Mercado

AEB projeta saldo comercial de US$ 26,2 bilhões no ano

Valor Econômico
21/07/2011 14:03
Visualizações: 550 (0) (0) (0) (0)
O superávit comercial do país deve fechar o ano em US$ 26,2 bilhões, segundo projeção divulgada pela Associação de Comercio Exterior (AEB). O bom resultado é fruto de crescimento das exportações, impulsionadas pelos altos preços das commodities e, das importações, que avançam embaladas pelo real valorizado.

As novas projeções indicam aumento na receita das exportações para US$ 244,56 bilhões, ante estimativa anterior de US$ 225,79 bilhões e valor total das importações de US$ 218,30 bilhões, contra US$ 199,69 bilhões projetados em dezembro de 2010. O superávit, de US$ 26,2 bilhões, é quase US$ 6 bilhões superior aos US$ 20,2 bilhões do ano passado.

José Augusto de Castro, da AEB, ressaltou que, apesar das incertezas econômicas, as cotações das commodities teimam em subir, o que favorece o Brasil. As commodities representam 71% do total exportado pelo país.

O executivo teme que, numa eventual queda brusca de preços dos produtos básicos, possa ocorrer uma forte reversão no resultado das contas de comércio brasileiras, podendo gerar déficit comercial em 2012, "dependendo da intensidade do tombo das cotações internacionais desses insumos". Esse seria o pior cenário para a economia brasileira, já que teria forte impacto sobre a conta de transações correntes, já deficitária.

Castro lamenta que o país fique dependente de um cenário e de uma demanda internacional favoráveis. "Ambos são fatores fora do nosso controle, o que torna as previsões sujeitas aos humores do mercado. O desempenho exportador do país é totalmente sustentado por preços de matérias-primas."

A Vale responde hoje por 16% das vendas externas do Brasil, com receita estimada, até dezembro, de US$ 39 bilhões, ante US$ 28,9 bilhões em 2010. A receita de exportações da mineradora deve subir 35% ante o ano passado. Se confirmado esse desempenho, a Vale deixará a Petrobras, segunda maior arrecadadora de divisas do país, bem para trás. A estatal, nas projeções da AEB, vai responder por 8,5% da receita total de exportações, quase a metade da fatia da Vale.

O crescimento previsto das vendas externas de manufaturados é estimada em 13,9%, o menor da pauta de exportações. Dentre os principais produtos manufaturados, os celulares devem apresentar a maior queda em relação a 2010, de 25,6%, fruto da concorrência internacional predatória.

O avanço das importações deve continuar em 2011. As compras externas poderão crescer 20,2% este ano ante 2010, contra um aumento de 15,9% das divisas arrecadadas com exportações na mesma base de comparação. O estrago das importações é mais sentido no âmbito dos manufaturados.

Segundo o executivo, o crescimento das importações tem levado ao recuo do número de empresas brasileiras exportadoras, principalmente pequenas e médias. Em 2005, havia no país 17.657 empresas exportadoras e 22.633 importadoras. Em 2010, as exportadoras subiram para 19.278 enquanto as importadoras totalizaram 38.684 empresas.

Em 2011, segundo os dados projetados da AEB, o país vai avançar nas importações em todos os segmentos da pauta. O maior aumento em termos relativos vai acontecer com o item petróleo - as importações de óleo bruto devem subir 48% em relação a 2010. Os bens duráveis estão em segundo lugar nesse ranking, com crescimento de 23,2% nas compras externas, enquanto as matérias-primas e produtos intermediários devem crescer 18,8% e os bens de capital, 15,7%.

Em termos de produtos importados, os automóveis de passageiros deverão se destacar em 2011 entre os bens de consumo duráveis. As compras de veículos poderão subir 28,8% em relação a 2010. Nos não duráveis, o destaque vai para importações de vestuário e confecções têxteis, com aumento estimado de 47,7% em 2011.

Entre os bens de capital, o destaque pode ficar com a importação de partes e peças para bens de capital para a indústria, que deve crescer 30% ante o ano passado. Entre as matérias-primas e produtos intermediários, o título de campeão das importações deve ficar com matérias-primas para agricultura (fertilizantes).
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Energia Eólica
Nova MP não será suficiente para conter impactos pervers...
30/06/25
Combustíveis
Gasolina cai só 0,78% em junho, mesmo após reajuste de 5...
30/06/25
Evento
Brasil avança na transição energética com E30 e B15 e re...
30/06/25
Fiscalização
ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 12 un...
30/06/25
Pessoas
Patricia Pradal é a nova presidente da Chevron América d...
30/06/25
IBP
Manifesto em Defesa do Fortalecimento da ANP
30/06/25
Resultado
ANP divulga dados consolidados do setor regulado em 2024
30/06/25
Etanol
Preços do etanol sobem na última semana de junho
30/06/25
Combustíveis
Fiscalização: ANP realiza novo debate sobre medida repar...
27/06/25
Margem Equatorial
Capacidade de inovação da indústria de O&G impulsiona es...
27/06/25
Biocombustíveis
Sifaeg comemora aprovação do E30 e destaca ganhos para o...
27/06/25
Transição Energética
Sebrae Rio promove Seminário sobre Transição Energética ...
27/06/25
Austral Engenharia
Austral Engenharia aposta em eficiência energética e sus...
27/06/25
Asfalto
Importação de asfaltos: ANP prorroga data para adequaçõe...
27/06/25
Gás Natural
Comgás recebe 41 propostas em chamada pública para aquis...
27/06/25
Offshore
Petrobras assina convênio para desenvolver operações off...
27/06/25
RenovaBio
ANP publicará lista de sanções a distribuidores de combu...
26/06/25
Logística
Gás natural: a ANP fará consulta pública sobre Plano Coo...
26/06/25
Transição Energética
ENGIE Day celebra 10ª edição com debates sobre regulação...
26/06/25
PPSA
Leilão da PPSA comercializa 74,5 milhões de barris de pe...
26/06/25
Combustíveis
Governo aprova aumento de etanol na gasolina de 27% para...
26/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22