Redação TN Petróleo/Assessoria
Ao passo que os recordes de extração de gás e petróleo no país avançam, crescem também os desafios da indústria química para suportar as operações, que têm registrado sucessivos marcos, culminando em 4,482 MMboe/d de petróleo, em julho deste ano, de acordo com as divulgações da ANP. Este valor supera em 1,2% o resultado do mês anterior e é 13,6% maior na comparação com julho de 2022. Os campos marítimos foram responsáveis por 85,8% da produção. Ainda de acordo com a ANP, em julho foram disponibilizados ao mercado 55,41 milhões de m³/d.
Alguns setores se destacam na aplicação do gás natural, pela capilaridade e potencial de demanda. Um deles é o dos transportes, com a crescente adoção de motores a gás em caminhões e ônibus, correndo em paralelo a outra tecnologia: a eletrificação.
Vale lembrar que mesmo a cadeia que envolve o veículo elétrico tem sua contribuição nas emissões, seja na forma de geração de eletricidade ou no descarte das baterias. As indústrias química e siderúrgica são outros exemplos de demanda pelo gás natural, tanto como insumo energético, quanto como matéria-prima.
Na siderurgia, o gás pode ser utilizado no processo de redução direta, para transformar o minério de ferro em um produto intermediário, com capacidade de emitir em torno de 30% menos GEE na produção de igual quantidade de aço, se comparado ao processo convencional. Já na indústria química, a informação da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) merece destaque. Segundo a entidade, o setor poderá investir cerca de R$ 70 bilhões em novos projetos, a depender do acesso ao gás natural a preços mais competitivos.
O Brasil ainda precisa criar um ambiente favorável ao desenvolvimento do gás natural para que ele possa desempenhar um papel relevante na economia nacional.
Nesse sentido, a Nova Lei do Gás (Lei 14.134/2021) representa um avanço importante, pois visa tornar o mercado mais aberto, dinâmico e competitivo. Com isso, abre espaço para ampliar o consumo e o fornecimento. É justamente o que prevê um estudo do BNDES, que revela potencial para o Brasil dobrar a oferta e a demanda de gás natural nos próximos oito anos, passando de 50 milhões de m³/dia para 100 milhões de m³/dia até 2030. Isso se deve, principalmente, à exploração e produção dos novos campos do pré-sal.
Um impacto pouco visível desta tendência de crescimento da demanda e oferta de gás natural é na indústria química, que apoia e viabiliza este aumento de performance com suporte à etapa de extração, principalmente em águas profundas. Produtos especializados garantem eficiência, segurança operacional e ambiental em diferentes etapas da produção de petróleo e gás.
Especificamente para o mercado de tratamento de gás, a Indorama Ventures possui duas linhas de sequestrantes de sulfeto de hidrogênio (H2S), gás extremamente tóxico. São o ULTROIL® SV, à base de triazina, e o ULTROIL® SV S, com tecnologia não nitrogenada, o que amplia e diversifica a aplicação do removedor de H2S, melhorando significativamente os padrões de segurança. Os produtos da companhia também atuam na desidratação de gás, ajudando a indústria de energia a superar um dos seus maiores desafios, que é a corrosão de equipamentos e tubulações. A corrosão é um problema para a viabilidade do negócio, já que eleva bastante os custos de extração e pode comprometer a produtividade e a segurança da operação.
A Indorama Ventures tem um portfólio de gas treating, que integra a área de Energy & Resources da empresa. Os produtos superam os requisitos mínimos das regulamentações ambientais e de segurança e contribuem significativamente para a qualidade do produto final.
Sobre o autor: Vinicius Sampaio Vasques é field marketing manager para Energy Resources na Indorama Ventures
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