A competição com o aço importado forçou uma queda de preço na venda de produtos longos, como barras e vergalhões, da ordem de 30% em relação aos valores praticados em 2008 no mercado interno brasileiro, disse Ian Corrêa, vice-presidente da Siderúrgica Norte Brasil (Sinobras).
Segundo Corrêa, com a soma dos custos elevados de mão de obra, logística, tributação, energia e matérias-primas (minério de ferro e sucata) praticados no país atualmente, a empresa vem operando com margens bastante reduzidas. O principal exportador de aço longo para o Brasil, informou ele, é a Turquia.
Conforme o executivo, a redução do preço de venda significa comercializar hoje a tonelada de vergalhão, por exemplo, a R$ 2,1 mil. Quatro anos atrás, destacou, o preço alcançava R$ 3 mil a tonelada. A empresa vende cerca de 65% da produção nas regiões Norte e Nordeste. O restante, no Centro-Oeste e Sudeste.
Apesar desse cenário, o executivo informou que a Sinobras está operando com quase toda a capacidade ocupada. Com alguns investimentos marginais, a empresa pretende elevar a capacidade a 400 mil toneladas por ano de aço e produtos acabados, ampliando a oferta de material trefilado.
Controlada pelo grupo Aço Cearense, a Sinobras está instalada em Marabá, sul do Pará, e iniciou operações em 2008. Tem capacidade instalada de 300 mil toneladas de aço bruto ao ano. Especializada em aços longos, fabrica vergalhões, barras, fio-máquina, telas e treliças.