Estratégia

Agendamento online tenta acabar com filas no porto de Santos

Desde fevereiro deste ano, o porto trabalha com esse esquema.

Globo Rural
24/03/2014 13:35
Agendamento online tenta acabar com filas no porto de Santos Imagem: Divulgação Porto de Santos Visualizações: 557 (0) (0) (0) (0)

 

Desde fevereiro deste ano, o porto de Santos trabalha com um esquema de agendamento dos caminhões que transportam a safra. A medida foi tomada para acabar com as filas nas estradas. Agora, os caminhões que levam soja para a zona portuária precisam passar por um agendamento eletrônico.
O processo é todo realizado pela internet e pode ser feito em dois lugares diferentes: na origem da carga ou em um entreposto privado que fica em Sumaré, em São Paulo. Osmar Rodrigues, gerente da filial de uma transportadora de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, explica como é o processo: “Nós entramos no site e digitamos os dados do veículo, o valor da mercadoria, número da nota, número do CTE. Mediante estes dados, a gente inclui no sistema do terminal, consequentemente ele gera uma tela, onde nós vamos imprimir e anexar a documentação do veículo para ele seguir viagem”.
O sistema de agendamento foi implantado para tentar evitar a repetição de cenas vividas em 2013, quando motoristas enfrentaram longas filas na estrada até conseguir descarregar a mercadoria. Com o agendamento antecipado, o motorista segue para o porto de Santos na expectativa de que não vai perder tanto tempo para entregar a carga. Lá ele pode parar em um dos dois pátios de triagem: o Rodopark ou o Ecopátio. Depois, é só esperar a liberação para descarregar no terminal.
Em uma fazenda em Lucas do Rio Verde, o agricultor Julio Cinpak colheu dois mil hectares de soja. Ele vendeu a maior parte da produção e calcula o melhor momento para negociar o restante: “Eu acredito que deste saldo até a metade, até junho, a gente comercialize uma parte e segure uma parte para o segundo semestre”.
Metade da soja produzida no estado segue para exportação. Os grãos que enchem o caminhão do motorista Anderson Araújo Gonçalves vão para o porto de Santos, principal destino da soja exportada pelo Mato Grosso. O caminhão dele é mais um entre os milhares que fazem este trajeto a cada safra. Na safra passada, mais de sete milhões de toneladas de soja saíram de Mato Grosso e ganharam o mundo pelo porto paulista.
De Lucas do Rio Verde até o porto de Santos são aproximadamente dois mil quilômetros de distância. A viagem é longa e os caminhões gastam, em média, três dias para percorrer este trajeto.
O Globo Rural acompanhou o final da viagem do motorista Vanderlei de Souza, que saiu de Primavera do Leste, em Mato Grosso, e percorreu 1,3 mil quilômetros até Sumaré, em São Paulo. Ele esperou uma hora para fazer o agendamento eletrônico. No recibo, constavam informações da carga e a data em que deveria ser entregue no porto, mas sem horário definido.
Depois de uma noite de descanso, foram mais 160 quilômetros até Cubatão, onde aconteceu a próxima parada. Segundo Vanderlei, foi muito difícil usar o novo sistema: “Faz o agendamento em um lugar e depois tem que pegar a senha em outro lugar”.
Ainda havia outras etapas a cumprir. Em Cubatão, o motorista estacionou no Ecopátio. Ele entrou no local às 17h37 e esperou três horas e 11 minutos para receber a autorização para sair do pátio e ir até o terminal para fazer o descarregamento. O tempo de espera até conseguir descarregar é incerto e, segundo ele, pode levar a noite toda.
O destino final foi o terminal T-grão, dentro do porto de Santos, onde finalmente a soja vai ser descarregada. Pela frente, ainda havia mais uma fila. Vanderlei era o oitavo da fila e conseguiu descarregar as 37 toneladas de soja às 3hs.
O sistema de agendamento eletrônico está em vigor em Santos há pouco mais de um mês. Por enquanto, não há filas nas estradas. A esperança agora é que as filas não voltem e que o agricultor possa escoar sua safra com menos custo.
De acordo com a administração do pátio, a espera atual para descarregar fica entre 14 e 18 horas. No ano passado, com as filas, podia chegar a quatro dias.

Desde fevereiro deste ano, o porto de Santos trabalha com um esquema de agendamento dos caminhões que transportam a safra. A medida foi tomada para acabar com as filas nas estradas. Agora, os caminhões que levam soja para a zona portuária precisam passar por um agendamento eletrônico.

O processo é todo realizado pela internet e pode ser feito em dois lugares diferentes: na origem da carga ou em um entreposto privado que fica em Sumaré, em São Paulo. Osmar Rodrigues, gerente da filial de uma transportadora de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, explica como é o processo: “Nós entramos no site e digitamos os dados do veículo, o valor da mercadoria, número da nota, número do CTE. Mediante estes dados, a gente inclui no sistema do terminal, consequentemente ele gera uma tela, onde nós vamos imprimir e anexar a documentação do veículo para ele seguir viagem”.

