Um vazamento em um contêiner armazenado nas instalações retroportuárias da Santos Brasil, no bairro da Alemoa, em Santos, provocou uma nuvem de gás tóxico na manhã do último domingo (5) na região. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o vazamento do composto persulfato de amônio – produto líquido usado por indústrias têxtis e de papel – começou por volta das 6h30 e foi controlado uma hora depois.
O forte calor que atingiu a Baixada Santista na última sexta-feira (3) e ontem provocou o vazamento, segundo a Defesa Civil da Cidade. O contêiner estava no terminal aguardando para ser distribuído, segundo informou a assessoria de imprensa da Santos Brasil.
O vazamento foi percebido pelos funcionários da empresa, que acionaram o Corpo de Bombeiros. Em seguida, a Defesa Civil compareceu ao local. “Por se tratar de um produto líquido, ele não pôde ser embalado dentro do container. Assim, a temperatura elevada de ontem e hoje (sexta-feira e sábado) causou o vazamento. Depois da situação controlada pelos Bombeiros, fizemos os trabalhos de rotina e acionamos a Cetesb para as devidas medidas de segurança ambientais", explicou Daniel Onias Nossa, da Defesa Civil.
A Santos Brasil afirmou que as operações na unidade voltaram ao normal ainda durante a manhã.
O terminal retroportuário - o Centro Logístico Industrial Aduaneiro (Clia) Santos da empresa – fica próximo à entrada da Cidade e abriga as operações de logística da Santos Brasil. Contêineres de clientes ficam neste local antes de serem distribuídos pelo país. Conforme a assessoria, a Santos Brasil irá aguardar as investigações para definir quem arcará com os custos. Até ontem, não havia cálculos sobre as perdas financeiras.
Por conta do forte odor do composto, uma funcionária passou mal durante o procedimento de segurança para conter o vazamento. Ela foi socorrida e levada ao Pronto Socorro Central da Cidade pelo Resgate dos Bombeiros. A empresa informou que ela passa bem.
Segundo a assessoria da Santos Brasil, não ocorreram danos ambientais.