Alternativa

AES quer trocar gás argentino por eletricidade

Jornal do Commercio
19/05/2009 05:54
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O diretor-presidente do Grupo AES no Brasil, Britaldo Soares, informou ontem que estuda alternativas para reativação da termelétrica AES Uruguaiana, cujas atividades estão paralisadas desde 1º de abril devido à interrupção no fornecimento de gás argentino. Uma dessas alternativas seria a exportação de energia para a própria Argentina em troca do fornecimento de gás. “Algumas conversações com a Argentina já ocorreram e essa é uma das alternativas sobre a mesa”, afirmou.

 


Soares não deu prazo para a reativação da termelétrica. “Temos que ter calma e persistência para trabalhar numa solução viável, seja ela qual for”, disse. Os contratos de fornecimento de energia da AES Uruguaiana para 2009 foram reduzidos ao volume de energia contratado e a necessidade de compra de energia por parte das concessionárias que tiveram contratos rescindidos foi considerada como “exposição involuntária” pela Aneel.

 


O executivo também reafirmou o interesse do Grupo AES na compra das ações da Brasiliana em poder do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - negociação que se arrasta há anos. “Existem considerações razoáveis a serem feitas em razão do cenário econômico e da disponibilidade de capitais no mercado”, disse Soares, sem dar mais explicações sobre por que o processo está parado.

 


Brasiliana. O diretor-presidente disse que o Grupo AES mantém o interesse não só na Brasiliana, como em investir mais no Brasil. Só a AES Eletropaulo, maior distribuidora de energia elétrica da América Latina, deve investir R$ 562,4 milhões neste ano, dos quais R$ 482,4 milhões com recursos próprios. No primeiro trimestre deste ano, a AES Eletropaulo investiu R$ 101,6 milhões e a AES Tietê R$ 31 milhões, valores respectivamente 9,3% e 56,6% superiores a igual período de 2008.

 


O lucro líquido da AES Eletropaulo foi de R$ 147,5 milhões no primeiro trimestre, 2% abaixo ao de igual período do ano passado. Já a AES Tietê lucrou R$ 215,3 milhões; 25% a mais. Para a companhia, essa redução deveu-se à estabilidade do consumo faturado de energia no mercado cativo e ao aumento da despesa com o fundo de pensão e de gastos com materiais e serviços de terceiros. Com isso, a margem Ebitda da empresa caiu 1,4 ponto porcentual entre os períodos, para 19,2%.

 


O Grupo AES Brasil apurou lucro líquido de R$ 463,2 milhões, 67,2% acima na comparação dos primeiros trimestres. No período, a receita líquida da grupo somou R$ 2,7 bilhões e o Ebitda totalizou R$ 855,7 milhões.

 


Caso o Eletropaulo participe do próximo leilão de energia, para entrega dentro de três anos (A-3), deverá ter participação bastante reduzida, segundo Soares. “Estamos fazendo a revisão dos nossos números. Com certeza não vamos participar na mesma intensidade que nos leilões anteriores”, afirmou. De acordo com ele, embora o consumo residencial e comercial esteja em alta, a crise econômica e a redução no consumo dos clientes industriais tiveram impacto na decisão.

 


Sobre os preços da energia a partir de 4 de julho, data do reajuste tarifário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a AES disse esperar que o valor seja positivo, embora decrescido da diferença da revisão tarifária aplicada provisoriamente em 2007 e 2008. “Ainda não temos a magnitude do reajuste, mas tudo leva a número positivo”, disse a vice-presidente de Assuntos Regulatórios, Sheilly Contente, citando a variação do dólar e dos encargos de serviços e sistemas.

 


No primeiro trimestre desse ano em relação a igual período do ano passado, a tarifa média na AES Eletropaulo aumentou 10,1%, para R$ 267,7 GWh. No período, o consumo de energia elétrica na área de concessão da companhia foi de 9.692 gigawatts (GWh), 2,8% menor que em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. O consumo dos consumidores cativos, no entanto, permaneceu praticamente estável entre os períodos, passando de 8.117 GWh para 8.118 GWh.

 


consumo em alta. Apesar da desaceleração da economia no primeiro trimestre, o consumo residencial subiu 2,4% e o comercial cresceu 4,2% devido à renda real mais elevada. Já o consumo industrial caiu 13,5% por redução da produção, como reflexo da crise financeira, incluindo concentração de férias coletivas, e pelo menor número de dias úteis de faturamento. O reajuste tarifário em julho de 2008 ajudou na expansão de 5,3% na receita líquida da AES entre os trimestres, para R$ 1,849 bilhão.

 


As despesas operacionais da companhia aumentaram 7,3% no período, para R$ 1,485 bilhão. Segundo a AES Eletropaulo, as despesas cresceram devido ao aumento no preço médio dos contratos de suprimento de energia, ao maior volume de energia requerida e aos encargos de uso da rede básica e do uso do sistema. Já o Ebitda (lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 1,6% na comparação dos primeiros trimestres, para R$ 355,6 milhões.

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