Workshop reuniu especialistas da ANP, Eneva, PetroReconcavo, BW Energy, Brava Energia e RBNA Consult para discutir metodologias, desafios e soluções na estimativa de custos.
Redação TN Petróleo/Assessoria ABPIPA Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP) promoveu, na última quinta-feira (14), o Workshop "Estimativas de Custos de Descomissionamento de Instalações de Petróleo e Gás Natural", na sede da Eneva, no Rio de Janeiro. O evento contou com a parceria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Eneva e PetroReconcavo e reuniu representantes de operadoras, certificadoras, órgãos reguladores e especialistas para debater metodologias, desafios e soluções voltadas à estimativa e aprovação dos custos de descomissionamento – etapa fundamental do ciclo de vida dos ativos de exploração e produção (E&P).
Mariana Cavadinha, superintendente de Desenvolvimento da Produção da ANP, detalhou a metodologia utilizada na análise das previsões de custos de descomissionamento, baseada nas Resoluções ANP nº 817/2020 e nº 854/2021. O modelo adota critérios objetivos para avaliar custos unitários de abandono de poços, remoção de linhas, recuperação ambiental e desmobilização de equipamentos e unidades de produção. Entre os avanços apresentados, destacam-se a padronização dos processos de análise, a utilização de painéis dinâmicos para otimizar prazos e recursos e o aumento da transparência e celeridade na aprovação dos Programas Anuais de Trabalho (PATs).
Segundo a ANP, mais de 58% dos custos apresentados pelas operadoras foram aprovados até março deste ano, enquanto os demais foram arbitrados por divergências nos valores ou ausência de justificativas e informações exigidas. Para Cavadinha, o descomissionamento é uma responsabilidade estratégica que envolve segurança operacional, responsabilidade ambiental e uso eficiente dos recursos. "Trata-se de uma etapa essencial para garantir operações bem planejadas, preservando o meio ambiente e assegurando a transparência e previsibilidade regulatória", pontuou.
O gerente-executivo da ABPIP, Lucas Lima, reforçou o papel colaborativo do setor. Segundo ele, o avanço em metodologias e na base de dados depende da participação ativa de todos – governo, indústria e sociedade – para alcançar processos mais céleres, eficientes e sustentáveis.
O workshop teve como objetivo debater a harmonização de práticas, aprimorar a precisão das estimativas e contribuir para fortalecer a eficiência e a sustentabilidade do setor de petróleo e gás no Brasil. O evento contou também com a presença de Marcio Felix, presidente da ABPIP, e Aurélio Amaral, diretor de Relações Externas da Eneva e com apresentações de operadoras como Petroreconcavo, Eneva, Brava Energia e BW Energy, e da certificadora RBNA Consult.
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