Angra 3

Abdan encaminhará sugestões sobre a usina ao MME

Com a retomada da construção de Usina Nuclear de Angra 3, a Associação Nacional para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) encaminhará ao Ministério de Minas e Energia uma lista de propostas de ação com objetivo de garantir o desenvolvimento da industria nuclear brasileira de man

Assessoria
28/07/2008 14:50
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Com a emissão da Licença Prévia nº 279/2008 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que autoriza a retomada da construção de Usina Nuclear de Angra 3, a Associação Nacional para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) encaminhará ao Ministério de Minas e Energia uma lista de propostas de ação com objetivo de garantir o desenvolvimento da industria nuclear brasileira de maneira sustentável focada em capacitação de mão-de-obra e fornecimento de equipamentos e materiais com importante participação de fornecedores brasileiros.

 

Segundo o presidente da entidade, Antonio Muller, é importante dar o máximo de transparência ao projeto, paralisado há mais de 20 anos. Segundo ele, 61% dos custos apontados na formação da tarifa de energia foram provocados justamente pela interrupção do projeto e, se forem contabilizados, podem acabar onerando de forma injusta e excessiva a tarifa de Angra 3.

 

"Caro é ficar sem energia, e Angra 3 reduzirá consideravelmente o risco de apagão no sistema elétrico brasileiro. Mesmo assim, o consumidor não pode pagar pelo erro estratégico de governos passados. Esse dinheiro já está gasto e sempre esteve previsto nos orçamentos anuais e plurianuais aprovados pelo Congresso. Não é justo que seja embutido agora na tarifa", ressalta Muller.

 

Na avaliação da Abdan, é importante capacitar mão-de-obra para engenharia, construção e operação da nova unidade e das outras quatro usinas que devem ser construídas no Nordeste e no Sudeste, já que a interrupção dos investimentos no setor limitou a formação de novos profissionais. “A geração que participou em Angra 1 e 2, unidades que sempre contribuíram para o fornecimento de energia e estabilidade do sistema, já se aposentou ou está se aposentando. Precisamos desde cursos técnicos até pós-graduação para os novos profissionais”, diz.

 

A Abdan defende ainda a destinação de recursos para pesquisa em geração de energia nuclear, como já ocorre no setor de petróleo e gás. “Apesar dos avanços alcançados em projetos como o de beneficiamento de urânio e do submarino nuclear, o Brasil necessita de investimentos de porte para o desenvolvimento do ciclo completo de geração de energia nuclear. Sem os aportes e parcerias nessa área, dificilmente alcançaremos a auto-suficiência núcleo-elétrica”, completa Muller.

 

A matriz brasileira contempla todos os tipos de tecnologia. No caso de 2030, além das unidades de Angra, considera a previsão de mais 4.000 MW oriundos de usinas nucleares e, até 2060, são considerados 60.000 MW de origem nuclear.Na avaliação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), quanto mais competitivo o Brasil for, menor o custo de geração, podendo ficar abaixo dos R$ 150,00 previstos para os próximos leilões A-3 e A-5.

 

Esta redução já é comprovada em usinas nucleares americanas que desde 2001 é a energia mais barata naquele país, com fatores de capacidade médio de 91,8%, diz Muller.

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