Opinião

Abiove: atrasar o marco regulatório do biodiesel é desperdício

Entre as vantagens estão geração de PIB, emprego e ambiental.

Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria
10/02/2014 17:57
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A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) considera um desperdício o atraso do governo sobre o novo marco regulatório que rege o mercado de biodiesel. A instituição se posicionou nesta segunda-feira (10) através de uma nota, onde listou as condições favoráveis do Biodiesel.
Segundo a Abiove, em 2014 o país "terá mais uma safra recorde de soja, principal matéria-prima na fabricação do biodiesel", e, de acordo com estudos, o impacto inflacionário no aumento do teor do biocombustível na mistura é ínfimo. Além da redução nas emissões de gases do efeito estufa e a melhora da qualidade do ar, a entidade cita o benefício da participação de mais de 100 mil agricultores envolvidos no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).
"Outros países que possuem condições menos favoráveis do que a brasileira – como é o caso da Argentina e da Indonésia – já aproveitam o momento, incentivando seus programas de biodiesel com a elevação da mistura compulsória a níveis superiores a 5%", diz a nota.
Petrobras
A Abiove afirma que a Petrobras vem arcando com significativa perda de caixa em virtude do subsídio existente ao diesel mineral no Brasil, haja vista que o produto importado chega ao país com preços mais elevados do que aqueles praticados internamente. Desta forma, cada litro de diesel mineral comprado pela estatal é repassado às distribuidoras de combustíveis com prejuízo líquido. Vários fatores contribuem para a deterioração das operações da Petrobras, tais como a falta de um sistema transparente de ajuste de preços e a taxa de câmbio, que caminha para patamares superiores a R$ 2,40.
Dado que a demanda nacional de biodiesel é estabelecida em 5% do consumo do diesel B, qualquer elevação no percentual de mistura compulsória de biodiesel acarretaria uma redução na necessidade de importação do diesel mineral. Sendo assim, há uma relação direta entre a maior produção de biodiesel dentro do território nacional – com todos os benefícios econômicos, sociais e ambientais atrelados – e uma menor quantidade demandada do derivado fóssil de origem estrangeira.
Para a entidade, são evidentes as vantagens do biodiesel: econômicas, com a geração de PIB, emprego e renda, sociais e ambientais.
Impacto inflacionário ínfimo
Maiores teores de biodiesel não geram impactos inflacionários expressivos; ao contrário, os impactos são ínfimos se comparados aos benefícios vinculados. Segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma elevação de um ponto percentual na mistura obrigatória geraria um impacto menor do que 0,01% sobre o IPCA, e de R$ 0,005 na tarifa de ônibus.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) considera um desperdício o atraso do governo sobre o novo marco regulatório que rege o mercado de biodiesel. A instituição se posicionou nesta segunda-feira (10) através de uma nota, onde listou as condições favoráveis do Biodiesel.

Segundo a Abiove, em 2014 o país "terá mais uma safra recorde de soja, principal matéria-prima na fabricação do biodiesel", e, de acordo com estudos, o impacto inflacionário no aumento do teor do biocombustível na mistura é ínfimo. Além da redução nas emissões de gases do efeito estufa e a melhora da qualidade do ar, a entidade cita o benefício da participação de mais de 100 mil agricultores envolvidos no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).

"Outros países que possuem condições menos favoráveis do que a brasileira – como é o caso da Argentina e da Indonésia – já aproveitam o momento, incentivando seus programas de biodiesel com a elevação da mistura compulsória a níveis superiores a 5%", diz a nota.


Petrobras

Sobre a perda de caixa da Petrobras, a Abiove afirma que a estatal vem arcando com significativa perda financeira em virtude do subsídio existente ao diesel mineral no Brasil, "haja vista que o produto importado chega ao país com preços mais elevados do que aqueles praticados internamente". Cada litro de diesel mineral comprado pela estatal é repassado às distribuidoras de combustíveis com prejuízo líquido. Vários fatores contribuem para a deterioração das operações da Petrobras, tais como a falta de um sistema transparente de ajuste de preços e a taxa de câmbio, que caminha para patamares superiores a R$ 2,40.

Dado que a demanda nacional de biodiesel é estabelecida em 5% do consumo do diesel B, qualquer elevação no percentual de mistura compulsória de biodiesel acarretaria uma redução na necessidade de importação do diesel mineral. Sendo assim, há uma relação direta entre a maior produção de biodiesel dentro do território nacional – com todos os benefícios econômicos, sociais e ambientais atrelados – e uma menor quantidade demandada do derivado fóssil de origem estrangeira.

Para a entidade, são evidentes as vantagens do biodiesel: econômicas, com a geração de PIB, emprego e renda, sociais e ambientais.


Impacto inflacionário ínfimo

Maiores teores de biodiesel não geram impactos inflacionários expressivos; ao contrário, os impactos são ínfimos se comparados aos benefícios vinculados. Segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma elevação de um ponto percentual na mistura obrigatória geraria um impacto menor do que 0,01% sobre o IPCA, e de R$ 0,005 na tarifa de ônibus.

 

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