Combustíveis

Alívio nos preços dos combustíveis estão ajudando no controle da inflação

Money Times, 10/08/2022
10/08/2022 16:14
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O que as inflações do Brasil e dos Estados Unidos têm em comum? A resposta é que o preço dos combustíveis ajudou a arrefecer os dados inflacionários divulgados nesta semana.

Ontem, o Brasil registrou a menor taxa inflacionária desde 1980: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,68% em julho. Hoje, saíram os números do índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) -- a inflação ficou estável, abaixo das estimativas do mercado de alta de 0,2%.

No caso brasileiro, o grupo de Transportes registrou a queda mais intensa, de -4,51%, e contribuiu com o maior impacto negativo (-1 ponto percentual) no índice. E o preço dos combustíveis caiu 14,15%.

Os preços foram puxados pelas medidas do governo de controle nos preços dos combustíveis e energia elétrica, além das duas reduções no preço da gasolina anunciadas pela Petrobras (PETR3; PETR4).

Só no mês passado, a gasolina caiu 15,48%, seguida pelo etanol (-11,38%) e gás veicular (-5,67%). Só o diesel que manteve alta de 4,59%.

"Apesar de termos tido deflação neste mês, trata-se de um alívio temporário influenciado pelas medidas do governo de redução do ICMS", destaca Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco.

Lá nos EUA, o índice de energia caiu 4,6% ao longo do mês, sendo que a gasolina caiu 7,7% depois de um aumento de 11,2% em junho. O gás natural também caiu 3,6% após fortes altas nos meses passados.

"A acomodação de preços de energia e bens deve seguir nas próximas apurações", afirma Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital. "A chave aqui é se haverá um contágio dessa moderação no núcleo de serviços da inflação. Itens de reabertura que fazem parte do grupo de serviços caíram bem neste mês. Importante aqui entendermos se estamos diante do início de uma tendência ou apenas um falso sinal", completa.

Crise dos semicondutores
Além disso, outro fator está influenciando na inflação do segmento de transportes: o provável fim da crise dos semicondutores.

Na semana passada, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, apontou para uma melhora nos semicondutores.

"O setor teve importante aumento no fornecimento de semicondutores e a tendência é que isso continue de maneira crescente. A impressão que temos é de que o pior está ficando para trás", afirmou durante uma apresentação de dados do setor.

Esse detalhe também foi comentado por Paul Ashworth, economista Chefe dos EUA da Capital Economics. Segundo ele, os preços das commodities de TI caíram 0,8% em julho, o que reflete a diminuição da escassez de semicondutores.

"A escassez de semicondutores parece estar melhorando também para veículos motorizados, com os preços dos veículos novos aumentando em um modesto 0,6% e os preços dos veículos usados ??caindo 0,4%."

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