O sistema de agendamento foi implantado para tentar evitar a repetição de cenas vividas em 2013, quando motoristas enfrentaram longas filas na estrada até conseguir descarregar a mercadoria. Com o agendamento antecipado, o motorista segue para o porto de Santos na expectativa de que não vai perder tanto tempo para entregar a carga. Lá ele pode parar em um dos dois pátios de triagem: o Rodopark ou o Ecopátio. Depois, é só esperar a liberação para descarregar no terminal.

Em uma fazenda em Lucas do Rio Verde, o agricultor Julio Cinpak colheu dois mil hectares de soja. Ele vendeu a maior parte da produção e calcula o melhor momento para negociar o restante: “Eu acredito que deste saldo até a metade, até junho, a gente comercialize uma parte e segure uma parte para o segundo semestre”.

Metade da soja produzida no estado segue para exportação. Os grãos que enchem o caminhão do motorista Anderson Araújo Gonçalves vão para o porto de Santos, principal destino da soja exportada pelo Mato Grosso. O caminhão dele é mais um entre os milhares que fazem este trajeto a cada safra. Na safra passada, mais de sete milhões de toneladas de soja saíram de Mato Grosso e ganharam o mundo pelo porto paulista.De Lucas do Rio Verde até o porto de Santos são aproximadamente dois mil quilômetros de distância. A viagem é longa e os caminhões gastam, em média, três dias para percorrer este trajeto.

O Globo Rural acompanhou o final da viagem do motorista Vanderlei de Souza, que saiu de Primavera do Leste, em Mato Grosso, e percorreu 1,3 mil quilômetros até Sumaré, em São Paulo. Ele esperou uma hora para fazer o agendamento eletrônico. No recibo, constavam informações da carga e a data em que deveria ser entregue no porto, mas sem horário definido.

Depois de uma noite de descanso, foram mais 160 quilômetros até Cubatão, onde aconteceu a próxima parada. Segundo Vanderlei, foi muito difícil usar o novo sistema: “Faz o agendamento em um lugar e depois tem que pegar a senha em outro lugar”.

Ainda havia outras etapas a cumprir. Em Cubatão, o motorista estacionou no Ecopátio. Ele entrou no local às 17h37 e esperou três horas e 11 minutos para receber a autorização para sair do pátio e ir até o terminal para fazer o descarregamento. O tempo de espera até conseguir descarregar é incerto e, segundo ele, pode levar a noite toda.

O destino final foi o terminal T-grão, dentro do porto de Santos, onde finalmente a soja vai ser descarregada. Pela frente, ainda havia mais uma fila. Vanderlei era o oitavo da fila e conseguiu descarregar as 37 toneladas de soja às 3hs.

O sistema de agendamento eletrônico está em vigor em Santos há pouco mais de um mês. Por enquanto, não há filas nas estradas. A esperança agora é que as filas não voltem e que o agricultor possa escoar sua safra com menos custo.

De acordo com a administração do pátio, a espera atual para descarregar fica entre 14 e 18 horas. No ano passado, com as filas, podia chegar a quatro dias.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Logística
Vast Infraestrutura anuncia terceiro contrato de transbo...
07/03/25
ANP
Produção de petróleo e gás em janeiro de 2025 foi de 4,4...
06/03/25
Pré-Sal
Campo de Mero atinge recorde de 500 mil barris de óleo p...
05/03/25
Resultado
Log-In Logística Integrada cresce quase 20% e registra r...
28/02/25
Portos
Indra lidera projeto para otimizar detecção de ameaças s...
27/02/25
Pernambuco
APM Terminals participa do Fórum Pernambuco Export e des...
26/02/25
Resultado
PortosRio registra recorde histórico na movimentação de ...
25/02/25
Portos
Svitzer Brasil impulsiona projetos de eletrificação e su...
25/02/25
Internacional
Indra digitaliza operações logísticas do Porto de San An...
21/02/25
Resultado
Foresea fecha 2024 com um lucro líquido de US$ 18 milhõe...
20/02/25
Royalties
Valores referentes à produção de dezembro para contratos...
20/02/25
Resultado
Quatro FPSOs operados pela MODEC fecham 2024 entre os 10...
19/02/25
Pré-Sal
FPSO Almirante Tamandaré começa produzir no Campo de Búz...
19/02/25
Logística
Porto de Imbituba começa 2025 com resultados positivos
19/02/25
Terminais
Origem Energia assume operação de terminal marítimo dent...
18/02/25
Terminais
Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) lança ...
18/02/25
Investimento
Petrobras e Transpetro anunciam novas oportunidades para...
17/02/25
Evento
IBP assina protocolo para estudos de reaproveitamento de...
17/02/25
Investimento
Produção de petróleo e gás podem receber mais R$ 600 bil...
14/02/25
Pré-Sal
ANP autoriza entrada em operação da FPSO Almirante Tamandaré
14/02/25
Resultado
Temadre bate recordes operacionais em 2024
13/02/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22