Artigo Exclusivo

Transição energética eficaz, sustentável e planejada – os passos da Shell para a descarbonização, por Monique Gonçalves

Redação TN Petróleo/Assessoria
15/03/2022 12:14
Transição energética eficaz, sustentável e planejada – os passos da Shell para a descarbonização, por Monique Gonçalves Imagem: Alessandro Costa/Shell Brasil Visualizações: 3265

A descarbonização e a transição energética estão no horizonte de empresas, governos e da sociedade há algum tempo. Mas, desde a aprovação do Acordo de Paris, em 2015, estes temas deixaram de ser questões a serem resolvidas no longo prazo e se tornaram tópicos cada vez mais frequentes nas discussões de vários setores da economia e da sociedade.

Qualquer transição desta magnitude é um desafio. E a complexidade aumenta quando constatamos que a demanda por energia cresce a cada ano, em um sinal de modernização das economias e do modo de viver das pessoas. Para realizar a transição energética e garantir a oferta de energia de que a sociedade precisa, é fundamental que empresas, governos e todos os agentes sociais estejam engajados.

Em linha com o papel crucial que as empresas de energia têm nesta jornada, a Shell divulgou em fevereiro de 2021 uma nova estratégia de negócios, chamada Powering Progress (“Impulsionando o Progresso”, em português), que vem provocando mudanças disruptivas na companhia globalmente. Nosso novo caminho é fundamentado num conjunto de objetivos que consideramos ambiciosos, mas também factíveis: atingir emissões líquidas zero até 2050, impulsionar vidas, entregar valor aos nossos acionistas e respeitar a natureza. Para garantir que vamos alcançar tais objetivos, estabelecemos metas rigorosas de redução de curto, médio e longo prazo.

Quando falamos em “emissões líquidas zero”, estamos nos referindo às emissões geradas não apenas na nossa produção, que responde por cerca de 15% do total emitido, mas também o carbono gerado pelo consumidor final durante o uso de nossos produtos e dos produtos de parceiros vendidos por nós – etapa que representa cerca de 85% das emissões.

Planejamos chegar a este objetivo reduzindo progressivamente a intensidade de carbono dos nossos produtos de energia (6 a 8% até 2023, 20% até 2030, 45% até 2035 e 100% até 2050, em comparação com os níveis de 2016). As metas de curto prazo estão ligadas à nossa estrutura de remuneração e pagamento de bônus de mais de 16 mil líderes da organização.

Essas metas de intensidade caminham lado a lado com a nova meta absoluta de redução de emissões de 50% até 2030, em comparação com os níveis de 2016, que abrange todas as emissões de escopo 1 e 2 sob o controle operacional da Shell.

Sabemos que emissões líquidas zero também passam por energia mais limpa. Por isso, o Grupo Shell pretende investir anualmente US$ 3 bilhões na área de Energias Renováveis e cerca de US$ 100 milhões por ano globalmente em Soluções Baseadas na Natureza (NBS, na sigla em inglês) para construir um negócio significativo e lucrativo para apoiar os nossos clientes na neutralização de suas emissões.

No mundo, a Shell já oferece diversas fontes de energia de baixo carbono, como eólica (onshore e offshore), solar, biocombustíveis, carregamento de veículos elétricos, hidrogênio etc. Entendemos que a diversificação, com a realocação progressiva de investimentos dos negócios de Upstream para energia renovável, é a forma mais adequada e sustentável de endereçar o desafio da transição energética.

Ainda assim, esperamos continuar fornecendo energia na forma de produtos de petróleo e gás, tanto para atender à demanda dos clientes, quanto para manter uma empresa financeiramente forte. Precisamos dessa força financeira para continuar atraindo investimentos na Shell, e manteremos nosso compromisso de emissões líquidas zero, inclusive por meio de compensações. Assim, podemos fornecer a energia de que o mundo precisa, investir em energia de baixo carbono e apoiar meios de subsistência em comunidades onde operamos, bem como as de nossos clientes, funcionários e fornecedores.

E, é claro, não conseguiremos chegar lá sozinhos: para que as empresas invistam com sucesso, elas precisam de políticas e regulamentos governamentais ousados, claros e consistentes. Uma maior colaboração entre governos, empresas e clientes permitirá que nós e outros agentes construamos nossos negócios de energia de baixo carbono da maneira mais rápida e eficiente.

Os desafios são grandes, mas o encontro do carbono neutro com o capital é também uma avenida de oportunidades – não apenas para a Shell, mas para o Brasil. Presente há mais de 100 anos no país, a Shell foi protagonista em momentos decisivos do cenário energético brasileiro. E não será diferente com a descarbonização. A Shell já investe e pretende continuar investindo em energia mais limpa no Brasil.

Vemos o Brasil como região estratégica para nossa jornada de emissões líquidas zero até 2050, fornecendo energia renovável e de novos combustíveis, como biocombustíveis avançados e hidrogênio, enquanto oferecemos ao mundo recursos de petróleo e gás de que a sociedade ainda precisará durante a transição para uma economia de baixo carbono. Queremos continuar colaborando com o país no desenvolvimento de novas políticas e soluções para um objetivo comum: Impulsionar o Progresso.

Sobre a autora: Monique Gonçalves é gerente sênior de Relações Corporativas e Assuntos Regulatórios da Shell Brasil

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Internacional
Brasil apresenta avanços em resposta a emergências offs...
28/11/25
Evento
Niterói encerra segunda edição do Tomorrow Blue Economy ...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Sebrae impulsiona inovação ao aproximar startups do seto...
28/11/25
Gás Natural
Naturgy reforça papel estratégico do gás natural na segu...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
SLB destaca investimentos no Brasil e papel estratégico ...
27/11/25
Internacional
FINDES lidera missão à Europa para impulsionar descomiss...
27/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Onshore potiguar defende licença mais ágil para sustenta...
27/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Estudo aponta forte impacto da cadeia de petróleo e gás ...
27/11/25
Geração/ Transmissão
ENGIE Brasil Energia inicia operação comercial do primei...
27/11/25
Petrobras
Navios da Transpetro recebem bunker com conteúdo renovável
26/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy abre edição 2025 com participaç...
26/11/25
Pré-Sal
Shell conclui assinatura dos contratos de concessão na B...
26/11/25
Gás Natural
Concluída a construção da primeira unidade de liquefação...
26/11/25
PD&I
Ibmec cria centro de pesquisa para estimular debates est...
26/11/25
Apoio Offshore
Camorim receberá R$30 milhões do Fundo da Marinha Mercante
26/11/25
IBP
Posicionamento IBP - Vetos ao PLV 10/2025
26/11/25
Energia
Firjan vai atuar para que o Congresso mantenha os vetos ...
26/11/25
Premiação
AVEVA recebe o prêmio de Parceiro de Manufatura do Ano 2...
25/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Sebrae RN apresentará estudo sobre impacto do onshore no...
25/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Implementos São Paulo expõe Semirreboque 1 eixo na Mosso...
25/11/25
Apoio Marítimo
Ambipar treina no litoral norte paulista para resposta a...
25/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.