custo bem mais baixo do que no sistema bancário”, disse o analista de Assuntos Internacionais, Economia e Finanças da Câmara Americana de Comércio (Amcham) e um dos organizadores da missão, Luiz Felipe Machado, sem revelar o nome dos participantes.

 

As empresas estariam de mala pronta para conhecer investidores estrangeiros e se preparem para quando a oportunidade de se lançar na bolsa chegar. A primeira empresa a abrir capital na Bovespa, depois do “hiato” de um ano, foi a VisaNet, na segunda-feira passada. A oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) anterior foi da OGX, empresa de petróleo de Eike Batista, em junho de 2008. A VisaNet realizou a maior oferta de ações da história da bolsa. O volume vendido, de R$ 8,39 bilhões, superou o recorde anterior, registrado justamente pela OGX, com R$ 6,7 bilhões. A próxima companhia a estrear na bolsa é a Hypermarcas – grupo de bens de consumo detentor de marcas como Etti, Assolan e Biocolor. A empresa fará uma oferta pública primária e secundária de 30 milhões de ações ordinárias. O período de reserva de ações vai de 8 a 13 deste mês e o início da negociação está previsto para o próximo dia 16.

 

Pesquisa do GGMC com 70 empresas mineiras apontou que 59% tinham, antes da crise, interesse em lançar ações na bolsa no médio e longo prazo. Os nomes são confidenciais. “Muitas empresas estavam prontas para abrir capital e abortaram seus projetos por causa da crise. Empresas grandes, como a Visanet, já retomaram. Outras, menores, seguirão a tendência”, afirmou o diretor-executivo de Desenvolvimento e Fomento de Negócios da BM&FBovespa, Paulo Oliveira, que chamou atenção para a criação recentemente do BM&FBo-vespa Empresas. O programa dá apoio às companhias que desejam captar recursos ou gerenciar melhor seus riscos tendo operações na bolsa como soluções.

 

O interesse de investidores estrangeiros na bolsa brasileira reforça a intenção de companhias nacionais abrirem capital. Segundo a BM&FBovespa, a participação deles foi de 37,2% em maio e 36,5% em junho, voltando ao nível pré-crise, 34,7%, em agosto. De olho no potencial do retorno que o Brasil pode oferecer, a bolsa fechou maio com a entrada recorde de R$ 6,08 bilhões em capital externo, superando a marca anterior, de R$ 6,01 bilhões, em abril de 2008. Em junho, a saída foi de R$ 1,09 bilhão. No acumulado deste ano, as entradas totalizam R$ 10,1 bilhões. A exemplo do que ocorreu em 2006 e 2007, os estrangeiros podem garantir o sucesso das operações. Na época, eles ficaram com 70%, em média, das ações distribuídas em IPOs.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Apoio Offshore
OceanPact assina contrato de R$ 697 milhões com Petrobra...
20/12/24
Curso
Firjan SENAI e PRIO promovem Hackathon Reação Offshore
20/12/24
Parceria
Petrobras assina Protocolo de Intenções com a CSN
20/12/24
Petrobras
Unidade de SNOX na RNEST entra em operação
20/12/24
Etanol
Câmara aprova programa de incentivo a fontes renováveis ...
20/12/24
Evento
Transformação Digital na indústria offshore: como Dados,...
20/12/24
Energia Solar
Eneva declara comercialização total de Futura com novo c...
19/12/24
Negócio
PetroReconcavo avança em compra de 50% de infraestrutura...
19/12/24
Gás Natural
Eneva assina primeiro contrato de suprimento industrial ...
18/12/24
Canadá
CCBC abre escritório em Fortaleza para contribuir com a ...
18/12/24
Rio de Janeiro
Naturgy e Petrobras firmam acordo para nova redução do p...
18/12/24
Prêmio ANP de Inovação Tecnológica
Shell Brasil vence Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 20...
17/12/24
Usinas Flexíveis
Confiabilidade do sistema elétrico dependerá de sistemas...
17/12/24
Brasil
PLP 68/2024: grave desequilíbrio no mercado de petróleo ...
17/12/24
Drilling
Constellation anuncia contrato de US$ 528 milhões com a ...
17/12/24
Combustíveis
Gasolina volta a subir após três meses de estabilidade, ...
17/12/24
Resultado
Shell NXplorers encerra sua 8ª edição no Brasil com resu...
17/12/24
Combustíveis
PLP 68/2024 : Regulamentação da Reforma Tributária Exten...
16/12/24
Pré-Sal
FPSO Alexandre de Gusmão sai da China a caminho do Brasi...
16/12/24
Margem Equatorial
Petrobras usará tecnologia da Nasa para monitorar a Marg...
16/12/24
PPSA
Produção de petróleo da União ultrapassa 100 mil bpd em ...
16/12/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21