Petróleo

Acima de US$ 126, com demanda cada vez maior

Jornal do Commercio
19/05/2008 08:59
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Os contratos futuros de petróleo fecharam acima de US$ 126 o barril pela primeira vez em meio à forte demanda global por derivados do produto. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo leve para entrega em junho fechou em alta de US$ 2,17, ou 1,75%, em US$ 126,29 o barril. O Brent para julho fechou em alta de US$ 2,36, em US$ 124,99 o barril, no mercado eletrônico ICE. No ano, os contratos na Nymex subiram 32%. Os contratos futuros de derivados do petróleo também fecharam em máximas recorde.

 

A sessão começou com uma disparada de US$ 3,70 no barril do petróleo na Nymex para o recorde intraday de US$ 127,82 o barril O mercado ignorou amplamente a notícia de que a Arábia Saudita aumentou sua produção de petróleo 300 mil barris por dia a partir de 10 de maio, respondendo a solicitações de clientes. O aumento elevará a produção do maior produtor mundial de petróleo para 9,45 milhões de barris por dia em junho, disse o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi, em Riad.

 

Até agora, as autoridades sauditas vinham se recusando a elevar os níveis de produção, insistindo que a oferta global atende a demanda. Eles mantiveram esta linha, disse a Casa Branca mais cedo nesta sexta-feira, apesar do apelo pessoal do presidente George W. Bush ao rei Abdullah para ajudar a conter a alta dos preços da gasolina nos EUA.Os sauditas têm razão, segundo alguns analistas. "Neste momento, os fundamentos não dão sustentação em particular aos preços", disse Eric Wittenauer, analista de futuros de energia do Wachovia Securitiesm em St. Louis. "Não são, de fato, os fundamentos que orientam o mercado, não hoje, pelo menos; portanto o mercado pode receber o ajuste (na produção saudita) com algum ceticismo."

 

Outros destacaram que o Goldman Sachs, cujas previsões são atentamente acompanhadas, revisou em alta de US$ 34 sua previsão para o preço do petróleo no segundo semestre deste ano para US$ 141 o barril, citando limites ao crescimento na oferta no longo prazo. A revisão é feita apenas um dia depois de o economista Jan Stuart, do UBS, ter elevado a previsão do preço do barril em 2008 em 32% para US$ 115 o barril, afirmando que a oferta ficará abaixo da demanda.Enquanto isso, a robusta demanda global por derivados continuou empurrando o restante do complexo de energia para cima.

 

Tanto os futuros de óleo de calefação, que os traders usam para fazer hedge às entregas de derivados como diesel e combustível de aviação, quanto os futuros benchmark da gasolina fecharam em recordes. A demanda por derivados superou a oferta recentemente na Europa e na Ásia, levando os futuros a disparar muito depois do costumeiro pico do inverno (do hemisfério Norte).A gasolina Rbob (reformulated blendstock) para junho fechou em alta de 5,77 cents, 1,8%, em US$ 3,2235 o galão.

 

O óleo de calefação para junho subiu 8,04 cents, para US$ 3,7028 o galão.

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