Neurocientista afirma que hábitos da vida moderna, como uso de redes sociais, podem gerar prejuízos ao cérebro, mas ressalta que hábitos simples são capazes de melhorar o funcionamento cerebral.
O cérebro é o órgão mais importante do corpo humano, responsável por inúmeras funções essenciais, como pensamento e memórias, além de ser o responsável por nos tornar "mais humanos", nos distinguindo dos animais pela nossa capacidade de raciocínio.
No dia 22 de julho é comemorado o Dia Mundial do Cérebro, criado em 2014, como uma iniciativa da "World Federation of Neurology" - Associação Mundial de Neurologia - que tem por objetivo de chamar a atenção da classe política, investidores e da sociedade em geral para a importância do cuidado com o cérebro e do apoio à realização de pesquisas voltadas para estudar esse órgão tão importante.
Segundo o PhD neurocientista e biólogo luso-brasileiro Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o neurocientista que mais publica estudos na atualidade, afirma que o cérebro é o órgão mais importante do corpo e alerta para problemas da atualidade que podem prejudicá-lo.
"O cérebro é sem dúvida o órgão mais importante do corpo humano, ele controla e coordena ações e reações, nos permite pensar e sentir, e nos permite ter memórias e sentimentos – todas as coisas que nos tornam humanos".
"Mais do que nunca ele é o alvo principal, a condição para a solução para uma melhor saúde mental".
Sociedade atual é propícia ao desgaste cerebral
Dr. Fabiano de Abreu também alerta para os males da atualidade que são extremamente prejudiciais ao cérebro humano, como o uso de redes sociais que podem viciar o cérebro em doses de dopamina e prejudica a inteligência e o excesso de ansiedade que afeta a sociedade atual também é um fator maléfico ao cérebro.
"A maior preocupação, são as consequências do excesso de ansiedade, que altera a anatomia do cérebro e é um facilitador para transtornos, doenças mentais, entre outros prejuízos [...] Outra grande preocupação é com o excesso de uso das redes sociais e suas consequências negativas para a inteligência. Outro preocupação é com a neurodegeneração e com hábitos que possam preveni-la ou amenizá-la."
Outro ponto importante é o chamado narcisismo patológico, a excessiva estima por si, também estimulada pelas redes sociais, é uma doença para a qual a sociedade faz "vista grossa" e muitas vezes até estimula esse tipo de comportamento que traz graves consequências.
É possível melhorar o funcionamento do seu cérebro
Existe uma incrível capacidade cerebral chamada neuroplasticidade, que é a habilidade do cérebro de aprender e se reorganizar de acordo com as circunstâncias, essa funcionalidade é essencial para melhorar o funcionamento do seu cérebro, e a boa notícia é que ela pode ser estimulada com hábitos simples.
Leitura: Ao ler você exercita seu cérebro, estimula a capacidade de aprendizado e ajuda a protegê-lo de doenças neurodegenerativas.
Sono de qualidade: Dormir bem é um dos principais fatores para um bom funcionamento do cérebro, o sono é um período de restauração onde são criadas novas conexões cerebrais.
Alimentação: A adoção de dietas mais saudáveis, como a dieta mediterrânea e dieta MIND é essencial para fortalecer e proteger o cérebro.
Meditação: Diversos estudos reforçam os incríveis benefícios da meditação ao cérebro, principalmente a redução do estresse, inibidor da neuroplasticidade.
Aprender: Aprender novas coisas continua sendo o melhor remédio para o cérebro, o aprendizado é uma peça fundamental para a neuroplasticidade, estimula a criação de novas conexões cerebrais e previne doenças neurodegenerativas.
"Não descarto nada relacionado ao cérebro, sempre o achei um órgão fascinante com capacidades incríveis e habilidades ainda não exploradas, acredito que são extremamente válidas e importantes iniciativas como o Dia Mundial do Cérebro para dar uma maior visibilidade aos estudos nessa área que são tão importantes para a sociedade como um todo". Pontua Dr. Fabiano de Abreu.
Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu
Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.
Fonte: Redação com assessoria
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