Mercado

Ação da Petrobras tem maior alta em 14 anos

Elevação foi devido ao reajuste do diesel.

Valor Econômico
07/03/2013 13:02
Visualizações: 651 (0) (0) (0) (0)

 

O reajuste de 5% do diesel, anunciado na noite de ontem, pegou o mercado de surpresa e levou as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras, no pregão de hoje, a uma alta de 15,15%, para R$ 16,41 — o maior avanço desde março de 1999. Já os papéis preferenciais (PN, sem direito a voto) tiveram um aumento um pouco mais tímido, de 8,99%, para R$ 18,05, no maior incremento diário desde dezembro de 2008.
O novo reajuste reacendeu as expectativas de que a Petrobras volte a distribuir dividendos na mesma proporção para as duas espécies de papéis. No ano passado, diante do caixa apertado e um programa de investimentos agressivo, a estatal distribuiu a maior parte dos proventos para as ações sem direito a voto, fazendo com que os papéis votantes passassem a ser negociados com desconto.
Hoje, os investidores correram para reduzir a diferença entre os preços das duas espécies de ações. O banco Credit Suisse afirmou que o aumento do diesel vai adicionar US$ 1,8 bilhão ao caixa da Petrobras, que é exatamente o valor necessário para igualar a distribuição de proventos.
Segundo Emerson Leite, do Credit, o prêmio de R$ 2,30 que as ações preferenciais embutiam em relação às ordinárias até o pregão de ontem considerava um cenário em que a Petrobras só voltaria a igualar o pagamento de dividendos em cinco ano. “Provavelmente, esse cenário é muito extremo”, escreveu o analista. Ao fim do pregão de hoje, o chamado “spread” entre os papéis foi reduzido para R$ 1,64.
Boa parte dos analistas de mercado descartava um novo aumento dos combustíveis neste ano, dada a preocupação do governo com a inflação, e havia reduzido seus preços-alvos para o 2013 levando em conta esse cenário. Em janeiro, o governo federal já havia autorizado um aumento de 6,6% nos preços da gasolina nas refinarias e de 5,4% para o diesel — e os investidores acreditavam que isso era tudo que o governo ia conceder neste ano.
Com o novo aumento do diesel, o Goldman Sachs elevou o preço-alvo para as ações preferenciais em 12 meses, de R$ 22,50 para R$ 24,20. O J. P. Morgan também elevou o preço dos recibos de ações negociados em Nova York (ADR, na sigla em inglês) de US$ 23 para US$ 24.
Analistas de mercado apontam para um efeito entre 2% e 4% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Para o lucro, a expectativa varia entre 4% e 5%. “Nossos cálculos são conservadores na medida em que a relação entre os gastos e as receitas têm ficado estáveis e portanto não assumimos que o aumento passará das linhas operacionais para o lucro”, ressaltam os analistas do Deutsche Bank, que adotam as projeções mais conservadoras para mensurar o impacto do reajuste sobre o balanço.
Além do efeito sobre o balanço, os analistas destacam o impacto “psicológico” de mais um reajuste sobre a confiança dos investidores em um alinhamento maior entre o governo e a companhia. “Vemos a decisão do governo como positiva para a companhia, não apenas por aumento o lucro e o fluxo de caixa da Petrobras, mas também por mudar o sentimento do investidor, uma vez que isso demonstra a preocupação do governo com a execução do plano de investimentos da companhia”, afirmou o Goldman Sachs em relatório.
O Credit Suisse ressaltou que a confiança da direção na recuperação da companhia parece “inabalável” e não descartou a possibilidade de uma retomada dos ativos, que atingiram a menor cotação em sete anos nos últimos meses. “Se isso [a recuperação] realmente acontecer, podemos estar diante de uma oportunidade de valor diante do vasto potencial de crescimento da Petrobras”, escreveram os analistas do banco.

O reajuste de 5% do diesel, anunciado na noite de ontem, pegou o mercado de surpresa e levou as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras, no pregão de hoje, a uma alta de 15,15%, para R$ 16,41 — o maior avanço desde março de 1999. Já os papéis preferenciais (PN, sem direito a voto) tiveram um aumento um pouco mais tímido, de 8,99%, para R$ 18,05, no maior incremento diário desde dezembro de 2008.


O novo reajuste reacendeu as expectativas de que a Petrobras volte a distribuir dividendos na mesma proporção para as duas espécies de papéis. No ano passado, diante do caixa apertado e um programa de investimentos agressivo, a estatal distribuiu a maior parte dos proventos para as ações sem direito a voto, fazendo com que os papéis votantes passassem a ser negociados com desconto.


Hoje, os investidores correram para reduzir a diferença entre os preços das duas espécies de ações. O banco Credit Suisse afirmou que o aumento do diesel vai adicionar US$ 1,8 bilhão ao caixa da Petrobras, que é exatamente o valor necessário para igualar a distribuição de proventos.


Segundo Emerson Leite, do Credit, o prêmio de R$ 2,30 que as ações preferenciais embutiam em relação às ordinárias até o pregão de ontem considerava um cenário em que a Petrobras só voltaria a igualar o pagamento de dividendos em cinco ano. “Provavelmente, esse cenário é muito extremo”, escreveu o analista. Ao fim do pregão de hoje, o chamado “spread” entre os papéis foi reduzido para R$ 1,64.


Boa parte dos analistas de mercado descartava um novo aumento dos combustíveis neste ano, dada a preocupação do governo com a inflação, e havia reduzido seus preços-alvos para o 2013 levando em conta esse cenário. Em janeiro, o governo federal já havia autorizado um aumento de 6,6% nos preços da gasolina nas refinarias e de 5,4% para o diesel — e os investidores acreditavam que isso era tudo que o governo ia conceder neste ano.


Com o novo aumento do diesel, o Goldman Sachs elevou o preço-alvo para as ações preferenciais em 12 meses, de R$ 22,50 para R$ 24,20. O J. P. Morgan também elevou o preço dos recibos de ações negociados em Nova York (ADR, na sigla em inglês) de US$ 23 para US$ 24.


Analistas de mercado apontam para um efeito entre 2% e 4% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Para o lucro, a expectativa varia entre 4% e 5%. “Nossos cálculos são conservadores na medida em que a relação entre os gastos e as receitas têm ficado estáveis e portanto não assumimos que o aumento passará das linhas operacionais para o lucro”, ressaltam os analistas do Deutsche Bank, que adotam as projeções mais conservadoras para mensurar o impacto do reajuste sobre o balanço.


Além do efeito sobre o balanço, os analistas destacam o impacto “psicológico” de mais um reajuste sobre a confiança dos investidores em um alinhamento maior entre o governo e a companhia. “Vemos a decisão do governo como positiva para a companhia, não apenas por aumento o lucro e o fluxo de caixa da Petrobras, mas também por mudar o sentimento do investidor, uma vez que isso demonstra a preocupação do governo com a execução do plano de investimentos da companhia”, afirmou o Goldman Sachs em relatório.


O Credit Suisse ressaltou que a confiança da direção na recuperação da companhia parece “inabalável” e não descartou a possibilidade de uma retomada dos ativos, que atingiram a menor cotação em sete anos nos últimos meses. “Se isso [a recuperação] realmente acontecer, podemos estar diante de uma oportunidade de valor diante do vasto potencial de crescimento da Petrobras”, escreveram os analistas do banco.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Austral Engenharia
Austral Engenharia aposta em eficiência energética e sus...
27/06/25
Asfalto
Importação de asfaltos: ANP prorroga data para adequaçõe...
27/06/25
Gás Natural
Comgás recebe 41 propostas em chamada pública para aquis...
27/06/25
Offshore
Petrobras assina convênio para desenvolver operações off...
27/06/25
RenovaBio
ANP publicará lista de sanções a distribuidores de combu...
26/06/25
Logística
Gás natural: a ANP fará consulta pública sobre Plano Coo...
26/06/25
Transição Energética
ENGIE Day celebra 10ª edição com debates sobre regulação...
26/06/25
PPSA
Leilão da PPSA comercializa 74,5 milhões de barris de pe...
26/06/25
Combustíveis
Governo aprova aumento de etanol na gasolina de 27% para...
26/06/25
Royalties
Valores referentes à produção de abril para contratos de...
26/06/25
Margem Equatorial
Em Belém, presidente do IBP defende pesquisas na Margem ...
26/06/25
ANP
Publicado edital do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2025
26/06/25
Leilão
PPSA espera uma arrecadação potencial de R$25 bilhões n...
25/06/25
Combustíveis
ICL alerta para riscos à qualidade dos combustíveis com ...
25/06/25
Oportunidade
CNPEM e USP fazem acordo para oferecer bolsas a pesquisa...
25/06/25
Transpetro
Transpetro reforça investimentos em frota, eficiência e ...
25/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Zinga Metall Brasil participa do Bahia Oil & Gas Energy ...
25/06/25
PetroRecôncavo
PetroRecôncavo celebra 25 anos com investimentos robusto...
25/06/25
Biocombustíveis
Posicionamento IBP - Elevação do percentual de mistura d...
25/06/25
Etanol de milho
Abertura da China amplia parceria estratégica para copro...
25/06/25
Royalties
Valores referentes à produção de abril para contratos de...
25/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.